No momento em que foi anunciado o empreendimento no Porto do Recife, vieram à tona os problemas de Suape: seriam necessários três anos para tirar o estaleiro do papel, o que levaria a um descumprimento do prazo acertado com a Petrobras, e havia ainda escassez de água nos 40 hectares do Complexo destinados ao projeto. O porto da capital, espécie de plano B, passou então a ser examinado com mais cuidado.
A ideia era não implantar mais uma fábrica de navios, mas um “canteiro naval”, onde peças e componentes do navio-plataforma viriam prontos da China e montados em uma área de 69 mil metros quadrados no Cais 2.
A impressão é que, de fato, o empreendimento mudaria de endereço. Havia sido negociada, ao longo de seis meses, até uma contrapartida em infraestrutura no Porto do Recife de R$ 7 milhões. A geração de empregos estimada era de entre 1.500 e 1.800 postos. Diante dos avanços nas conversas, uma minuta de contrato chegou a ser elaborada, estando pronta para assinar.
Até que veio uma ordem de cima para interromper todas as movimentações. A empresa japonesa Mitsui Ocean Development & Engineering Co. (Modec), fornecedora da Petrobras e dona do negócio (o consórcio Schahin/Tomé foi contratado para construir o empreendimento), decidiu transferir tudo para o Rio de Janeiro, onde estão os seus escritórios brasileiros.
A reportagem procurou o grupo Schahin, mas, até o fechamento da edição não obteve um posicionamento oficial. A orientação dada pela assessoria de imprensa da empresa foi procurar a Modec. Questionada, a empresa japonesa também silenciou.
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