O Nordeste, com exceção de Pernambuco, tem afastado estaleiros e perdido empregos. Enquanto isso, cria-se um pólo naval no Rio Grande do Sul, com quatro estaleiros, que já está gerando 7.500 empregos e vai chegar a 10 mil. Que política é essa, de estados como Ceará e Alagoas? Em Pernambuco, o governador Eduardo Campos não deixa a burocracia impedir o progresso. Em área de população de baixíssima renda, lá está o estaleiro Atlântico Sul. Mesmo com seus problemas, emprega milhares de pessoas. E informa-se que o STX-Promar-PE já está contratando 500 pessoas.
Esse estaleiro estava programado para Fortaleza (CE), onde prefeita e governador viram agressões ao ambiente; o ambiente continua como era e, na região, há pobreza aguda e elevada prostituição -inclusive infantil. E o estaleiro foi para Pernambuco. Agora, Ibama, Instituto Chico Mendes e outros não aprovam a instalação do Eisa Alagoas. Todos sabem que esse estado disputa com o Maranhão os piores lugares em educação, saúde, nutrição e tudo mais. Com a redefinição de local, haverá adiamento ou até cancelamento da obra, pois todos sabem que as oportunidades têm de ser aproveitadas na hora certa.
O contrário ocorre no Sul - região já muito mais próspera do que o Nordeste. Em visita à sede do Sindicato da Construção Naval (Sinaval), no Rio, o prefeito de Rio Grande (RS), Fábio Branco, mostrou empolgação com o pólo naval. Lá estão prontos os estaleiros Quip e Ecovix, e o Wilson, Sons recebeu licença dos burocratas ambientais. Ao lado, em São José do Norte, ficará o EBR. Só de contratos com a Petrobras os valores passam de R$ 10 bilhões. Na região estão sendo montadas as plataformas P-55, P-63 e P-58, além do processo de construção inicial de oito cascos em seu dique seco para a Petrobras. Todos esses empreendimentos estão gerando 7.500 empregos diretos e com perspectiva para os próximos meses de chegar a 10 mil empregos diretos na região gaúcha.
O Ceará foi passivo. Ao perder o estaleiro, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, disse confiar que Lula para lá mandaria outro empreendimento - o que não ocorreu. Em Alagoas, a classe política está mais consciente. Há dias, a bancada pressionou a União, mas a ministra do Ambiente, Izabella Teixeira, disse que o veto do Ibama era técnico. Esqueceu-se que, nessa área, a tecnicalidade é relativa. O Rio de Janeiro, com rios assoreados e lagoas poluídas, há 30 anos não consegue limpar a Baía da Guanabara e, mesmo assim, virou patrimônio mundial. Os portos de Santos e Rio - pasmem - não possuem licença ambiental e operam a todo vapor. Sem pressão política, Alagoas perderá os 4 mil a 5 mil empregos do Eisa.
Fonte: Monitor Mercantil
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