"Efeito Gangorra"

Com Atlético-MG, Roth repete sina do "efeito gangorra"

Pela quarta vez na década, sendo a terceira em anos consecutivos, Celso Roth experimenta a sensação de um grande início de Campeonato Brasileiro e uma sequência decepcionante. Roth, que já vê seu Atlético-MG fora do G-4, parece ter se livrado do estigma de "burro" que carregava no início da carreira. Agora, é atormentado pelo "efeito gangorra" das equipes que dirige.

Derrotado por 4 a 1 no Estádio Olímpico, diante do Grêmio, o Atlético-MG, time que mais liderou a Série A - durante nove rodadas -, hoje é o sexto, a sete pontos do Palmeiras, primeiro colocado. Ainda que com uma partida a menos. Nos últimos nove jogos, são duas vitórias, três empates e quatro derrotas. E o alerta vermelho se acendeu.

A sina de Celso Roth tem início em 2001, no comando do Palmeiras. Na mesma temporada em que foi semifinalista da Copa Libertadores, Roth liderou boa parte do Brasileiro, com 10 vitórias nos 13 primeiros jogos. Na segunda metade do campeonato, o time caiu tanto que acabou em 12º, ficando de fora do grupo de oito primeiros. Roth sequer terminou o campeonato, sendo substituído por Márcio Araújo a sete rodadas do fim.

Depois de realizar bons trabalhos com Atlético-MG, em 2003, e Goiás, em 2004, Roth retornou aos holofotes em 2007, fazendo um início convincente com jogadores limitados no Vasco. Terminou o primeiro turno em quarto lugar, mas foi demitido a seis rodadas do fim da competição. Àquele momento, os vascaínos já eram 12º.

Treinador do Grêmio em 2008, Roth conseguiu um feito impressionante: com 72% de aproveitamento, venceu o primeiro turno com um índice até hoje não alcançado por nenhum outro clube na fase dos pontos corridos. No returno, porém, perdeu fôlego: foi o quarto melhor nos 19 jogos finais, deixando o título nas mãos do São Paulo.