O cais do Porto Novo, em frente ao canteiro de obras da Quip S/A, já está liberado. Depois de quase dois anos atracado no local, na manhã de hoje, 12, o navio mercante Düden deixou o Porto do Rio Grande. A operação para rebocamento do navio começou às 7h e envolveu três rebocadores - o de alto-mar Ionion Pelagos e outros dois portuários. Às 8h15min, ele já estava afastado do cais e sendo rebocado de popa pelo canal do Porto Novo.
O Düden foi conduzido de popa até a altura da Ponte dos Franceses, onde foi girado para seguir de proa pelo canal de acesso do Superporto até a saída dos Molhes da Barra. Para fazer o giro, foram utilizados três rebocadores portuários. Às 10h40min, o navio saiu dos molhes. Por volta das 14h, já se encontrava a 18 milhas da Barra do Rio Grande, seguindo na direção norte. A partir da saída dos molhes, passou a ser rebocado apenas pelo Ionion Pelagos, rebocador que veio de Valeta (Malta) para levá-lo para a Turquia.
A Marinha e a Praticagem da Barra atuaram na operação de saída da embarcação turca do porto rio-grandino. Durante a ação, a movimentação de navios no canal do porto foi suspensa.
O navio Düden teve um incêndio a bordo em 22 de novembro de 2009, em alto-mar, a 260 quilômetros do litoral norte, na altura de Tramandaí. No incidente, um tripulante morreu. Os outros 22 sobreviveram. A Marinha do Brasil fez o resgate dos tripulantes e o salvamento do navio, visando à segurança da navegação, uma vez que o armador não providenciou. E, desde 11 de dezembro de 2009, ele estava atracado no cais do Porto Novo.
Em 7 de junho deste ano, o navio foi leiloado e adquirido por Jorge Luiz de Azevedo Branco Valentim, do Rio de Janeiro, por R$ 1,7 milhão. Valentim informou que o navio será recuperado em um estaleiro da Turquia. Sua superestrutura (o casario), avariada pelo incêndio, será removida e substituída por outra que já está em construção no estaleiro em que será reformado. A embarcação vai ser remodelada para voltar a navegar como graneleiro. O mercado da empresa de Valentim, a Abrava Shipping, do Rio de Janeiro, é o de transporte de granéis.
O rebocamento até a Turquia dever se estender por aproximadamente 50 dias. A viagem ocorrerá com velocidade média de aproximadamente 10 quilômetros por hora. "O tempo colaborou. Deu tudo certo", observou Valentim referindo-se à operação de saída da embarcação do porto rio-grandino.
Conforme o comandante do 5º Distrito Naval, vice-almirante Sergio Roberto Fernandes dos Santos, o valor da venda do Düden não é suficiente para cobrir todas as despesas que o navio causou à Marinha, à Superintendência do Porto do Rio Grande e à Praticagem da Barra entre outros. Em função disso, a verba será dividida entre todos.
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