Foto: Fábio Dutra | |
Intenção é rebocá-lo para o exterior, objetivando sua recuperação |
O comprador do navio mercante Düden, vendido em leilão realizado dia 7 do mês passado no Rio de Janeiro, está providenciando a retirada da embarcação do cais do Porto Novo do Rio Grande.
O prazo para remoção do navio turco, que foi arrematado por R$ 1,7 milhão, termina no próximo dia 14. Conforme informações da Superintendência do Porto do Rio Grande (SUPRG), o arrematante, Jorge Luiz de Azevedo Branco Valentim, proprietário de uma empresa de consultoria marítima localizada no Rio de Janeiro, considerou a oferta no leilão uma boa oportunidade para a aquisição do Düden. A intenção é rebocá-lo para o exterior, objetivando sua recuperação. No momento, ele passa por algumas obras de preparação para ser rebocado com segurança.
O local para onde o navio será levado ainda não está certo, mas estão entre as opções estaleiros na Romênia, na Turquia e na Grécia. A idéia é de que ele seja remodelado para voltar a navegar como graneleiro. Valentim informou à SUPRG que o Düden já está segurado. O proprietário entregou à Capitania o plano preliminar de reboque da embarcação, já aprovado, e em seguida deverá entregar o projeto completo. Neste deverão constar informações como o porto de destino, o trajeto a ser feito e a data de saída de Rio Grande, entre outras. O capitão-dos-portos do Rio Grande do Sul, Sérgio Luiz Correia de Vasconcelos, disse que o casco do Düden está em bom estado, assim como suas máquinas. A parte da superestrutura (o casario), é que foi queimada.
Com a retirada do navio turco do Rio Grande e consequente liberação de espaço no cais público, o Porto Novo volta a dispor de mais infraestrutura para os usos que se fizerem necessários. O Düden sofreu um incêndio em alto-mar em novembro de 2009, a 260 quilômetros do litoral, na altura de Tramandaí. No incidente, um tripulante morreu. Os outros 22 foram resgatados com vida pela Marinha, que também encarregou-se do salvamento do navio, uma vez que o armador não o providenciou.
Como o armador não se manifestou sobre o destino da embarcação, houve processo de perdimento do navio, que em maio de 2010 passou a pertencer à União. A Marinha providenciou sua venda por meio de leilão. Desde 14 de junho, quando o comprador assinou o termo de transferência de posse e propriedade, a custódia do navio não é mais responsabilidade da Marinha do Brasil. A embarcação está atracada no cais do Porto Novo desde dezembro de 2009.
Fonte: Jornal Agora - Por Carmem Ziebell
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