Unidade poderá ser conectada aos primeiros poços e deverá extrair seu primeiro óleo até meados de novembro.
A Petrobras espera produzir 500 mil barris por dia no Parque das Baleias no Espírito Santo, em 2015, disse o gerente executivo de Exploração e Produção da empresa, José Antônio de Figueiredo, em entrevista sobre o lançamento da plataforma da P-57, que será destinada ao campo de Jubarte. A plataforma será inaugurada amanhã, em Angra dos Reis, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas só na próxima semana é que serão feitos os testes de navegação e resistência da plataforma. A unidade poderá ser conectada aos primeiros poços e deverá extrair seu primeiro óleo até meados de novembro. A produção deve atingir o pico em 2012.
A plataforma teve um custo de US$ 1,2 bilhão e tem conteúdo nacional divulgado pela Petrobras na casa dos 68%. O Parque das Baleias é um grupo formado por sete campos petrolíferos na Bacia de Campos, a cerca de 80 quilômetros da costa capixaba. Além da P-57, a plataforma FPSO Capixaba, na área de Baleia Franca, entrou em operação este ano e deve atingir pico de produção ao longo de 2011.
Também na área, já está a plataforma P-34, que atua no campo de Jubarte desde o final de 2006 e que foi a primeira a retirar petróleo da camada pré-sal no Brasil. Em 2012, será a vez da entrada em produção da plataforma Cidade de Anchieta, que extrairá petróleo do pré-sal de seis poços no Campo de Baleia Azul. Também para a área, a Petrobras está finalizando a contratação da P-58, que produzirá petróleo do pós-sal e do pré-sal, além da P-34, que passará por adaptações no estaleiro, voltará para produzir petróleo do pós-sal no campo de Baleia Azul.
Replicantes
A Petrobras pretende utilizar a P-57 como base para novos projetos replicantes (idênticos). As duas primeiras unidades a serem contratadas sob o mesmo modelo serão as plataformas P-58 e P-62, já em processo final de licitação. O mesmo modelo também será adotado para a P-63 e para todos os navios-plataformas do tipo FPSO que vão operar no pré-sal da Bacia de Santos.
Segundo o gerente de projetos da estatal, Pedro Barusco, as plataformas são idênticas à P-57, mas adotam o sistema de contratação da P-55, com a Petrobras atuando como uma EPC (Engenharia Projeto Consultoria), com a encomenda dos pacotes separadamente. "À época da P-55 e P-57, chegamos a cancelar as licitações das duas plataformas, porque elas custavam mais de US$ 2 bilhões e só seriam entregues em 2012. O processo de contratação que adotamos permitiu simplificar o projeto e entregá-las antes e por um custo mais baixo", afirmou o gerente executivo de Exploração e Produção, José Antônio de Figueiredo, que substituiu o diretor de E&P da estatal, Guilherme Estrella na entrevista coletiva sobre a inauguração da plataforma P-57.
Segundo Barusco, os cascos das duas plataformas P-58 e P-62 estão sendo convertidos em Cingapura e as licitações dos principais pacotes com módulos de geração de energia, compressão de gás e a integração de todos os módulos estão sendo concluídas, já tendo sido apresentadas todas as propostas. "Tanto a P-57, quanto as plataformas P-58 e P-62 tiveram a conversão de seus cascos em Cingapura por falta de capacidade de construção aqui no Brasil", disse Barusco.
Segundo ele, a falta de um espaço para a realização destas obras é que fez com que a Petrobras arrendasse o antigo estaleiro Ishibrás, no porto do Rio para reformá-lo e colocar ali as obras de construção, conversão e manutenção de plataformas no Brasil. "Isso vai incrementar o conteúdo nacional das próximas plataformas", disse Barusco.
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