O consórcio Odebrecht/ UTC/OAS apresentou o menor preço na concorrência da Petrobras para a conversão dos cascos dos quatro primeiros FPSOs da cessão onerosa. A obra será executada no estaleiro Inhaúma (ex-Ishibrás), com a proposta de US$ 1,753 bilhão, cerca de US$ 430 milhões por unidade. Os envelopes foram abertos em (18/1).
O valor inclui o trabalho de conversão dos cascos, a serem fornecidos pela Petrobras, troca de chapas e mais investimentos destinados a obras no estaleiro. A Andrade Gutierrez apresentou proposta de US$ 2,33 bilhões (preço unitário de cerca de US$ 580 milhões) e o Jurong do Brasil, de US$ 2,512 bilhões (US$ 620 milhões por unidade).
O preço apresentado pelo consórcio Odebrecht/ UTC/ OAS surpreendeu o mercado e foi considerado extremamente baixo. A proposta, segundo especialistas, é compatível com valores praticados por estaleiros da China.
Desde de 19/1, a Petrobras iniciou o trabalho de análise das planilhas comerciais, devendo divulgar o resultado desse processo nas próximas semanas. Não se sabe ao certo qual será o posicionamento da estatal diante da grande diferença de preço.
A aposta do mercado é de que a comissão de licitação opte por desclassificar o Jurong e a Andrade Gutierrez, alegando preços excessivos. Os primeiros envelopes da licitação foram abertos no início de janeiro.
Os FPSOs da cessão onerosa terão capacidade para produzir 150 mil barris/dia de óleo e comprimir 7 milhões de m3/dia de gás e entrarão em operação entre os anos de 2015 e 2017. O casco da primeira unidade, a ser instalado no prospecto de Franco em 2015, já está no Brasil, aguardando pelas definições do processo de licitação.
A concorrência destinada à contratação e instalação dos módulos das unidades da cessão onerosa será lançada separadamente, apenas em 2013.
Fonte: Energia Hoje
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