sábado, 7 de fevereiro de 2015

Crise na Petrobras reduz pela metade o emprego no polo de Rio Grande



A crise na Petrobras causa impacto em Rio Grande, na Região Sul do Rio Grande do Sul. Dono de um extenso polo naval é o município gaúcho com os maiores investimentos da Petrobras no estado. Com a suspensão dos novos contratos com empresas citadas em denúncias de corrupção, o nível de atividade portuária diminui. O número de trabalhadores já caiu de 18 mil, em 2013, para 7 mil.

Grande são investigadas na Operação Lava-Jato. O Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande, que representa os trabalhadores, promete mobilizações para que a Petrobras garanta novas obras para o porto gaúcho. "Ou a gente cai na rua agora e faz essa mobilização, ou pegamos a mochila e vamos embora para casa porque acabou tudo", diz o presidente da entidade, Benito Gonçalves.

A baixa no número de empregados causa impacto em diversos setores, entre eles o imobiliário. Antes, faltavam opções de moradia para os trabalhadores que chegavam de fora da cidade, principalmente de outros estados. Atualmente, muitas residências que antes estavam ocupadas estão à venda ou disponíveis para aluguel.

No setor hoteleiro, o valor das diárias caiu 25%. Antes sempre lotados, os hotéis têm agora um ocupação baixa, que em alguns estabelecimentos não passa de 5%. A empresária Patrícia Benevides montou um negócio para fornecer lençóis a hotéis e alojamentos. Segundo ela, as vendas estão em queda. "A demanda caiu vertiginosamente", lamentou.


Os efeitos também são sentidos no comércio. "Estamos vivendo uma redução geral de 10 a 15%. Em alguns segmentos, com 20 a 25%, e excepcionalmente, 50%. Todos na expectativa de uma definição da Petrobras sobre essa situação que nos atinge profundamente", diz o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Grande, Carlos Pavão Xavier.

Fonte: g1.globo

DERROTA DO PT NA CÂMARA TEM NOME: MERCADANTE

Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e a presidente Dilma Rousseff. Foto: Antonio Cruz/ABr
DERROTA DO PT NA CÂMARA ENFURECE LULA, QUE PÕE A CULPA NO MINISTRO
A derrota do governo Dilma, com a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara dos Deputados, enfureceu o ex-presidente Lula e os lulistas do PT. Eles atribuem a derrota ao ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), que dispensou sua ajuda e afastou o vice Michel Temer da articulação, tudo para tentar receber os louros de eventual vitória de Arlindo Chinaglia (PT-SP). O tiro saiu pela culatra.
Alijado e prenunciando o desastre do PT na Câmara, Lula desabafou, como esta coluna revelaria, que Mercadante “sequestrou o governo”.
Para Lula, o chefe da Casa Civil não tem a indispensável paciência, a humildade passou longe e lhe falta, “sobretudo, inteligência política”.
Chamado na Câmara de “Mercapedante”, o ministro mal conhece os parlamentares e, como Dilma, trata a todos com solene desdém.
Na Câmara, o PT voltou ao seu tamanho nos anos FHC: sem cargo na Mesa e aspirando, no máximo, a presidir a Comissão de Educação.
Fonte: Diário do Poder

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Ex-gerente da Petrobras diz que PT recebeu US$ 200 milhões de propina


Pedro Barusco fez acordo de delação premiada e detalhou como funcionava o esquema de desvio de recursos da estatal.


Em um depoimento demolidor, o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco acusou o PT de ter recebido até US$ 200 milhões de propina nos contratos da estatal. Na cotação desta sexta-feira (6), são R$ 548 milhões.
Barusco fez acordo de delação premiada e detalhou como funcionava o esquema de desvio de recursos. Ele afirmou que a fraude continuou mesmo depois que ele saiu da Petrobras.
O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco disse aos investigadores que começou a receber propina em 1997 ou 1998, da empresa holandesa SBM. Na época, ele trabalhava como gerente de Tecnologia de Instalações na Diretoria de Exploração e Produção.
Falou que, até 2010, o desvio de dinheiro de contratos da Petrobras com a SBM renderam a ele cerca de US$ 22 milhões em propina.
Barusco contou que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque pediu ao representante da SBM US$ 300 mil para a campanha eleitoral de 2010, contabilizados como ‘pagamento ao PT’.
Segundo os cálculos do ex-gerente, entre 2003 e 2013, ele recebeu de propina desviada de contratos de empreiteiras com a Petrobras US$ 50 milhões. No mesmo período, Renato Duque teria recebido US$ 40 milhões e João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, entre US$ 150 e US$ 200 milhões em nome do partido.
O ex-gerente da Petrobras disse também que 14 construtoras formavam o núcleo do esquema, e que o pagamento de propina na Petrobras era algo endêmico e institucionalizado.
O ex-gerente falou ainda como o dinheiro era repartido. Disse que quando os contratos eram vinculados à Diretoria de Abastecimento, comandada por Paulo Roberto Costa, a propina era de 2% sobre o valor do contrato.
Metade ia para Paulo Roberto, 0,5% para o PT e 0,5% era dividido entre Barusco e Renato Duque. Quando os contratos eram de outra diretoria, metade da propina era dividida entre ele e Duque e a outra metade ia para o PT, por meio de João Vaccari.
Pedro Barusco afirmou que Jorge Zelada, ex-diretor internacional, também recebeu propina em repasses eventuais, e confirmou ter levado cerca de R$ 120 mil reais na casa de Zelada.
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O ex-gerente disse que o esquema continuou mesmo depois que ele e Renato Duque saíram da Petrobras. Entre fevereiro de 2013 e fevereiro do ano passado, quando era diretor de Operações da Setebrasil, Barusco recebeu US$ 5 milhões em propina. Outros US$ 6 milhões foram para Duque. E que teve conhecimento de que João Vaccari também recebeu, em nome do PT, US$ 4,5 milhões de um estaleiro de Singapura.
Nesta quinta-feira, a Justiça fez a quarta audiência para ouvir testemunhas de acusação em processos da Operação Lava Jato. Quatro funcionários da Petrobras prestaram depoimento.

O chefe de auditoria da estatal, Gerson Gonçalves, participou da investigação interna da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e entende que houve problemas na obra. “Foram contratações precipitadas, houve uma agilização muito grande no processo de contratação. Depois a coisa acabou não dando certo. Chegava empreiteira, mas não tinha equipamento, chegava equipamento, mas não tinha empreiteira”, afirmou.
Neste processo, que envolve a construtora OAS, as acusações são de corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa e uso de documento falso.
Segundo as investigações, a OAS fazia parte do clube das empreiteiras, que combinava resultados de licitações da Petrobras e pagava propina a ex-diretores da estatal.
Em um depoimento gravado em vídeo, o consultor da Toyo Setal Augusto de Mendonça, que fez delação premiada, disse que as empreiteiras fizeram um acordo para pagar 2% do valor dos contratos da área de Serviços para Renato Duque, que é apontado na investigação da Lava Jato como operador do PT.
Segundo Mendonça, esse acordo foi feito em 2003, durante o governo do ex-presidente Lula.
A partir desse acordo, apenas as empresas que faziam parte do clube eram convidadas a participar das obras da Petrobras.
“O grupo conseguiu fazer um acordo com eles, de modo que as empresas convidadas acabassem se restringindo as participantes do próprio grupo. Aí, sim, o grupo passou a ter uma efetividade importante”, afirmou Mendonça.
A defesa de Renato Duque disse que ele não praticou delitos, não foi operador do PT, e que os delatores mentem, sem apresentar provas, para obter a liberdade.
A Setebrasil afirmou que a atual diretoria vai analisar as declarações de Pedro Barusco e tomar as medidas judiciais cabíveis.
O representante da SBM, Júlio Faerman, não foi encontrado para comentar a reportagem.
A defesa de Jorge Zelada afirmou que ele nunca recebeu propina.
Sobre o depoimento de quinta de Augusto Mendonça, da Toyo Settal, a assessoria do PT disse que ele não apresentou provas.
O ex-presidente Lula não se manifestou.
O Bom Dia Brasil não conseguiu contato com a defesa de Paulo Roberto Costa.

Fonte: G1.Globo

"Bomba-relógio"



“O Poder Judiciário não vale nada, o que vale é a relação entre as pessoas…”. (luiz inácio lulla da silva) 

Bomba-relógio – "Cada vez mais preocupado com os desdobramentos da Operação Lava-Jato, que interrompeu o maior escândalo de corrupção da história da humanidade, o governo petista de Dilma Vana Rousseff começa recorrer à intimidação no afã de retardar a divulgação de notícias, quiçá impedir a veiculação das mesmas. Não faz muito tempo, a presidente da República disse preferir o ruído da democracia ao silêncio do totalitarismo. Tal declaração se deu na esteira do polêmico projeto de regulação da mídia, armadilha petista para implantar a censura no País.

Trata-se da covarde expropriação da Petroquímica Triunfo, manobra covarde e ilegal que com a anuência explícita de Dilma Rousseff e Luiz Inácio da Silva transferiu a empresa para o Grupo Odebrecht, por meio da Braskem, que detém o monopólio do setor petroquímico no País.
Depois de contatar a direção de jornalismo da emissora de televisão, a Presidência retornou o chamado para comunicar que a resposta, antecipada no rastro de ameaça velada, seria dada pela Petrobras, palco da manobra que beneficiou o grupo empresarial baiano, em detrimento dos direitos dos acionistas acintosamente prejudicados.

O que mostra que a cúpula petista está não apenas preocupada com a denúncia, que já está na Procuradoria da República e na escrivaninha do juiz federal Sérgio Moro, mas atenta ao que noticia o site, cujo editor foi responsável, juntamente com o empresário Hermes Magnus, por denunciar o esquema de corrupção que culminou na Operação Lava-Jato.

Na denúncia levada ao Ministério Público e à Justiça Federal do Paraná é grande o número de pessoas envolvidas na manobra que atropelou o direito incontestável dos sucessores do empresário Boris Gorentzvaig, já falecido, então acionista controlador da Petroquímica Triunfo.

Em reunião com o também empresário Auro Gorentzvaig, herdeiro direto de Boris, o então presidente Luiz Inácio da Silva, na presença de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e Petroquímica da Petrobras, desdenhou do Poder Judiciário. Na denúncia encaminhada ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e ao juiz Sérgio Fernando Moro, responsável pela condução dos processos decorrentes da Lava-Jato, o empresário Auro Gorentzvaig transcreve as acintosas palavras de Lula: “O Poder Judiciário não vale nada, o que vale é a relação entre as pessoas…”.

Auro também relata no documento que a intimidade entre Lula e Costa, marcada pela submissão do ex-diretor da Petrobras, era nauseante. Em dado trecho do encontro, que ocorreu no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília, onde à época funcionava provisoriamente a Presidência da República, Paulo Roberto acatou uma determinação de Lula com a seguinte frase: “Presidente, sua ordem é uma determinação…”.

Em determinado trecho da denúncia, que será uma bomba de efeito devastador caso as autoridades dispensem a devida atenção ao escândalo, o empresário confirma o que já é voz corrente. “Todos os empresários do setor, incluindo eu, sabiam que Paulo Roberto Costa funcionava como operador de Lula dentro da Petrobras”, escreveu Auro Gorentzvaig.

Auro Gorentzvaig, que ao lado do irmão, Caio Gorentzvaig, há muito luta na Justiça para reaver aquilo que lhe é devido, não poupa os artífices da trama e mostra sua invejável dose de coragem. “Os participantes da transação são: Paulo Roberto Costa, Dilma Vana Rousseff, José Sérgio Gabrielli de Azevedo e Luiz Inácio Lula da Silva”, afirma no documento.

“No mesmo período, como demonstrou a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, coincidentemente Paulo Roberto Costa recebeu US$ 23 milhões de propina em bancos na Suíça. O pagamento foi feito pela Odebrecht, sendo o diretor de plantas industriais da empresa o senhor Rogério Santos de Araújo”, destacou o empresário e um dos sucessores de Boris Gorentzvaig."

A denuncia foi feita ao MP e afirma que a operação contava com o conhecimento da presidência da república.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Delator diz que doou para deputados do PT e do PSDB no RS

O executivo Augusto Ribeiro Mendonça, da Setal Engenharia, Construções e Perfurações, afirmou em seu depoimento à Justiça Federal que fez doações e também pediu contribuição à construtora Engevix para dois candidatos a deputado do Rio Grande do Sul do PT e do PSDB que ajudaram na instalação de estaleiros no Estado - que constroem embarcações e unidades para plataformas da Petrobras -, Henrique Fontana e Adilson Troca.
"O que eu havia colocado para o Gerson (Almada, executivo da Engevix) é que como nós, que temos estaleiro no Rio Grande do Sul, precisávamos apoiar deputados que eram identificados com a essa causa e que auxiliaram, em muito, a nossa instalação no Estado. Um era do PT, Henrique Fontana, e outro era do PSDB, Adilson Troca", afirmou Mendonça, em depoimento ontem no processo penal que envolve a Engevix.
Questionado por um advogado se ele lembrava o valor que foi doado às campanhas, ele afirmou que a Setal contribuiu com "aproximadamente R$ 150 mil. "Não lembro direito, entre R$ 100 mil e R$ 150 mil."
Segundo a Justiça Eleitoral, Fontana e Troca receberam, nas campanhas de 2014, R$ 50 mil e R$ 60 mil, respectivamente, da Toyo Setal (formada pela empresa do delator).
Sem propina e acerto
O delator afirmou, porém, que os valores doados para os dois candidatos não foram feitos em troca de contratos vencidos por acerto ou pagamentos de propina, como no caso das obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, alvo central da Operação Lava Jato.
"Só queria deixar claro que esse assunto não tem absolutamente nada a ver com o tema que estamos discutindo aqui", afirmou o delator, ao ser ouvido pelo juiz federal Sérgio Moro. "É uma atividade que não tem nada a ver com Diretoria de Abastecimento da Petrobras, aonde nunca discutimos em 'clube', nunca houve esse acerto. Porém, são atividades extremamente importantes para a indústria e que tem um apoio do governo e da Petrobras e da ANP (Agência Nacional do Petróleo) em nível de conteúdo local", explicou ele.
Mendonça afirma ter ligado pessoalmente para o executivo da Engevix, réu da Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa - preso desde o dia 14 de novembro de 2014 - para pedir doação aos dois parlamentares.
"Esse é um tema muito discutido e delicado. Houve discussões de leis no Congresso, quando se discutiu partilha, e a contribuição de parlamentares nessa discussão sempre foi muito importante", justificou Mendonça.
Tanto o Setal, como parte da Toyo Setal, como a Engevix têm estaleiros no Rio Grande do Sul. A primeira é uma das donas do estaleiro EBR, que constrói módulos da plataforma P-74, em São José do Norte. A Engevix opera o estaleiro EGR.
A defesa do executivo da Engevix nega qualquer irregularidade em contratos da Petrobras. A tese da defesa é de que a empresa foi vítima de achaques por parte dos ex-diretores que recebiam propina de 1% a 3% nos contratos de obras da estatal petrolífera, segundo denúncias da Lava Jato.
O deputado Fontana nega ter recebido recursos do doleiro Alberto Youssef, mas confirma ter recebeu sim recursos da empresa Toyo Setal para sua campanha. "A contribuição desta empresa se deu de forma absolutamente legal, com emissão de recibo eleitoral e faz parte da prestação de contas da nossa campanha - publicada no site do Tribunal Regional Eleitoral. Por este e por tantos outros motivos, Fontana segue reafirmando a necessidade da reforma política e defendendo que o financiamento de campanhas eleitorais deva ser com recursos públicos ou de pessoas físicas. Para esta doação, o deputado conversou diretamente com representante da empresa e jamais teve contato com esta face ilegal do financiamento através do doleiro", diz nota divulgada nesta quarta-feira.
O deputado Adilson Troca também divulgou nota e diz que todos os recursos recebidos para sua campanha foram declarados e suas contas, aprovadas pelos órgãos competentes. "Tenho orgulho de ter participado ativamente de todo o processo que resultou na criação do Polo Naval. Desde 2010 lutamos pelo estaleiro EBR. Empreendimento que desde seu lançamento poderia gerar até 5 mil empregos", diz a nota.
  

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O desafio de sair da crise mais forte do que entrou

Governo e Petrobras têm a responsabilidade de superar escândalos e de criar uma nova era. Responsável por mais de 10% do PIB, a Petrobras tem papel vital nos investimentos que o país precisa para crescer
Trabalhadores
Estatal gasta R$ 100 bilhões por ano em aquisição de equipamentos e bens, e sustenta uma cadeia produtiva imensa. Em 2013 investiu, em média, R$ 383 milhões diários em equipamentos e em obras. Na imagem, trabalhadores que construíram a plataforma P-52
A os 62 anos de vida, que se completarão em outubro, a Petrobras convive nos últimos meses com a mais grave crise de sua história. O desenrolar da operação Lava Jato e as denúncias de corrupção no Brasil e no exterior têm atrasado pagamentos a fornecedores, dificultado a assinatura de aditivos contratuais e posto em dúvida metas de produção da maior empresa brasileira, que responde por cerca de 10% do PIB e da taxa de investimentos do país e 5% da arrecadação de impostos. As incertezas se somam à pressão de grupos econômicos para mudar as regras de produção de petróleo no pré-sal – como o regime de partilha e as regras de conteúdo nacional –, o que foi rechaçado pela presidente Dilma Rousseff no seu discurso de posse, em 1º de janeiro, ao se referir a um “cerco especulativo de interesses contrariados”.
O impacto da operação da Polícia Federal (PF) e das investigações em curso nos Estados Unidos e na Europa sobre a empresa ainda é incerto, mas, passada a tempestade, a Petrobras continuará sendo a principal empresa brasileira, com uma promissora carteira de projetos, depois de ter realizado uma das maiores descobertas de petróleo no mundo das últimas três décadas no hemisfério ocidental. O peso da estatal na economia é brutal. Em 2000, o setor de petróleo, em que a Petrobras é a principal força, com mais de 90% dos negócios na área, respondia por 3% do PIB. Hoje responde por 13% e poderia atingir 20% em 2020. A estatal gasta cerca de R$ 100 bilhões por ano em aquisição de equipamentos e bens, de contratos com construtoras a acordos com empresas de alimentação e planos de saúde. Segundo dados do Dieese, somente em 2013 a empresa gastou, em média, R$ 383 milhões diários em compras de equipamentos e em obras.
Hoje a Petrobras está envolvida em uma série de investigações, no Brasil e no exterior, em razão de suspeitas de desvios de recursos da estatal para partidos políticos e suspeitas de superfaturamento de contratos e privilégio para construtoras. A principal autoridade do mercado de capitais dos Estados Unidos está investigando a estatal brasileira, que tem ações negociadas na Bolsa de Nova York. A Justiça da Holanda está também de olho em uma denúncia da empresa SBM, que alugava plataformas para a Petrobras. Por sua vez, no Brasil, o Ministério Público Federal e a PF têm ouvido ex-diretores da empresa e de empreiteiras com contratos com a estatal, para identificar supostos desvios de dinheiro, que alimentava caixa dois usado para partidos políticos e executivos de empresas privadas.
Posse
Dilma: 'Enfrentamos situação com destemor e vamos converter renovação da Petrobras em energia transformadora”

Impactos

Os desdobramentos da Lava Jato são desconhecidos, assim como o uso que os órgãos judiciais farão da Lei Anticorrupção, que faz sua estreia no Brasil nesse caso. A lei, sancionada em 2013 por Dilma, traz uma novidade: a responsabilização da pessoa jurídica pelos atos ilícitos. Anteriormente, a legislação tinha foco maior sobre as pessoas corrompidas, e não sobre instituições corruptoras. Essa responsabilidade é objetiva em relação à pessoa jurídica: se forem comprovadas irregularidades ou uma vantagem a uma empresa, ela estará sujeita a penalidades, o que cria um novo marco na relação entre empresas e governos.
As sanções podem ir de 0,1% a 20% do faturamento bruto anual. Na esfera judicial, além de multas, a empresa pode sofrer arresto de bens, perder incentivos fiscais ou até ter suas atividades suspensas. A aplicação da lei poderá ter impacto sobre o caixa da estatal e suas fornecedoras – e por tabela atingir indiretamente outros empreendimentos de infraestrutura que têm participação das empresas envolvidas.
Com essas investigações em curso, a estatal anunciou a criação de uma diretoria de governança com intuito de reforçar controles internos e evitar novos casos de corrupção – o diretor de Governança, Risco e Conformidade, João Adalberto Elek Junior, foi eleito pelo Conselho de Administração em 13 de janeiro. Um dos problemas que o caso trouxe foi o fato de a Petrobras ter entrado em 2015 sem ter publicado o balanço do terceiro trimestre de 2014, por falta de uma estimativa do quanto foi desviado do caixa da empresa. Mesmo os números prometidos para janeiro, não auditados, criam incertezas, e a situação contábil ainda dará margem para deixar o mercado financeiro mais duro com a Petrobras.
Em 28 de janeiro, após o fechamento da edição impressa, a Petrobras divulgou seu balanço do trimestre julho-setembro/2014 com lucro líquido de R$ 3 bilhões – resultado ainda não auditado. Posteriormente, depoimentos da presidente da companhia, Graça Foster, a respeito do impacto que irregularidades em contratos investigados possam causar à contabilidade, arranharam ainda mais a situação da empresa (leia análise de Luis Nassif no site GGN).
A criação do cargo que passou a ser ocupado por Elek Junior provocou protesto da Federação Única dos Petroleiros (FUP). Em nota, a entidade afirma que “o combate à corrupção se faz com mudanças estruturais na gestão, que rompam com o modelo autoritário que se perpetua na Petrobras desde o regime militar”. Para a federação, “terceiriza” para o mercado a indicação de seu gestor. “É na força do corpo técnico e da massa de trabalhadores que fazem a Petrobras crescer a cada dia que a empresa deveria buscar a inspiração para enfrentar os atuais problemas, e não no mercado”, diz a nota.
Sem números ainda devidamente auditados, é impossível a estatal emitir títulos de dívida no Brasil ou no exterior para financiar seu bilionário plano de investimentos. O impasse, enquanto perdurar, pode afetar a capacidade de investimentos da estatal – e da cadeia de fornecedores ao seu redor. No fim de junho, a Petrobras tinha em caixa R$ 66,4 bilhões. Os recursos poderiam cobrir os R$ 23 bilhões em dívidas que vencem até meados do próximo ano e bancar os investimentos de dois trimestres (a estatal investe cerca de R$ 20 bilhões a cada três meses).
Não há ainda previsão de quando será lançado o balanço auditado – em nota de 14 de janeiro, a empresa afirma que está empenhada em divulgar as demonstrações contábeis auditadas do terceiro trimestre “o mais breve possível”. “A Petrobras é auditada pela Price (PricewaterhouseCoopers), será que ela vai auditar os números da estatal, sendo que a Price é uma empresa americana e a Petrobras está sendo investigada nos Estados Unidos? Sem balanço, ela terá de reduzir os investimentos”, diz um fornecedor da estatal.
Plataforma
Petrobras responde por 10% dos investimentos do Brasil. Cerca de 5 mil funcionários terceirizados em obras de construtoras já estão ameaçados de perder o emprego

Efeito dominó

A ausência de balanço tem peso sobre os cerca de 85 mil funcionários da Petrobras. A companhia e suas subsidiárias calculam o adiantamento da participação nos lucros ou resultados (PLR) tomando como base a comparação entre os resultados dos três primeiros trimestres do ano-base e do mesmo período do ano anterior. O pagamento da PLR, bem como do seu adiantamento, foi formalizado no acordo que a FUP e seus sindicatos assinaram em fevereiro de 2014. O recebimento do adiantamento de 40% a ser pago em janeiro ficou ameaçado.
Sindicatos estão com medo do impacto das investigações no emprego. Em janeiro, representantes do Sindipetro da Bahia organizaram uma manifestação contra corruptos e corruptores, em defesa da dignidade dos petroleiros, da Petrobras e do pré-sal. Para o coordenador geral do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, não se podem confundir interesses do capital, a ação de um punhado de corruptos e corruptores presos na operação Lava Jato, com a categoria, nem com a capacidade técnica da estatal.
Um exemplo dos possíveis impactos sobre o emprego está no futuro da indústria naval, que previa receber US$ 100 bilhões em investimentos entre 2012 e 2020 com os planos da Petrobras de dobrar sua produção até o início da próxima década. A indústria naval foi, na década de 1980, a segunda maior do mundo, nos anos 1990 estava reduzida a pó e agora se encontra entre as cinco maiores do planeta. De 2.500 mil empregos no início dos anos 2000, o setor emprega hoje mais de 80 mil pessoas e poderia duplicar esse número. Agora, o futuro repousa sobre como ficará a situação da Petrobras.
O ambiente empresarial está em estado de alerta. “Ninguém na empresa está assinando aditivos contratuais e grandes contratos estão parados, o que cria um temor grande, porque a Petrobras responde por 10% dos investimentos do Brasil e por cerca de mais de 10% do PIB, é muita coisa”, diz o vice-presidente de uma das cinco maiores empreiteiras do Brasil. Cerca de 5 mil funcionários terceirizados em obras de construtoras para a estatal já estão ameaçados de perder o emprego até este fevereiro. Nas estimativas de algumas consultorias, um corte de 10% no plano de negócios da petroleira pode tirar de 0,1 a 0,5 ponto percentual do PIB.
Essas ameaças fazem as grandes construtoras, que têm na estatal um importante cliente, pressionar governo e sindicatos para mostrar o impacto que essa investigação poderá ter sobre a economia. Essas empressas deixaram há muitos anos de ser responsáveis apenas por obras de construção pesada. A Camargo Corrêa é uma das acionistas da CCR, concessionária de rodovias e da Linha 4 do Metrô de São Paulo. A Odebrecht é principal acionista da Braskem, que também tem no seu controle a Petrobras. A Andrade Gutierrez detém presença relevante na Cemig e na Oi. Hoje, as construtoras acreditam que a Justiça e a Corregedoria Geral da União (CGU) vão saber “separar os fatos”, segundo um executivo de uma grande empreiteira.
Nas entrelinhas, isso significa que caso uma construtora tenha atuado de forma incorreta, quem pagará a multa e sofrerá proibição de participar de uma nova obra será a construtora e não o grupo econômico de que ela participa. “Esse é o nosso entendimento. Se não for feito assim, as coisas não vão parar de pé e o programa de concessões do governo poderá ficar paralisado”, frisa um advogado que acompanha a questão. A construtora Camargo Corrêa, por exemplo, pagaria a penalidade e não a CCR ou a CPFL, a companhia de energia que serve parte do estado de São Paulo, em que o grupo econômico detém participação relevante, sendo controlador de ambas.
Navio sergio buarque de holanda
PESO - Em 2000, o setor de petróleo respondia por 3% do PIB. Hoje responde por 13% e poderia atingir 20% em 2020

Outro patamar

Apesar das incertezas de curto prazo, o horizonte de médio e longo prazo da Petrobras é positivo. A descoberta da camada pré-sal, em 2006, mudou o patamar de operação da estatal, que prevê chegar ao início da próxima década com uma produção de 4 milhões de barris por dia, o dobro do que extrai hoje – em 2014, a produção total de petróleo e gás no Brasil cresceu 6%. Ou seja, a estatal, que levou 60 anos para chegar à marca de 2 milhões de barris por dia, pretende dobrar esse patamar em apenas sete anos.
O avanço se dará com o pré-sal, que responde por 22% da produção atual da empresa, mas que em 2018 chegará a 52% do total. Serão 19 novas unidades de produção instaladas no pré-sal da Bacia de Santos até o final daquele ano. Com esses projetos, a expectativa da Petrobras é de que a produção de petróleo exclusivamente nas áreas do pré-sal, em 2017, ultrapasse a barreira de 1 milhão de barris por dia. Entre 2014 e 2018, a estatal prevê investir US$ 220 bilhões, o maior programa de investimento de uma petroleira no mundo.
“Nossas reservas descobertas têm o grande diferencial de estarem próximas ao maior mercado consumidor de energia do país, o que resulta em alta competitividade. Em quatro anos, com base em 2010, nossa produção no pré-sal cresceu dez vezes”, destaca a presidente da estatal, Graça Foster.
Publicado recentemente, relatório da companhia de petróleo e gás BP aponta crescimento da participação do Brasil no cenário energético mundial até 2035. O pré-sal se converterá em uma das principais províncias petrolíferas do planeta, o que fará o Brasil se tornar um exportador de energia e o maior produtor do setor na América do Sul. Devido a essa riqueza descoberta no Brasil, o governo alterou as regras de exploração e produção de petróleo na camada pré-sal, em 2010, fim do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Foi criado o regime de partilha na exploração da camada pré-sal, em que a União tem parte das receitas asseguradas, e a obrigatoriedade de a Petrobras deter pelo menos 30% dos campos a serem concedidos na área. Há também regras de conteúdo nacional de compra de equipamentos fabricados no Brasil. Com a crise da Petrobras, parte da mídia e grupos econômicos têm criticado essas ideias.
“A Petrobras precisará de foco e de uma política mais flexível. Obrigar a empresa a ter 30% de participação nos campos do pré-sal traz muita pressão. Ela tem capacidade técnica muito grande e um grande conhecimento em águas ultraprofundas, o que é um trunfo para o pré-sal. Ela poderá superar os obstáculos”, diz o economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), que atuou na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) lançou um documento no fim do ano em que observa que “os ataques sofridos pela Petrobras neste momento têm relação direta com o potencial do pré-sal”. Grupos econômicos e parte da mídia têm defendido abertura para outras empresas participarem da exploração do pré-sal sem a presença da Petrobras. “Embora o modelo adotado pelo governo não tenha atendido a todas as propostas feitas pelas entidades sindicais, contribuiu para garantir a soberania nacional em relação a esta produção, por meio do sistema de partilha e da criação da Petrosal. É preciso, portanto, enfrentar com vigor qualquer intenção entreguista que queira se aproveitar deste momento delicado pelo qual passa a Petrobras”, destaca o documento.

Oportunidades

Um ciclo de investimentos, turbinado pela exploração do pré-sal, poderá ser usado para a economia brasileira evitar a desindustrialização, na avaliação do diretor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Fernando Sarti. Entre 1990 e 2009, os investimentos responderam por cerca de 20% do PIB nacional, enquanto na China estiveram acima de 40%.
“Nós temos oportunidades e haverá demanda, mas ela ficará com indústrias daqui ou de fora?”, questiona Sarti. “A questão não é apenas de câmbio, e a competição ficará mais acirrada porque a China e países desenvolvidos, como Alemanha e Estados Unidos, buscarão mercados para seus bens neste mundo em crise. O que precisa ser feito é usar essa demanda de forma estratégica, o que pode contribuir para o adensamento de cadeias produtivas geradoras de mais riqueza aqui”, analisa.
Para o diretor, criar inovação e riqueza no Brasil depende de um papel mais ativo do Estado. Por meio de política industrial, o governo pode aumentar as oportunidades em setores competitivos com soluções diferenciadas criadas por empresas brasileiras ou multinacionais com negócios no Brasil. “Isso abre perspectiva de capacitação de fornecedores locais e de criação ou maior inserção em cadeias de valor. A empresa líder do setor é a Petrobras, com dimensão de mais longo prazo e condições de participar de uma política industrial mais ativa. A política de ­conte­ú­­do nacional é um trunfo.”
O escândalo em torno dos contratos da companhia com empreiteiras, a despeito do oportunismo político com que é tratado por parte da oposição e de setores da imprensa, poderá significar uma nova era para a estatal. O assunto ocupou espaço importante no ato de diplomação da presidenta Dilma, em 18 de dezembro. Na ocasião, Dilma ressaltou que o governo trabalha para recuperar o prestígio da empresa.
“Alguns funcionários da Petrobras, empresa que tem sido – e que vai continuar sendo – o nosso ícone de eficiência, brasilidade e superação, foram atingidos no processo de combate à corrupção”, afirmou a presidenta. “Estamos enfrentando essa situação com destemor e vamos converter a renovação da Petrobras em energia transformadora do nosso país”, disse ela. “A realidade atual só faz reforçar nossa determinação de implantar, na Petrobras, a mais eficiente estrutura de governança e controle que uma empresa estatal já teve no Brasil. Temos de apurar com rigor tudo de errado que foi feito. Temos, principalmente, de criar mecanismos que evitem que fatos como estes possam novamente se repetir.”
Plataforma 2
Em 1997, a empresa valia R$ 25 bilhões e faturava R$ 26 bilhões/ano. Hoje, vale R$ 200bilhões e receita supera R$ 300 bilhões
O uso político da estatal ocorre há décadas, assim como seu rumo depende do humor das políticas econômicas vigentes. Em agosto de 1997, quando o governo Fernando Henrique Cardoso avançava nas privatizações, foram modificadas as regras do setor de petróleo, estabelecidas em 1953 por Getúlio Vargas.

O monopólio da estatal no segmento foi quebrado. Iniciaram-se estudos para a venda da estatal em leilão de privatização, o que não avançou. Em 2001, sob o comando de Henri Phillipe Reichstul, a empresa iniciou um projeto de ajuste de promoção da marca. Foram sugeridas três ideias: manter Petrobras no Brasil e no exterior; manter a marca aqui e usar Petrobrax no exterior; e alterar no Brasil e lá fora para Petrobrax. O projeto foi pressionado por uma enxurrada de críticas e a ideia, abortada.

Em 1997, a empresa valia R$ 25 bilhões e faturava R$ 26 bilhões/ano. Hoje, vale R$ 200 bilhões e sua receita supera R$ 300 bilhões. A produção, que estava em pouco mais de um milhão de barris/dia, hoje supera 2,2 milhões. E é alvo de ataques dos mercados de capitais e de energia – sobretudo dos Estados Unidos e aliados árabes, que já forçam a queda do preço do óleo para prejudicar Rússia e Venezuela –, por conta da influência do potencial produtivo do pré-sal no mercado global.

Dilma sabe que economia precisa de empreiteiras da Lava Jato

Presidente Dilma Rousseff faz discurso na primeira reunião ministerial do segundo mandato
No discurso de abertura da primeira reunião ministerial de sua nova equipe, a presidente afirmou que "ser capaz de combater a corrupção não pode significar a destruição de empresas privadas também"

São Paulo - Dilma Rousseff reconheceu publicamente pela primeira vez que não se deve permitir a ruína de grandes empreiteiras brasileiras citadas no escândalo de propina que tem a Petrobras como protagonista, mostrando estar ciente de que isso prejudicaria ainda mais a combalida economia brasileira.
No discurso de abertura da primeira reunião ministerial de sua nova equipe, a presidente afirmou que "ser capaz de combater a corrupção não pode significar a destruição de empresas privadas também". "As empresas têm de ser preservadas, as pessoas que foram culpadas é que têm que ser punidas, não as empresas", enfatizou.
Dilma já tinha mencionado o escândalo da Petrobras publicamente em outras ocasiões importantes recentes, como em sua diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 18 de dezembro último, e no discurso de posse no Congresso Nacional, em 1º de janeiro.
Nos dois momentos anteriores, porém, a presidente ignorou qualquer menção às companhias privadas denunciadas pelo Ministério Público Federal, entre elas as maiores empreiteiras do país, tendo optado por defender enfaticamente apenas a Petrobras: o nome da estatal foi repetido à exaustão, oito e nove vezes, respectivamente.
No discurso desta terça-feira, a Petrobras foi citada seis vezes e as empresas privadas, duas. Foi um evidente sinal de entendimento, pela presidente, de que não basta apenas recuperar a estatal, cujos contratos com sobrepreço teriam abastecido por muitos anos os bolsos de ex-funcionários, executivos de fornecedoras e políticos.
As seis grandes empreiteiras citadas na denúncia feita em meados de dezembro pelo Ministério Público e aceita pela Justiça estão envolvidas em grandes empreendimentos no Brasil, como sócias ou responsáveis pelas obras.
OAS, Camargo Corrêa, UTC Engenharia, Mendes Júnior, Engevix e Galvão Engenharia têm presença em aeroportos, rodovias e grandes hidrelétricas, para citar apenas alguns exemplos.
São projetos que representaram uma das principais apostas do primeiro mandato de Dilma e que continuarão sendo estratégicos para elevar os investimentos e movimentar a economia.
Mas o que mudou do fim do ano para cá que justifique um afago de Dilma às empresas privadas? No começo de janeiro, a OAS deixou de pagar juros sobre títulos de dívida no exterior, o que motivou as principais agências de classificação de risco a piorarem a nota de crédito do grupo.
Desde então, Moody's e Standard & Poor's têm reduzido os ratings de grandes construtoras no Brasil, e não apenas daquelas citadas na Lava Jato.
Isso significa, na prática, que vai ficar mais caro para essas companhias financiarem suas operações. Algumas delas negociam a venda de ativos para aliviar a pressão sobre sua solvência.
Um eventual colapso das empresas privadas citadas na Lava Jato representaria, portanto, a possível paralisação de obras fundamentais de infraestrutura e com potencial de deixar dezenas de milhares de brasileiros sem emprego.
Dilma, claro, quer evitar que isso aconteça. Ela sabe que enfrenta um segundo mandato repleto de desafios, com a inflação acima do teto da meta mesmo com a elevação da taxa básica de juro Selic, aumento das apostas de recessão da economia em 2015 e piora do mercado de trabalho.
O governo já indicou que vê como saída acordos de leniência caso sejam propostos pelas empresas acusadas dentro da Lava Jato, como disse recentemente à Reuters o ministro da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams.
Para ele, um acordo de leniência é bom para a empresa, por evitar o risco de que ela feche as portas, e "fortalece o processo de recuperação de patrimônio" desviado.
A discussão aqui não é se deveria haver menor concentração de negócios nas mãos de uma dezena de empreiteiras de grande porte no Brasil.
É claro que seria mais proveitoso para o país ter um número maior delas, mas o fato é que são poucas as que hoje têm musculatura financeira para participar de empreendimentos que exijam investimentos vultosos, uma realidade construída ao longo de décadas e que não se muda repentinamente.
Fonte: EXAME.com

"Curiosidade" - “Sexo é a coisa mais natural do mundo”, museu do sexo será construído em BH

   
Lar da maior região de prostituição do país, Belo Horizonte pode se preparar para ter também um museu dedicado ao sexo. A responsável pelo projeto é ninguém menos do que a presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig) e ex-candidata a “dePUTAda” (como ela dizia), Cida Vieira.
Inspirado do museu do sexo de Amsterdã, o  museu de BH já tem até slogan definido, “sexo é a coisa mais natural do mundo”. Cida buscará agora, patrocínio e o apoio da Belotur. A intenção é promover o lançamento de um museu virtual de imediato, e em breve começar a adequação do espaço físico, que exite e fica na Rua Guaicurus, a maior região de prostituição do país.
“O museu vai ajudar a quebrar o estigma do trabalho das prostitutas na sociedade mineira, que é falsa moralista. Convive com a Guaicurus desde sempre e nunca nos assumiu. Agora, as profissionais do sexo vão sair do armário” declarou Cida ao jornal Estado de Minas.
Cida Vieira é fortemente atuante em favor das prostitutas mineiras, além de promover aulas de inglês e espanhol durante a Copa, ela também é responsável por ajudar aos profissionais do sexo associados a Aprosmig a terem máquinas de cartão de crédito.
http://www.museudosexo.com.br/

"Curiosidade" - INPE registra 98 mortes por raios em 2014

A maior parte das mortes aconteceu em São Paulo, seguido pelos estados do Maranhão e do Piauí



O número de pessoas mortas por raios no Brasil chegou a 98 em 2014, uma a menos do que o registrado em 2013, de acordo com levantamento do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), baseado em informações da imprensa, da Defesa Civil e do Ministério da Saúde.

A maior parte das mortes por raios aconteceu em São Paulo, com 17 casos, seguido de perto pelo estado do Maranhão, com 16 registros de mortes. Depois vêm Piauí, com sete casos,  Amazonas e Pará, com seis mortes, cada.
Os números de São Paulo se destacam pelas duas mortes que ocorreram no segundo semestre de 2014: Em 7 de novembro morreram três moradores de rua, atingidos simultaneamente por um raio; e em 29 de dezembro quatro banhistas receberam descarga atmosférica em Praia Grande, no litoral.
As cidades que tiveram maior número de vítimas em 2014 foram: São Paulo, com cinco vítimas; Praia Grande (SP), quatro vítimas; Pauini (AM), Wanderley (BA) e Igarapé Grande (MA) com duas vítimas, cada. Entre as vítimas, 56% viviam na zona rural.
Agência Brasil

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