Agência CNI - DF - ÚLTIMAS NOTÍCIAS - 21/10/2010
Belo Horizonte - A perspectiva de bons negócios no mercado de petróleo e gás, e os desafios a serem vencidos para conseguir fechá-los, é o tema de dois estudos que serão divulgados nesta quinta-feira, 21 de outubro, das 14h00 às 17h00, na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), durante o Painel Técnico do Núcleo de Inteligência Competitiva para o Setor de Petróleo e Gás. São eles: Agenda da Competitividade da Cadeia Produtiva de Óleo e Gás Offshore do Brasil e Estudo Prospectivo de Petróleo e Gás para Minas Gerais. Ambos dissecam as oportunidades que surgirão com os investimentos previstos para o setor nos próximos anos. O primeiro tem abrangência nacional, enquanto o segundo analisa este segmento no estado.
Realizado pelo Instituto Euvaldo Lodi de Minas Gerais (IEL/MG) e seu Núcleo de Inteligência Competitiva de Petróleo e Gás, o Estudo Prospectivo de Petróleo e Gás para Minas Gerais baseou-se em uma pesquisa que projetou três diferentes cenários de como o setor estará em 2020. São eles o de referência, o otimista e o cenário foco – tornar este último real em 2020 é o objetivo proposto pelo estudo da FIEMG. “Há grandes oportunidades na cadeia produtiva de petróleo e gás. Abriram-se perspectivas de financiamento da Petrobras tanto na parte de exploração do óleo e do gás como na logística”, explica o gerente de Informação e Inteligência Competitiva do IEL/MG, Paulo Bicalho.
De acordo com o estudo feito pela FIEMG, o plano de negócios da Petrobras 2009-2013 tem como meta produzir 2.680 mil barris de óleo por dia (bpd) em 2013, 3.340 mil bpd em 2015 e 3.920 mil bpd em 2020. Até
O crescimento dos investimentos deve-se a US$ 47,9 bilhões referentes a novos projetos, US$ 17 bilhões referentes ao aumento de custos devido ao aquecimento do mercado de equipamentos e serviços para o setor, US$ 2,9 bilhões em razão da alteração da premissa cambial e o restante referente a outros fatores tais como mudança no escopo dos projetos e no modelo de negócio.
No plano de negócios da Petrobras há investimentos destinados apenas a Minas Gerais, que se concentram na área de refino e transporte de petróleo e derivados. “O estudo sugere ações que devem ser realizadas em três níveis: empresários, associações de classe e governo. Essas ações nos levarão a construir o futuro que gostaríamos que aconteça”, disse Paulo Bicalho.
Entre as oportunidades existentes para as empresas mineiras está a de fornecer peças e serviços para o setor de petróleo e gás, assim como o naval e o de biocombustíveis. Entre os pontos fortes do estado está a localização geográfica privilegiada, recursos naturais em abundância, uma excelente rede de universidades federais e grande rede de empresas capacitadas tecnicamente. “Precisamos fortalecer a interação entre a universidade e as empresas, para que elas desenvolvam produtos inovadores para esta cadeia produtiva”, analisa Paulo Bicalho.
Mas para conseguir aproveitar o impulso que a indústria do petróleo pode dar a Minas, será preciso eliminar vários gargalos. Um deles é a necessidade de criar políticas tributárias que ajudem empresas mineiras a entrar nesse mercado em expansão, a exemplo de outras unidades da federação. O investimento em logística, para que se possa escoar os produtos fabricados em Minas para o litoral a custos competitivos é outro obstáculo a ser superado. Também será necessário trabalhar para aumentar o contingente de mão de obra qualificada. “A logística é um dos nossos maiores problemas”, avalia Paulo Bicalho.
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