Intervenção do MPT foi requerida pelos trabalhadores
Para investigar as demissões em massa que vêm ocorrendo no Estaleiro Atlântico Sul há cerca de 30 dias, segundo os próprios trabalhadores e o sindicato da categoria, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco convocou as partes para audiência, realizada na terça (29), na sede da instituição. O inquérito civil foi instaurado depois que o MPT recebeu denúncia de 16 trabalhadores, todos metalúrgicos, através do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal).
No relato, o Sindmetal alegou que os motivos que a empresa utilizou para justificar as demissões “não condiziam com a realidade dos fatos” e que, por isso, “se fazia necessária a intervenção do órgão”. O sindicato se refere às mais de 40 demissões por justa causa realizadas em novembro. Entre os motivos utilizados pelo estaleiro para comprovar a justa dispensa, está o de que os trabalhadores estariam consumindo bebida alcoólica no horário de almoço em bares próximos. Segundo a empresa, não só o consumo de álcool no expediente era proibido, como também a saída do parque industrial. De acordo com o sindicato, entre o grupo de demitidos, também estavam empregados que contraíram doença por causa do exercício laboral.
“Ainda não é possível dar um parecer sobre a situação, o caso precisa ser devidamente apurado”, afirmou o procurador-chefe do MPT-PE, Fábio Farias. Na primeira audiência, além serem registrados os depoimentos dos trabalhadores, foi solicitado que o Estaleiro Atlântico Sul apresente, dentro de 48 horas, a comprovação de entrada e saída dos trabalhadores e os registros de ponto dos denunciantes, as ordens de serviços e as respectivas comprovações de que os empregados tinham ciência de qualquer proibição relativa a sair do estaleiro para almoço.
Fonte: Assessoria de Comunicação do MPT-PE
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
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Mais de 40 funcionários foram demitidos por justa causa do estaleiro atlântico sul, por sairem pra almoçar fora no dia 12 de novembro último. O motivo: Embriaguez alcoólica, foi uma covardia com os pais de família, querem economizar grana prejudicando o trabalhador ... E até hoje não conseguiram provar nada para a justiça.
ResponderExcluir"Todos nós temos a cópia dessa circular que não é isso que eles alegaram, o ocorrido foi dia 12 e a circular passaria a valer a partir do dia 16/11. Estamos buscando nossos direitos junto a Justiça trabalhista, nos deixaram sem nenhum recurso pra retornarmos pra nossa terra de origem. Precisamos muito da Justiça, pagamos aluguel, temos mulheres e filhos pra sustentar, não temos nada haver com a situação financeira do EAS e muito menos com o atraso das obras. Queremos apenas o que é nosso por direito, e sermos indenizados por danos morais, calúnia, injúria, defamação, etc...