Casco da P-55, em acabamento no EAS-SUAPE será transportado em dezembro
O casco da plataforma P-55, que está sendo construído
Em janeiro, será realizado o içamento do deckbox (convés) da P-55, que está sendo construído pela Quip S/A no dique seco, para entrada do casco embaixo dele. O içamento do deckbox, cujo peso é de 17 mil toneladas, será realizado com o uso de seis macacos hidráulicos
Conforme Josenildo Alves, até o início de junho de 2012 a plataforma tem que sair do dique seco, já com os módulos integrados ao deckbox, e atracar no cais sul do estaleiro para conclusão do comissionamento – interligação e testes de todos os sistemas. Os módulos que irão compor a P-55 já estão todos na área do estaleiro. O helideck também. A P-55 é uma unidade do tipo semissubmersível. Será a maior deste tipo construída no Brasil. Atuará no Campo de Roncador, localizado na Bacia de Campos. Ficará ancorada em profundidade de 1.800 metros e terá, no total, 18 poços a ela ligados, sendo 11 produtores e sete injetores de água. É destinada à produção de 180 mil barris de óleo por dia e, junto com o petróleo, deverá produzir 4,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Em sua construção, serão investidos 1,65 bilhão de dólares.
Novo pórtico-guindaste
Josenildo Alves confirmou que a Engevix/Ecovix, que está construindo uma série de oito cascos de FPSO (sigla em inglês para plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa petróleo), para o Pré-sal no Polo Naval rio-grandino, está comprando, em parceria com a Petrobras, um pórtico-guindaste para o dique seco de maior capacidade que o atual. O já existente tem capacidade para erguer peças de até 600 toneladas. O novo será capaz de içar até 2 mil toneladas. O investimento será de R$ 191 milhões. Nesta parceria, há possibilidade de, em uma negociação futura, a Engevix conquistar contrato para construção de mais quatro cascos de FPSO para o Pré-sal. Ele ressalta que, no momento, ainda não há nada confirmado neste sentido.
O novo pórtico-guindaste, de 210 metros de largura, se faz necessário porque há peças com peso acima de 600 toneladas que precisam ser içadas, como alguns módulos que pesam 800 toneladas. Além disso, o atual equipamento só pega peças que estejam no dique ou em sua cabeceira, enquanto o novo possibilitará a implantação de uma área de pré-edificação lateral, considerando sua capacidade de movimentar estruturas que estejam na lateral do dique. “O pórtico que está sendo comprado vai agilizar as operações e nos dar um ganho de produtividade muito grande”, observou. O estaleiro ficará com dois pórticos em atividade.
Por Carmem / Jornal Agora
carmem@jornalagora.com.br
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