A
crise na Petrobras causa impacto em Rio Grande,
na Região Sul do Rio Grande do Sul. Dono de um extenso polo naval é o município
gaúcho com os maiores investimentos da Petrobras no estado. Com a suspensão dos
novos contratos com empresas citadas em denúncias de corrupção, o nível de atividade
portuária diminui. O número de trabalhadores já caiu de 18 mil, em 2013, para 7
mil.
Grande são investigadas na Operação Lava-Jato. O
Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande, que representa os trabalhadores,
promete mobilizações para que a Petrobras garanta novas obras para o porto
gaúcho. "Ou a gente cai na rua agora e faz essa mobilização, ou pegamos a
mochila e vamos embora para casa porque acabou tudo", diz o presidente da
entidade, Benito Gonçalves.
A baixa no número de empregados causa impacto em
diversos setores, entre eles o imobiliário. Antes, faltavam opções de moradia
para os trabalhadores que chegavam de fora da cidade, principalmente de outros
estados. Atualmente, muitas residências que antes estavam ocupadas estão à
venda ou disponíveis para aluguel.
No setor hoteleiro, o valor das diárias caiu 25%. Antes
sempre lotados, os hotéis têm agora um ocupação baixa, que em alguns
estabelecimentos não passa de 5%. A empresária Patrícia Benevides montou um
negócio para fornecer lençóis a hotéis e alojamentos. Segundo ela, as vendas
estão em queda. "A demanda caiu vertiginosamente", lamentou.
Os efeitos também são sentidos no comércio.
"Estamos vivendo uma redução geral de 10 a 15%. Em alguns segmentos, com
20 a 25%, e excepcionalmente, 50%. Todos na expectativa de uma definição da
Petrobras sobre essa situação que nos atinge profundamente", diz o
presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Grande, Carlos Pavão
Xavier.
Fonte: g1.globo
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