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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

'Malinha de rodinha' levou propina ao Diretório Nacional do PT, diz delator

Em interrogatório na Justiça Federal do Paraná, o lobista Milton Pascowitch, um dos delatores da Operação Lava Jato, afirmou que entregou propinas em "uma malinha de rodinha" ao ex-tesoureiro João Vaccari Neto, no Diretório Nacional do PT, em São Paulo.
O dinheiro, relatou Pascowitch, saiu de um total de R$ 14 milhões de "comissão ao grupo político" sobre um contrato de US$ 3 bilhões de cascos replicantes da Engevix na Petrobras. Faziam parte do "grupo político", segundo Pascowitch, Vaccari, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (Governo Lula), seu assessor Roberto 'Bob' Marques, o irmão do ex-ministro Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e o empresário Fernando Moura, ligado ao PT.
"(As entregas), fazia através de uma malinha que eu tenho, com rodinha. R$ 500 mil cabia. (Entregava) dentro do diretório nacional do PT, na sala dele", declarou. Pascowitch contou que, no fim de 2009, foi apresentado a João Vaccari pelo então diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.
Segundo o delator, nesta época, se deu a assinatura do contrato de US$ 3 bilhões dos cascos replicantes da Engevix com a estatal. O lobista afirmou que naquele ano o grupo político influente no setor não era mais representado por Dirceu, "apesar de poder indiretamente ter participação, mas não é de meu conhecimento".
Pascowitch disse que o grupo passou a ser representado por João Vaccari. "A liquidação das comissões do contrato dos cascos se deu exclusivamente com o João Vaccari", relatou. "Isso coincide com as eleições de 2010 e com a necessidade de recursos na data zero. O contrato dos cascos se desenvolveria em sete anos. Foi feito um acordo e se diminuiu esse porcentual para que ele pudesse ser liquidado durante o ano de 2010. Não foi bem assim, porque ultrapassou, passou 2011 também. Mas foi fechado um valor de R$ 14 milhões como comissões a serem pagas em referência ao contrato dos cascos."
No depoimento, Pascowitch declarou que os valores da propina seriam repassados "conforme a disponibilidade ou mais ou menos o faturamento do contrato dos cascos". De acordo com o lobista, foram feitas, "contribuições políticas da Engevix no montante de R$ 4 milhões. Os R$ 10 milhões restantes foram repassados em dinheiro entre o fim de 2009 e o meio de 2011".
"Essas doações eleitorais eram abatidas do montante da propina", sustentou. Em sua delação premiada, Milton Pascowitch declarou que também intermediou propinas a José Dirceu com dinheiro que ele tinha das empresas Hope Recursos Humanos e Personal. Nesta quarta-feira, 20, na Justiça Federal, ele afirmou que recebia montantes de "R$ 700 mil, R$ 800 mil, mas que na média era perto de R$ 600 mil", provenientes de "contratos de serviços terceirizados no compartilhado da Petrobras".
"A Hope me pagava em São Paulo, na maioria das vezes, e muitas vezes eu saía do escritório da Hope e ia entrar ou ao João Vaccari. Algumas vezes eu trazia até um complemento desses valores que eu tinha no Rio de Janeiro", contou. "(João Vaccari) necessitava de recursos livres, de dinheiro, de pagamento em dinheiro. Eu fazia essa transferência para ele, então, dos recursos que eu recebia, que não eram de minha propriedade, mas que seriam uma parte do Duque, uma parte do Fernando (Moura, lobista e também delator da Lava Jato), uma parte do José Dirceu. E depois me ressarcia em contratos específicos junto ao grupo Engevix."
O juiz Sérgio Moro, que conduz as ações da Lava Jato na 1ª instância, questionou Pascowitch sobre a ciência de um dos donos da Engevix acerca da propina paga a políticos e dirigentes da Petrobras. "Lógico, sabia. Esse valor era sabido, eu informava ao Gérson que tinha entregue X mil reais para o João Vaccari, ele passava, então, uma autorização para o Cristiano Kok (outro dono da empreiteira) elaborar um contrato de prestação de serviços. O José Adolfo, meu irmão, sentava com o Cristiano Kok e assinava esses contratos e nós éramos ressarcidos desses valores pagos", relatou.
Segundo ele, esses contratos não estavam vinculados a nenhuma obra. "Eles têm uma característica, que é a rubrica 4000, da Engevix, vinculada à vice-presidência da empresa e tem escopos completamente diferentes da nossa atuação e tem uma característica principal, que é a do pagamento à vista. Toda nossa remuneração, por exemplo, Cacimbas, começou em 2007 e terminou em 2011. Nesse caso de reposição de valores pagos de propina, eles têm vencimento à vista, eles sempre foram pagos em uma parcela só", disse.
Para o criminalista Roberto Podval, que defende Dirceu, o depoimento do delator "foi confuso". Podval nega taxativamente que o ex-ministro tenha recebido recursos ilícitos. O criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende João Vaccari Neto, tem reiterado que o ex-tesoureiro do PT, jamais arrecadou valores ilícitos para o partido. "Todas as captações foram absolutamente legais e repassados ao PT, com declaração à Justiça eleitoral", afirma D’Urso.
Procurado, o PT afirmou que todas as doações recebidas pelo partido foram realizadas estritamente dentro da legalidade e posteriormente declaradas à Justiça.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Plataforma P-67 inicia viagem de 4 meses para conclusão na China

Plataforma é a primeira a ser entregue desde o escândalo da Lava Jato. Outros cinco cascos devem ser construídos no estaleiro de Rio Grande.
Do G1 RS
Plataforma será rebocada até a China para que seja concluída (Foto: Mauricio Gasparetto / RBS TV)Plataforma será rebocada até a China para que seja concluída (Foto: Mauricio Gasparetto / RBS TV)
A plataforma P-67 começou nesta segunda-feira (28) a viagem de quatro a partir do estaleiro de Rio Grande, na Região Sul do Rio Grande do Sul, até a China, onde será finalizada. Esse é o primeiro projeto concluído desde o início da investigação da Operação Lava Jato, que apura desvios de recursos da Petrobras.
A P-67 tem dimensões consideráveis, com 353 mil toneladas, 288 metros de comprimento, 54 metros de largura e 31 metros de altura. A manobra para a retirada da estrutura teve início por volta das 10h. A plataforma foi puxada por seis rebocadores do cais do estaleiro até os Molhes da Barra. A viagem até a China será realizada por meio de dois rebocadores oceânicos.

Depois de finalizada em solo asiático, a P-67 retorna ao Brasil para ser usada na extração da camada do pré-sal, na Bacia de Santos, litoral paulista. A capacidade de produção será de 150 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás natural.
A Petrobras encomendou oito cascos iguais da Engevix, empresa envolvida no escândalo da Lava Jato. Este é o segundo casco a ficar pronto – o primeiro foi a P-66 entregue no final do ano passado.
A P-67, no entanto, deveria seguir para o Rio de Janeiro, onde seria finalizada em um estaleiro gerenciado pela empresa Mendes Júnior, também envolvida na Lava Jato. O atraso de mais de um ano nas obras fez com que a Petrobras mudasse de planos e resolvesse finalizar a plataforma na China.
Entre os outros seis cascos que ainda devem ser entregues está o da plataforma P-68. Entretanto, a construção da plataforma foi repassada para a China. A previsão é de que as demais sejam construídas no estaleiro de Rio Grande.
A construção da plataforma enviada para a China nesta segunda-feira (28) foi iniciada em abril de 2014, com a participação de quatro mil homens.

Fonte: G1


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Delator diz que doou para deputados do PT e do PSDB no RS

O executivo Augusto Ribeiro Mendonça, da Setal Engenharia, Construções e Perfurações, afirmou em seu depoimento à Justiça Federal que fez doações e também pediu contribuição à construtora Engevix para dois candidatos a deputado do Rio Grande do Sul do PT e do PSDB que ajudaram na instalação de estaleiros no Estado - que constroem embarcações e unidades para plataformas da Petrobras -, Henrique Fontana e Adilson Troca.
"O que eu havia colocado para o Gerson (Almada, executivo da Engevix) é que como nós, que temos estaleiro no Rio Grande do Sul, precisávamos apoiar deputados que eram identificados com a essa causa e que auxiliaram, em muito, a nossa instalação no Estado. Um era do PT, Henrique Fontana, e outro era do PSDB, Adilson Troca", afirmou Mendonça, em depoimento ontem no processo penal que envolve a Engevix.
Questionado por um advogado se ele lembrava o valor que foi doado às campanhas, ele afirmou que a Setal contribuiu com "aproximadamente R$ 150 mil. "Não lembro direito, entre R$ 100 mil e R$ 150 mil."
Segundo a Justiça Eleitoral, Fontana e Troca receberam, nas campanhas de 2014, R$ 50 mil e R$ 60 mil, respectivamente, da Toyo Setal (formada pela empresa do delator).
Sem propina e acerto
O delator afirmou, porém, que os valores doados para os dois candidatos não foram feitos em troca de contratos vencidos por acerto ou pagamentos de propina, como no caso das obras das refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, alvo central da Operação Lava Jato.
"Só queria deixar claro que esse assunto não tem absolutamente nada a ver com o tema que estamos discutindo aqui", afirmou o delator, ao ser ouvido pelo juiz federal Sérgio Moro. "É uma atividade que não tem nada a ver com Diretoria de Abastecimento da Petrobras, aonde nunca discutimos em 'clube', nunca houve esse acerto. Porém, são atividades extremamente importantes para a indústria e que tem um apoio do governo e da Petrobras e da ANP (Agência Nacional do Petróleo) em nível de conteúdo local", explicou ele.
Mendonça afirma ter ligado pessoalmente para o executivo da Engevix, réu da Lava Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa - preso desde o dia 14 de novembro de 2014 - para pedir doação aos dois parlamentares.
"Esse é um tema muito discutido e delicado. Houve discussões de leis no Congresso, quando se discutiu partilha, e a contribuição de parlamentares nessa discussão sempre foi muito importante", justificou Mendonça.
Tanto o Setal, como parte da Toyo Setal, como a Engevix têm estaleiros no Rio Grande do Sul. A primeira é uma das donas do estaleiro EBR, que constrói módulos da plataforma P-74, em São José do Norte. A Engevix opera o estaleiro EGR.
A defesa do executivo da Engevix nega qualquer irregularidade em contratos da Petrobras. A tese da defesa é de que a empresa foi vítima de achaques por parte dos ex-diretores que recebiam propina de 1% a 3% nos contratos de obras da estatal petrolífera, segundo denúncias da Lava Jato.
O deputado Fontana nega ter recebido recursos do doleiro Alberto Youssef, mas confirma ter recebeu sim recursos da empresa Toyo Setal para sua campanha. "A contribuição desta empresa se deu de forma absolutamente legal, com emissão de recibo eleitoral e faz parte da prestação de contas da nossa campanha - publicada no site do Tribunal Regional Eleitoral. Por este e por tantos outros motivos, Fontana segue reafirmando a necessidade da reforma política e defendendo que o financiamento de campanhas eleitorais deva ser com recursos públicos ou de pessoas físicas. Para esta doação, o deputado conversou diretamente com representante da empresa e jamais teve contato com esta face ilegal do financiamento através do doleiro", diz nota divulgada nesta quarta-feira.
O deputado Adilson Troca também divulgou nota e diz que todos os recursos recebidos para sua campanha foram declarados e suas contas, aprovadas pelos órgãos competentes. "Tenho orgulho de ter participado ativamente de todo o processo que resultou na criação do Polo Naval. Desde 2010 lutamos pelo estaleiro EBR. Empreendimento que desde seu lançamento poderia gerar até 5 mil empregos", diz a nota.
  

sábado, 24 de janeiro de 2015

Corrupção na Petrobras pagava apoio a governo, diz executivo

Projeto Cacimbas, da Engevix
Projeto Cacimbas, da Engevix: os advogados do empreiteiro afirmam ainda que o esquema foi montado pelo PT como instrumento para se manter no poder
A defesa do empresário Gérson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix Engenharia, uma das empreiteiras que são alvo da Operação Lava Jato, afirmou em documento entregue à Justiça Federal que superfaturamentos em contratos da Petrobras foram usados para bancar o "custo alto das campanhas eleitorais" e para que o governo federal pagasse parlamentares em troca de apoio no Congresso Nacional.
Os advogados do empreiteiro afirmam ainda que o esquema foi montado pelo PT como instrumento para se manter no poder.
O executivo está preso desde 14 de novembro do ano passado, junto com outros dez empreiteiros. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Para os investigadores, a Engevix integrava um "clube" de empreiteiras que atuava como cartel. As afirmações sobre o uso de contratos superfaturados da Petrobras para objetivos políticos constam de um documento de 85 páginas entregue à Justiça como resposta à acusação.
O documento dos advogados do vice da Engevix explicita algo que já vinha sendo dito nos bastidores pelos empreiteiros. Ele traduz a estratégia jurídica desse grupo: evitar que a Petrobras seja tratada como vítima de corruptores, no caso, os empresários, e tentar unir as duas frentes de investigação da operação - uma delas, a que inclui ex-diretores da estatal, doleiros e empreiteiros, é comandada pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal no Paraná; a outra parte, a que inclui os políticos com foro privilegiado, está sob a guarda do Supremo Tribunal Federal.
Ao dizer que a corrupção na Petrobras está intrinsecamente ligada a atividades do governo e de parlamentares, os empreiteiros tentam mostrar que o caso é indissociável, a fim de que tudo seja julgado diretamente pelo STF.
"Faz mais de 12 anos que um partido político passou a ocupar o poder no Brasil. No plano de manutenção desse partido no governo, tornou-se necessário compor com políticos de outros partidos, o que significou distribuir cargos na administração pública, em especial, em empresas públicas e em sociedades de economia mista", diz o documento da defesa do vice da Engevix, que é coordenada pelo criminalista Antônio Sérgio de Moraes Pitombo.
"O pragmatismo nas relações políticas chegou, no entanto, a tal dimensão que o apoio no Congresso Nacional passou a depender da distribuição de recursos a parlamentares. O custo alto das campanhas eleitorais levou, também, à arrecadação desenfreada de dinheiro para as tesourarias dos partidos políticos", prossegue o texto.
"Não por coincidência, a antes lucrativa sociedade por ações, Petrobras, foi escolhida para geração desses montantes necessários à compra da base aliada do governo e aos cofres das agremiações partidárias. Nessa combinação de interesses escusos, surgem personagens como Paulo Roberto Costa, que, sabidamente, passou a exigir porcentuais de todos os empresários que atendiam a companhia", afirma a defesa.
O documento tenta deixar explícito que os empresários eram alvos de achaques dos dirigentes da Petrobras, em especial de Paulo Roberto Costa, que dirigiu a área de Abastecimento da estatal entre 2004 e 2012.
"O que ele (Costa) fazia era ameaçar, um a um, aos empresários, com o poder econômico da Petrobras", diz o texto.
"Prometia causar prejuízos no curso de contratos. Dizia que levaria à falência quem contrastasse seu poder, sinônimo da simbiose do poder econômico da mega empresa com o poder político do governo."
'Contingência'
A defesa sustenta que a "exigência de Paulo Roberto Costa" foi a "força criadora do elemento coletivo". "Quem detinha contratos vigentes com a Petrobras sofreu achaque. Ainda que se admita, a título de argumentação, que teriam praticado crimes similares, é ínsito aos acontecimentos entender que a exigência de Paulo Roberto Costa - e demais brokers do projeto político de manutenção dos partidos na base do governo - colocou os empresários, todos, na mesma situação, não por vontade, não por intenção, mas por contingência dos fatos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: EXAME.com
      

As empresas prejudicadas pela crise da Petrobras até agora

P-36, plataforma de petróleo da Petrobras, inclinada e afundando após explosões, localizada em Campos de Roncador, na Bacia de Campos
Petrobras: 12.000 funcionários de fornecedoras da estatal demitidos em dois meses
Enquanto a Petrobras e as empresas envolvidas na Operação Lava Jato aguardam a investigação da Justiça, outra sentença (custosa para toda a economia brasileira de imediato) está sendo dada pelo mercado.
Com executivos na cadeia e projetos parados, as fornecedoras da Petrobras já começaram a sentir o baque do escândalo.
Obras paradas, processos adiados, demissões, crédito escasso e menos investimento é o cenário que se desenha para elas.
Até agora, 23 empreiteiras foram indiciadas por envolvimento na operação, deflagrada no ano passado, e que investiga corrupção na Petrobras.
De acordo com reportagem da Revista EXAME, mais de 6.000 empresas são fornecedoras da estatal, muitas delas com o risco de sofrerem um reflexo da crise.
Veja, a seguir, alguns negócios e empresas já prejudicados pelas investigações de corrupção.
Demissões em massa
Responsáveis por grandes obras de infraestrutura, as 23 empreiteiras investigadas pela Justiça empregam, juntas, 350.000 pessoas.
Mas, com obras paradas, funcionários já começaram a perder o emprego. A estimativa dos balanços das centrais sindicais é que mais de 12.000 funcionários tenham sido demitidos em todo o país em menos de dois meses.
O número deve aumentar com o tempo e o desenrolar das investigações.
Tomé Engenharia
Os aditivos de obras já contratadas pela Petrobrás que não foram pagos prejudicaram os negócios da Tomé Engenharia, cujos maiores contratos tinham sido assinados com a estatal.
A empresa, tradicional do setor de óleo e gás, anunciou na semana passada que irá fechar as portas.
Sem receber os valores de aditivos contratuais com a estatal, e sem conseguir crédito no mercado, a Tomé alega não conseguir sustentar seu negócio.
Alumini Engenharia 
Depois de não pagar os funcionários que trabalham nas obras das refinarias Abreu e Lima e ter suas contas bloqueadas na Justiça, a Alumini Engenharia, empresa do grupo Alusa, pediu recuperação judicial.
O pedido foi protocolado na quinta-feira, dia 16, na 2 ª Vara de Falências em São Paulo, no bairro da Vila Olímpia.
Em comunicado, a empresa afirmou que“a decisão foi tomada após várias tentativas infrutíferas da empresa de receber seus créditos referentes a serviços prestados à Petrobras”.
Galvão Engenharia
A empresa também teria de paralisar uma obra e demitir 3.500 pessoas depois de a Petrobras rescindir o contrato feito em parceria com a chinesa Sinopec para a construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.
A construtora teria de receber cerca de 900 milhões de reais em aditivos da estatal, segundo informações do PetroNotícias, boletim especializado no setor de petróleo.
OAS
Empresas cujos negócios são mais dependentes do governo correm mais risco de serem prejudicadas pela crise. É o caso da OAS, que tem 30% de sua receita proveniente de contratos com o setor público – e atualmente, uma dívida estimada em 8 bilhões de reais.
Vender ativos e reduzir despesas estão no plano da construtora desde o início do ano.
A agência Fitch rebaixou duas vezes, em uma semana, a nota de crédito da companhia e a preocupação é de a empresa também entrar com pedido de recuperação judicial em breve.
"Estamos hoje em negociação com todos os nossos credores e apresentaremos um plano aos mesmos nas próximas semanas", disse a empresa à EXAME.com.
UTC
Além de ter seus contratos prejudicados no país, a UTC teve cancelado um contrato para a construção de uma plataforma de petróleo de 250 milhões de dólares pela Pemex, a petroleira estatal do México. As informações são da coluna de Lauro Jardim.

No início do mês, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, escreveu uma carta, obtida e divulgada pela Revista Veja, em que afirma que esquema de corrupção instalado na Petrobras era na essência político.

Fonte: EXAME.com

domingo, 11 de janeiro de 2015

Em crise, Engevix estuda venda de aeroportos, hidrelétricas e estaleiro

Assim como outros investigados pela Operação Lava-Jato, o grupo Engevix (ou Jackson Empreendimentos) enfrenta fortes dificuldades para obter crédito no mercado para suas operações. Em meio à pior crise de sua história, a companhia prepara a venda de parte de seu portfólio para levantar caixa.

Conforme apurou o Valor, o grupo atualmente estuda diferentes possibilidades de vendas, localizadas em três dos quatro principais braços de atuação. Mas a intenção é se desfazer de apenas alguns dos ativos analisados. Com R$ 3,3 bilhões de faturamento (ao fim de 2013, dado mais recente disponível), a holding estuda até sair totalmente de uma de suas subsidiárias - a de energia.

Entre as oportunidades estudadas, está a venda da participação no estaleiro Ecovix (R$ 1,8 bilhão em faturamento ao fim de 2013). Essa companhia tem dois contratos com a Petrobras e com a Sete Brasil para a construção de três sondas de perfuração e oito cascos para plataformas do pré-sal. O estaleiro fica em Rio Grande (RS). A previsão, até há alguns meses, era que todas as unidades para a petroleira entrassem em operação até 2017. Procurado, o grupo não confirmou as informações.

Em 2013, um grupo de cinco empresas japonesas lideradas pela Mitsubishi Heavy Industries (MHI) comprou 30% da Ecovix por cerca de US$ 300 milhões, o que daria inicialmente à participação da Engevix um valor de US$ 700 milhões - valor que pode mudar conforme avaliação financeira de compradores eventualmente interessados.

Outra opção estudada pelo grupo é a venda da Desenvix, de energia (R$ 211 milhões em receita ao fim de 2013). Seus atuais acionistas são a Engevix (com 40,65%, por meio de um fundo), a norueguesa Statkraft (40,65%) e o fundo de pensão Funcef (18,7%). Neste caso, a compradora pode ser a própria Statkraft - que já teria manifestado interesse na fatia antes mesmo de a Operação Lava-Jato surgir. Maior geradora de energia renovável da Noruega, a companhia possui 391 usinas com capacidade total de 17,6 mil MW em mais de 20 países.

Quando entrou no negócio, em março de 2012, a Statkraft investiu R$ 725 milhões (valor da época). Com base nesse montante e na correção monetária, a Engevix poderia arrecadar cerca de R$ 850 milhões caso decida vender toda a participação na Desenvix. Mas o grupo também avalia vender, em vez de toda a fatia na empresa, apenas algumas de suas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).


Além de Desenvix e Ecovix, o grupo estuda a venda de ativos da Infravix (não foi divulgado o faturamento ao fim de 2013), conforme o Valor já noticiou. Essa companhia tem 51% da Inframérica, controladora dos aeroportos de Brasília (DF) e São Gonçalo do Amarante (RN). O mercado acompanha com interesse o assunto, sobretudo em relação ao terminal da capital federal. Já o empreendimento nordestino ainda é visto com pouco potencial de crescimento, o que pode limitar grandes propostas. Além dos aeroportos, a Infravix tem participação na ViaBahia, concessionária de rodovias.


O único braço principal que não é alvo de estudos para venda é a Engevix Engenharia, companhia criada há 50 anos para atuar principalmente em projetos. Depois transformada em construtora, a empresa foi responsável por alavancar os demais negócios.

Desde 1997, são donos do grupo o trio de engenheiros José Antunes Sobrinho, Cristiano Kok e Gerson de Mello Almada (Jackson, inclusive, é uma junção dos nomes dos três). Almada está preso pela Polícia Federal. Kok sofreu condução coercitiva (quando o alvo deve acompanhar os agentes para depoimento). A sede da empresa, em Barueri (região metropolitana de São Paulo), passou por ação de busca e apreensão.

Outros grupos investigados na Lava-Jato também encontram dificuldades na obtenção de crédito no mercado. Conforme o Valor adiantou em dezembro, a OAS estuda a vender diferentes ativos em seu portfólio, como a fatia de 25% na Invepar - que controla o aeroporto de Guarulhos. As declarações foram dadas a credores por Fábio Yonamine, presidente da OAS Investimentos.

Fonte: Valor Econômico/Fábio Pupo | De São Paulo

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Porto da Capital receberá estaleiro (RS)


Após a desistência da Ecovix e da Irigaray do projeto de instalação uma unidade para fabricação de módulos de plataformas de petróleo em Porto Alegre, anunciada no começo deste mês, não foi necessário esperar muito para que um empreendimento similar preenchesse o espaço deixado. A Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e a empresa MB Serviços de Manutenção e Reparos Industriais assinam amanhã um acordo de intenções para implantação de um novo estaleiro na Capital.
O diretor de portos da SPH, Paulo Astrana, esclarece que a acomodação da companhia acontecerá em duas áreas: ao lado do Centro de Treinamento (CT) do Grêmio, no Cais Marcílio Dias, e outra próxima à rodoviária, no final do Cais Mauá e começo do Cais Navegantes. A primeira abrangerá 9,8 hectares e a outra 3,6 hectares. Inicialmente, a MB irá ocupar justamente o terreno que seria destinado às empresas Ecovix e Irigaray, ao lado da rodoviária. O espaço será utilizado de forma provisória, pois já está pronto para ser aproveitado. No outro, junto ao complexo gremista, ainda é necessário fazer a terraplenagem e preparar o terreno para a implementação da estrutura. Quando as obras forem concluídas, a MB deverá ficar apenas com essa última área.
Astrana comenta que o início da construção das unidades dependerá de quando será obtida a autorização da Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq). O investimento na iniciativa será na ordem de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões, gerando entre 500 empregos diretos e 500 indiretos na operação. A empresa, que tem sede na cidade de Itaboraí, no Rio de Janeiro, pretende deslocar a operação que desenvolve hoje no porto de Itajaí (SC).
De acordo com o diretor de portos da SPH, um dos motivos para a companhia vir para o Estado é a vantagem de ficar mais perto do polo naval de Rio Grande. Além disso, o dirigente cita o incentivo que o governo gaúcho está concedendo para a instalação das empresas na região. O decreto 51.103/14, publicado no Diário Oficial do Estado, estabeleceu o Polo Naval do Guaíba e deve facilitar o desenvolvimento de empreendimentos como esse.
Os módulos fabricados em Porto Alegre pela MB serão transportados pelo modal hidroviário para serem integrados, em outros locais, às plataformas de petróleo. Astrana destaca que a atividade do grupo significará um grande impulso para o porto gaúcho e salienta que o acordo será firmado no dia do aniversário da SPH, que completa 63 anos.
Casco da P-66 sai de Rio Grande no próximo mês
O casco da plataforma de petróleo P-66, encomendada pela Petrobras e que está sendo desenvolvido em Rio Grande, deve deixar a cidade antes do final do próximo mês. A estrutura seguirá para Angra dos Reis, onde será feita a parte de integração e complementação.
Esse é um dos oito cascos para plataformas FPSOs (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo) que a Ecovix, responsável pelo Estaleiro Rio Grande (ERG), está trabalhando. A P-66 já deveria ter sido encaminhado no dia 28 de junho para o Rio de Janeiro e terá comprimento total de 288 metros. O empreendimento terá capacidade de processamento de 150 mil barris diários de óleo e 6 milhões de metros cúbicos ao dia de gás.
Fonte: portosenavios / Jornal do Commercio (POA)/Jefferson Klein

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Atrasos preocupam investidores da área de óleo e gás no estado do Rio Grande do Sul

Não são as repercussões na Petrobras quanto à compra da refinaria de Pasadena ou o fato de ser um ano eleitoral os pontos que assustam os empreendedores do setor nacional de óleo e gás. O que causa mais receios nos operadores desse segmento é o descumprimento de cronogramas dentro dessa cadeia. O coordenador do Comitê de Competitividade em Petróleo, Gás, Naval e Offshore da Fiegrs, Marcus Coester, considera que a maior preocupação são os atrasos no processo produtivo. O dirigente argumenta que isso impacta os resultados da Petrobras e a capacidade de reinvestimento da estatal.
Uma companhia que está enfrentando dificuldades para atender aos cronogramas pré-estabelecidos é a Ecovix, responsável pelo complexo Estaleiro Rio Grande (ERG).
A empresa possui a encomenda de oito cascos para plataformas FPSOs (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo) e de três navios-sonda. O primeiro desses cascos, o da plataforma P-66, deveria ser encaminhado no dia 28 de junho para Angra dos Reis, onde será feita a parte de integração e complementação. No entanto, a estrutura somente seguirá para o Rio de Janeiro em setembro.
O diretor da Ecovix Alexandre Canhetti informa que não está descartada a possibilidade de que alguns serviços que deveriam ser feitos em Rio Grande sejam concluídos em Angra. Se isso se confirmar, a companhia enviará um grupo de funcionários para completar a tarefa.
Entre os fatores que provocaram o adiamento estão paralisações de trabalhadores e a demora no fornecimento de matérias-primas como, por exemplo, tubulações.
Outro casco que pode sofrer com a demora é o da P-68. Uma alternativa para evitar que isso ocorra é fazer na China parte da plataforma. “Isso ainda está em análise”, admite Canhetti. O executivo argumenta que, se acontecer, a empresa recuperará os prazos originais das outras demandas. O prazo de entrega da P-68 seria o primeiro trimestre do próximo ano. Se o trabalho for dividido com empresas asiáticas, lá será focado o serviço no casco e o Rio Grande do Sul ficaria responsável pela parte de softwares e outros equipamentos.


Assim como a plataforma, a construção do complexo chamado ERG 3 também está aquém do desejado. A estrutura compreende um enorme almoxarifado e servirá para desocupar áreas do ERG 1 e ERG 2 (onde estão localizados o cais e o dique seco do estaleiro). Canhetti comenta que a empresa aguarda a licença do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para iniciar efetivamente as obras.
Apesar dessas dificuldades, ontem, a Ecovix teve uma boa notícia que foi o final da paralisação dos trabalhadores do estaleiro de Rio Grande, iniciada na segunda-feira, devido à reivindicação de ganho salarial.
O executivo comentou durante o Congresso Internacional Navegar, promovido pela Revista Conexão Marítima, em Porto Alegre, que a mão de obra continua sendo um gargalo para as empresas do setor na Metade Sul gaúcha. No entanto, o cenário tem melhorado.
Antigamente, o desafio era conseguir pessoal. Hoje, é atrair o profissional mais qualificado e, de preferência, morador da região. Além de desenvolver a economia local, a estratégia evita o problema do “êxodo” de muitos trabalhadores de origem nordestina, que preferem deixar o Rio Grande do Sul quando o frio do inverno chega. Quanto a empecilhos de infraestrutura, o dirigente cita a interrupção dos voos regulares até Rio Grande, com o aeroporto só recebendo aeronaves esporadicamente.
De acordo com o coordenador do Comitê de Competitividade em Petróleo, Gás, Naval e Offshore da Fiegrs, o Rio Grande do Sul registra atualmente mais de US$ 10 bilhões em encomendas dessa área. Para Coester, é importante que o Estado persista na consolidação dessa indústria.

Estaleiro de São José do Norte tem cerca de 75% das obras feitas
Com a encomenda da integração dos módulos no casco da plataforma de petróleo P-74 garantida, o grupo Estaleiros do Brasil (EBR) segue a construção do seu estaleiro em São José do Norte. O presidente da empresa, Alberto Padilla, informa que aproximadamente 75% das obras do complexo (que iniciaram em setembro de 2013) já foram concluídas.
O executivo enfatiza que, mesmo sem estar totalmente finalizado, o estaleiro já está operando, no que considera a sua primeira fase. O término total do empreendimento deverá ocorrer em janeiro do próximo ano. Hoje, com a implantação do estaleiro e na operação em geral do projeto da P-74 estão sendo gerados 1,32 mil empregos. Em 2015, no pico dos trabalhos na P-74, serão cerca de 3 mil pessoas atuando no local. Segundo Padilla, o cronograma da plataforma deve ser cumprido com a entrega da estrutura para a Petrobras em dezembro de 2015.

Abenav prevê mais de US$ 100 bilhões em negócios até 2020
O momento para a indústria naval e offshore (plataformas e sondas de petróleo) no País continua muito bom, afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça. Até 2020, conforme a instituição, a demanda para a área no Brasil deve chegar a US$ 118 bilhões. No ano passado, o setor gerou cerca de 70 mil postos diretos de trabalho e, para 2016, a expectativa é atingir em torno de 100 mil empregos.
Quanto ao Rio Grande do Sul, o dirigente ressalta que o Estado já é o segundo polo naval brasileiro, atrás somente do Rio de Janeiro, com um enorme potencial para continuar crescendo. O integrante da Abenav acrescenta que para a indústria nacional, olhando para um horizonte mais distante, há um fator muito importante que é o pré-sal, que pode significar o desenvolvimento sustentável do setor no futuro. “A gente não pode olhar o assunto no dia de hoje, principalmente na nossa indústria em que o prazo de maturação dos projetos é muito longo.”
Atualmente, Mendonça admite que a Petrobras vive um momento delicado. Contudo, o dirigente não vê isso como um grande obstáculo para o segmento naval, o que pode causar transtornos é o preço do petróleo cair. Sobre a aquisição de equipamentos com conteúdo nacional por parte dos estaleiros, Mendonça adverte que as empresas não conseguirão ser competitivas, se os fornecedores delas não forem competitivos.
Segundo o dirigente, pelo lado dos estaleiros, não está se percebendo dificuldades para atingir os níveis de conteúdo local contratados, que, muitas vezes, chegam ao índice de 65%. Os empecilhos encontram-se em alguns itens e materiais específicos como, por exemplo, queimadores. Porém, Mendonça reforça que, em algumas situações, a diferença de preços dos fornecedores brasileiros é muito grande em relação aos concorrentes internacionais, o que afeta a competitividade.

Fonte: Jornal do Commercio (POA)/Jefferson Klein

terça-feira, 8 de abril de 2014

Polo naval de Rio Grande deve ter novas contratações somente em setembro de 2014

Polo naval de Rio Grande deve ter novas contratações somente em setembro Marcio Gandra/Especial
Na Quip, catracas foram desativadas em função do número menor de trabalhadores. Foto: Marcio Gandra / Especial

Admissões foram adiadas por cinco meses, e chegada de cascos deve atrasar ainda mais!!!

Ao zarpar do polo naval de Rio Grande, no sul do Estado, para operar na Bacia de Campos, em 4 de dezembro passado, a plataforma P-58 deixou uma lacuna no índice de emprego, com a rescisão do contrato de mais de 5 mil trabalhadores. As demissões, à época não causaram pânico: a expectativa era de que houvesse nova leva de contratações em quatro meses, mas agora a perspectiva é de que a espera se estenda até o final do ano.
No Estaleiro Rio Grande, onde opera a Ecovix/Engevix, cerca de 7,5 mil funcionários trabalham na construção de oito cascos fabricados em série — chamados de "replicantes" — que precisam ser entregues à Petrobras até 2016. Fontes da empresa asseguram que o cronograma está sendo cumprido.
As mudanças alcançaram a empresa pioneira na cidade: o consórcio Quip, formado por quatro grupos, virou QGI Brasil. A nova marca ainda não foi lançada oficialmente, mas já há até esboços do logotipo. De Queiroz Galvão, Iesa, UTC Engenharia e Camargo Corrêa, só sobraram os dois primeiros, e o segundo enfrenta problemas financeiros.
O número de trabalhadores também minguou: do pico de 12 mil no início do ano passado, quando havia três obras simultâneas — as plataformas P-63, P-58 e P-55 —, sobraram apenas 400 vinculados às áreas administrativa e de manutenção. Mais de 6 mil deveriam começar a engordar esse número a partir de abril, quando teriam início os preparativos para a construção das plataformas P-75 e P-77. Mas as admissões ficaram para setembro. Muitos operários que esperavam ficar em Rio Grande à espera de novas vagas já estão desistindo.
— Temos gente aqui que optou por trabalhar no comércio para poder se sustentar até que as contratações recomecem — relata Benito Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande, que atribui aos problemas no polo a crise hipertensiva que lhe rendeu um infarto durante as mobilizações da categoria.
Trabalhadores buscam alternativas para sobreviver
Fabiane da Hora, 32 anos, era uma dos 24 mil filiados ao sindicato dos metalúrgicos ano passado, número que atualmente está abaixo de 10 mil. Há dois anos, ela chegou de Santo Amaro, interior da Bahia, em busca de oportunidades de trabalho. Com a rescisão do contrato como soldadora, ela se recusa a procurar alternativa de renda em outras áreas que não a da profissão que escolheu e com a qual, pelo menos até então, estava satisfeita. Decidiu ir embora de Rio Grande.
— Estou de mãos atadas, sou obrigada a ir para casa. Já acabou o que eu tinha de reserva para me manter aqui, nesta cidade que está cara demais — afirma, completando que paga, mensalmente, "uma grana preta" de aluguel em um apartamento no bairro Cidade Nova, a 10 minutos do Centro, sem informar a quantia.
De acordo com Pedro Gomes da Silva Neto, dono de uma das maiores imobiliárias da cidade, o preço mensal dos aluguéis chegou a dobrar em dois anos, devido à expansão do polo naval. Nos últimos meses esses valores estariam baixando muito devido à evasão dos operários:
— Antes, tínhamos disputa por um apartamento de dois quartos por R$ 2,8 mil por mês. Hoje, o aluguel desse mesmo apartamento está em R$ 1,8 mil e não há interessados.
Afora a insatisfação dos metalúrgicos e a queda de pelo menos 30% no número de passageiros no transporte público, a desmobilização não chega a trazer impacto à rede hoteleira, que não observou queda no movimento, ou ao comércio. Conforme o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Grande, Renato Lima, entre março de 2013 e o mês passado houve redução de apenas 5% nas consultas à crediário no comércio.
Efeito cascata
Desde que interrompeu os trabalhos por falta de pagamento aos funcionários do polo naval de Charqueadas, a Iesa Óleo e Gás teria atrasado a entrega de oito dos 24 módulos que serão utilizados para equipar os cascos que estão sendo construídos em série no Estaleiro Rio Grande. Fontes do setor naval na cidade afirmam que o polo só corre risco de enfrentar problemas mais graves caso a Petrobras cancele parte ou todos os investimentos.
Em nota, a estatal afirmou que está "tomando ações para mitigar o atraso da construção dos módulos e que não existe risco de suspender as construções no Estado". A Iesa é sócia minoritária da nova QGI. Se a situação da empresa se complicar e for preciso deixar o consórcio, a hipótese mais provável é que a Queiroz Galvão cubra sua participação.
As estruturas para as obras no estaleiro da QGI devem chegar no segundo semestre. Os cascos, vindos da China, a partir de 2015. Conforme a Petrobras, a previsão para a chegada da P-75 em Rio Grande é no segundo semestre do próximo ano, e a P-77, nos primeiros meses de 2017.
Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Inicia montagem da 3ª Feira do Polo Naval, em Rio Grande

Já estão sendo erguidas no Campus Carreiros da Universidade Federal do Rio Grande – FURG as estruturas que serão utilizadas para a 3ª edição da Feira do Polo Naval (www.polonavalrs.com.br) que ocorre de 11 a 14 de março de 2014. A montagem iniciou no último sábado (15/02) e irá abrigar os expositores e visitantes da feira. Além da utilização do espaço interno do Centro Integrado de Estudos e Desenvolvimento Costeiro ainda serão erguidos dois pavilhões no estacionamento do prédio. A montadora que trabalha na estrutura da feira é a Nautika Coberturas. A partir de quinta-feira os estandes serão montados pela empresa TOP Feiras. Serão dois pavilhões em lonas de 30X80m que totalizarão 4.800m² de área de expositores. Após a montagem das estruturas serão instalados os sistemas de refrigeração do espaço para garantir a melhor experiência em feiras da metade sul do estado. A edição de 2014 da Feira do Polo Naval contará com 250 estandes, 165 palestrantes em três auditórios e estacionamento para 1,5 mil veículos. A feira é proposta pela Bolsa Continental de Mercadorias em parceria com a Furg e Prefeitura do Rio Grande, organizada pela Estima Mercados. Tem o patrocínio máster da Petrobras e patrocínio platina de BNDS. O patrocínio de Abrão Despachos Internacionais, AGDI, EBR, Ecovix, Superintendência do Porto do Rio Grande, Sebrae, Tecon e Vetorial Net. A Feira conta com três grandes eventos simultâneos, todos com inscrições gratuitas ao público: NAVTEC, Seminário de Direito e Rodadas de Negócio, organizadas pelo Sebrae. ASSESSORIA DE IMPRENSA FEIRA DO POLO NAVAL RS Porto Alegre Grazieli Gotardo – assessoria@reversocomunicacao.com.br Tatiane Mizetti – reverso@reversocomunicacao.com.br 51-3779-7958 / 51-9162-0568 Rio Grande André Zenobini - imprensa@polonavalrs.com.br (53) 8123.3094

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Empresa avalia uso de dirigível para transporte de cargas pelo país

Uma tecnologia que caiu em desuso antes da II Guerra Mundial pode voltar como alternativa para tentar reduzir o caos no transporte de cargas no país devido à falta de infraestrutura adequada. Os dirigíveis, que já foram utilizados como meio de transporte e, mais recentemente, de publicidade, fazem parte de um projeto da Airship do Brasil para trazer contêineres vindos principalmente da Amazônia para as regiões Sul e Sudeste, em vez de utilizar estradas.

A empresa é uma companhia formada pela associação do Grupo Engevix, que tem investimentos no polo naval de Rio Grande, e pela Transportes Bertolini. Para colocar o projeto em prática, cerca de R$ 120 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e cada uma das sócias entrou com mais R$ 20 milhões.

Atualmente, 25 pessoas trabalham na área de projetos da Airship, em São Carlos (SP) – onde estão estabelecidas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), importantes centros de formação de engenheiros especialistas em aeronáutica e aviação. O primeiro dirigível está em produção no município.

Paulo Vicente Caleffi, diretor de gestão da Bertolini, presidente da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Estado (Fetransul) e diretor da Airship, explica que pretende fazer o primeiro teste com o cargueiro ADB-3-30 em julho de 2016.

– Desde 1992, pesquisamos e há oito anos estamos em sociedade com o Grupo Engevix, em sigilo. Eu estive em 12 países para sondar o mercado. Já começamos a produção do primeiro dirigível, e no primeiro semestre de 2017 temos de estar navegando. Será uma revolução em termos de logística – empolga-se.

Os dirigíveis produzidos pela Airship devem ter cerca de 150 metros de comprimento, com capacidade de transportar até 54 toneladas – como comparação, uma carreta de dois eixos transporta cerca de 30 toneladas. O dirigível, inflado por gás hélio e com motores movimentados a óleo diesel, alcança velocidade de 125 quilômetros por hora, voando entre 400 metros e mil metros, com uma tripulação de até quatro pessoas. Segundo a empresa, a operação teria um preço próximo ao do frete de caminhão.

Em comunicado, a Airship informa que "inicialmente, a própria Bertolini será a principal cliente, utilizando o veículo para deslocar produtos de Manaus para as regiões Sul e Sudeste do país" e que os dirigíveis podem ocupar o mercado das hidrovias e ferrovias, modais que "o Brasil não usa adequadamente". Paulo Menzel, presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, apoia a iniciativa, mas é cético em relação aos resultados práticos:

– A ideia é linda. Ela tira grandes massas de cargas das nossas rodovias sobrecarregadas, mas tudo que está em volta precisa ser pensado junto. E eu não estou vendo isso. O Estado está preparado para uma ideia tão moderna? Na minha concepção, ainda não – avalia.

No futuro, poderá levar 200 toneladas

A Airship do Brasil avalia que dirigíveis e outros tipos de aeróstatos (aeronaves mais leves que o ar) podem ter diferentes usos, além do transporte. Diretor da empresa, Paulo Vicente Caleffi diz que já há diálogo com empresas particulares e setores do governo para utilizar as aeronaves em monitoramento de rodovias e fronteiras.

Além disso, por alguns modelos terem autonomia de até seis meses no ar, sem precisar de reabastecimento, os dirigíveis podem funcionar como substitutos de antenas de telefonia em locais afastados. A Airship também planeja para o futuro a "construção de aeronaves com até 200 toneladas de capacidade de carga", segundo comunicado da empresa.

– Já fui a lugares em que se usam dirigíveis para tirar madeira, pinçando a árvore sem precisar derrubá-la. Assim, não é preciso derrubar as árvores em volta. O uso é muito versátil – explica Caleffi.

Presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, Paulo Menzel, que teve acesso ao projeto da Airship e atualmente conclui estudo sobre a infraestrutura logística no Rio Grande do Sul, avalia que o Estado está "longe de um mínimo ideal" no que diz respeito ao transporte de cargas.

Para Menzel, se a ideia for colocada em prática, haverá dificuldades para carregar e descarregar os dirigíveis, integrá-los a outros tipos de transporte e dar vazão ao volume de cargas. Apesar das dificuldades de implementação do sistema, entretanto, Menzel acrescenta que a novidade é muito útil.

Fonte: ZERO HORA/Gustavo Foster

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