terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Polo naval gaúcho teme período de estagnação


Com a finalização da plataforma P-74, trabalhos serão retomados com a chegada dos cascos da P-75 e da P-77 /PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC

Com a partida da plataforma P-74 do estaleiro EBR na sexta-feira, com o estaleiro QGI esperando os cascos provenientes da China para concluir a P-75 e a P-77 e a Ecovix sem encomendas, o polo naval gaúcho entra em um período de ociosidade. O complexo - que, há cerca de quatro anos, chegou a empregar mais de 20 mil trabalhadores -, agora, conta com um pouco mais de 500 pessoas para atuar, fundamentalmente, nas áreas de manutenção e conservação. "Resta rezar e ter esperança", afirma o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte, Sadi Machado. O dirigente critica a postura do governo federal, como controlador da Petrobras, que preferiu que a estatal concentrasse suas encomendas no exterior, desconsiderando uma contratação de serviços com conteúdo nacional. Machado também acusa o governo estadual de omissão quanto à defesa dos interesses do polo naval gaúcho. O secretário adjunto do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Evandro Fontana, comenta que a conclusão da P-74 foi importante para Rio Grande, mas a falta de perspectivas para a construção de novas plataformas era uma questão já anunciada pela Petrobras. Conforme o dirigente, a Secretaria do Desenvolvimento tem acompanhado esse assunto com entidades e órgãos como os ministérios de Minas e Energia, da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, e a Fiergs. "Dentro das atribuições do Estado, temos buscado alternativas para superar os efeitos da crise da indústria naval, buscando atrair investimentos", diz o secretário adjunto. Um exemplo citado pelo dirigente é a nova situação do Distrito Industrial de Rio Grande, liberando para investimentos em áreas que estavam penhoradas. Já o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval, deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), considerou a saída da plataforma como um dia de tristeza para a comunidade de Rio Grande e São José do Norte, que viu mais um pedaço do polo naval sendo desestruturado. Segundo o parlamentar, o futuro, agora, é incerto, já que não há expectativa de retomada de outras obras. "Precisamos alterar esta política suicida de encomendar plataformas no exterior e exportar nossos empregos, ao invés de garantir empregos dentro do nosso País", sustenta. A P-74 deixou o estaleiro EBR, em São José do Norte, na sexta-feira pela manhã, com destino ao campo de Búzios I, no pré-sal da Bacia de Santos. A plataforma tem capacidade para produzir até 150 mil barris diários de petróleo e comprimir 7 milhões de metros cúbicos de gás natural ao dia, com uma capacidade de armazenamento da 1,4 milhão de barris. Com a finalização da P-74, o polo naval somente terá uma atividade mais intensa quando chegarem os cascos das plataformas P-75 e P-77 no estaleiro da QGI, em Rio Grande. Contudo, isso deverá ocorrer apenas no segundo semestre deste ano. Logo após o término dessas duas estruturas, não há mais encomendas confirmadas para serem realizadas no polo naval gaúcho. Apesar do cenário, a prefeita de São José do Norte (PSB), Fabiany Zogbi Roig, tem confiança que particularmente o estaleiro EBR manterá operações no município. "Há boas perspectivas de retomada das atividades de construção de módulos no segundo semestre", adianta.



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