Petrobras receberá material para P-58 e P-62 e navio processador de óleo.
Nuclep participa ainda de construção de submarinos franceses.
Até o fim de 2012, a Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep) entrega à Petrobras 14 equipamentos para as plataformas P-58 e P-62 e o navio processador de óleo Cidade de Paraty. Somente esses contratos empregam 2.500 trabalhadores, informou a estatal na sexta-feira (3).
A estatal anunciou ainda que já participa da fabricação dos submarinos Scorpéne, de tecnologia francesa, construindo a estrutura e o casco resistente de quatro submarinos convencionais e um a propulsão nuclear que ajudarão na patrulha dos campos do pré-sal.
Segundo a Marinha anunciou no início de julho, até 2047 a expectativa é de se construir mais 10 submarinos, além dos já em execução, e revitalizar cinco antigos, informou a Nuclep.
“Pela excelência de seu trabalho, a Nuclep precisa ter a garantia de sua participação nos grandes projetos nacionais. Não se trata de fechar o mercado, mas garantir a predominância do conteúdo nacional em equipamentos como as plataformas de petróleo e, onde houver interesse em parcerias internacionais, buscar sempre a transferência de tecnologia”, disse Alexandre Navarro, secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional e presidente do Conselho Fiscal da Nuclep.
Para a gerente de Qualidade da Nuclep, Valdete Couto, os números do setor industrial no mundo apontam para índices ainda mais preocupantes nos próximos trimestres, com a redução da capacidade europeia e a desaceleração da China, e, para passar ao largo da crise, a indústria fluminense aposta na qualificação de profissionais e na busca de certificações que a transforme em excelência em seu segmento.
Certificações
Segundo disse, a Nuclep diversificou sua área de atuação: um dos principais parques industriais do estado, criado para dar apoio ao Programa Nuclear Brasileiro, em 1979, hoje responde pelos equipamentos das usinas nucleoenergéticas de Angra, e atende à Petrobras em equipamentos para plataformas e para o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio.
“Há uma preocupação grande na conquista de certificações internacionais, como a Asme III, que permite a construção e certificação de equipamentos nucleares, para criar um diferencial. Somos a única empresa nacional com essa certificação, o que nos abre as portas para concorrências internacionais e permite um desenvolvimento sustentável nos próximos anos”, disse Valdete Couto.
Segundo a gerente, além de ampliar o mercado, as certificações servem para transformar a mão de obra da empresa em uma das mais desejadas do mercado. O Centro de Treinamento Técnico (CTT) deu origem às escolas de fábrica em todo o país, e contribui com quase 60% do “chão de fábrica”, explica Valdete Couto.
Fonte: G1 / Economia
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