Durante 14 dias, a vida de Fernando de Souza Rocha é no alto mar, dentro de uma plataforma de petróleo. Funcionário da Petrobrás, ele é técnico de manunteção mecânica e, como os seus 179 colegas da P-52, goza das suas três semanas de descanso. No intervalo do trabalho, veio a Içara, visitar sua namorada.
"Na plataforma, são turnos de 12 horas de trabalho. Vivemos em uma estrutura gigante de extração de petróleo que fica a 138 quilômetros da costa, na bacia de Campos, litoral do Rio de Janeiro", conta Fernando, que trabalha há quatro anos no mesmo local.
A P-52 é, atualmente, a plataforma de melhor produção da Petrobrás no litoral brasileiro. Ela está instalada na região onde operava a P-36, que afundou em março de 2001. "Herdamos alguns poços da P-36, e há lendas no mar de assombração", lembra.
Na plataforma, há bastante conforto. "Temos quadra de esportes, piscina, cinema, academia de ginástica e sauna", comenta Fernando. "Fazemos sete refeições diárias. A Petrobrás andava preocupada até que muita gente estava engordando." Embora o ambiente seja masculino, algumas mulheres trabalham no local. "Casamentos já se formaram inclusive lá".
A água potável consumida na plataforma é retirada do mar e dessalinizada. As comunicações funcionam plenamente, com internet e telefonia, e o transporte é permanente, com helicópteros ligando a P-52 com as demais e a costa. O meio ambiente é preservado, com uma estação de tratamento de esgoto própria, e a energia elétrica é gerada a partir do próprio gás extraído do poço perfurado. "Estamos suspensos, com mar profundo de 1,8 mil metros abaixo de nós, mas é uma vida fascinante".
Fernando sai de Içara e volta, em breve, a embarcar na plataforma, para mais duas semanas de trabalho.
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