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segunda-feira, 3 de abril de 2017

Atingido por Lava Jato e competição no exterior, setor naval afunda


Afetada diretamente pela Operação Lava Jato, a indústria naval brasileira demitiu mais de 50 mil pessoas desde 2014, quando a área de petróleo atingiu seu pico de encomendas.
Agonizando, o setor recebeu novo golpe neste ano: a flexibilização das regras de conteúdo local, uma obrigação contratual dos leilões que garantiam protecionismo à indústria nacional.
O cenário atual é de obras inacabadas, canteiros vazios e estaleiros sem receber pagamentos há 3 anos, com algumas das plataformas e navios-sonda quase prontos, mas abandonados. São encomendas de milhões de dólares.
O número de trabalhadores caiu de cerca quase 83 mil em 2014 para 33 mil atualmente, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval). E novos postos de trabalho são encerrados mês a mês.
O governo pretende realizar 4 leilões de exploração de petróleo neste ano, sendo 2 no pré-sal. A notícia, no entanto, não agradou ao setor.
Para tornar os blocos  mais atrativos às petroleiras no leilão (estrangeiras, inclusive), houve a flexibilização da exigência de contratação no país. As empresas de petróleo, lideradas pela Petrobras, dizem que os custos no Brasil são até 40% mais caros. Os que defendem o protecionismo alegam que é justamente necessário fortalecer e tornar competitiva a indústria nacional do setor.
LAVA JATO
A agonia do setor teve início com a deflagração da Lava-Jato. Construtoras denunciadas na operação como Odebrecht, Camargo Correa, OAS e UTC, dentre outras, são sócias de muitos dos estaleiros nacionais. Além disso,  os parques de construção naval dependiam quase exclusivamente das encomendas da Petrobras, que, com prejuízos sucessivos diante da operação, foi obrigada a reduzir drasticamente seus investimentos e a vender ativos, ficando muito menor do que era.
O Rio de Janeiro é um dos Estados mais atingidos pela crise do setor naval, devido à dependência econômica da cadeia de petróleo. O número de estaleiros paralisados, total ou parcialmente, são pelo menos 5 (Eisa, Enseada, Vard, Promar e Aliança)
SETE BRASIL
Na Bahia, o estaleiro Enseada Paraguaçu, que possui dentre os sócios a Odebrecht, paralisou suas obras. O estaleiro era bastante dependente dos pedidos da Sete Brasil.
A Sete foi criada em 2010 para fornecer 29 sondas para a Petrobras explorar o petróleo do pré-sal. Também é alvo da Lava Jato.
A Petrobras é sócia e também credora da Sete. Fundos de pensão como Petros, Previ e Funcef, além de instituições financeiras como Bradesco, Santander e BTG Pactual constituíram a empresa.
O contrato da empresa junto à Petrobras era de aproximadamente R$ 162 bilhões, por 15 anos. O diretor de operações da Sete era Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras.
Fonte: Poder 360 / Portos e Navios

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015



O governo brasileiro parece não ter ficado satisfeito com o aumento do desemprego no país, que fechou 1,2 milhão de vagas nos últimos 12 meses, e prepara um decreto que deve minar ainda mais as esperanças da indústria nacional por novas contratações. A nova surpresa é uma medida para flexibilizar as regras de conteúdo local no setor de petróleo, como forma de atender à pressão que vinham fazendo as petroleiras nos últimos tempos, incluindo a Petrobrás, que já pagou centenas de milhões em multas por optar descumprir as obrigações contratuais relativas ao conteúdo local. A indústria estava confiando no discurso da própria presidente Dilma Rousseff feito no dia 15 de maio, no porto de Suape. E ela foi bem clara no que dizia: “Podem ter certeza, a política de conteúdo local veio para ficar”. Pelo jeito ninguém sabe mais no que acreditar, já que a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard (foto), confirmou nesta terça-feira (27), durante a abertura da OTC Brasil, que o decreto está sendo de fato preparado.
“Concluímos a primeira fase”, disse Magda, explicando que alguns equipamentos já atingiram altos índices de nacionalização, como os voltados à atividade subsea, mas que outros vêm passando por dificuldades de preço e prazo, como as sondas de perfuração. A diretora sempre foi uma grande defensora da política de conteúdo local e dizia que a agência seria rigorosa na cobrança dos descumprimentos, mas agora parece ter sido surpreendida por uma mudança na posição do governo. “Não vou adiantar nada. O responsável pela divulgação é o ministro Eduardo Braga”, afirmou.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, a minuta do documento inclui itens que facilitam o cumprimento dos índices percentuais de conteúdo nacional propostos nos contratos firmados com a ANP. Dentre os pontos, uma modificação seria a interpretação de que investimentos que promovam a instalação de novos fornecedores, a expansão de fábricas já instaladas, o desenvolvimento de novas tecnologias e a exportação de equipamentos brasileiros poderiam ser computados na conta do que é considerado conteúdo local.
Hoje, considera-se apenas a compra de equipamentos e serviços no país, algo mais objetivo e simples de mensurar. A definição dos índices é feita por instituições especializadas e credenciadas pela ANP para fazerem a certificação dos equipamentos e serviços.
Já no novo formato, a avaliação dos valores investidos e seus respectivos impactos será feita por um comitê especial, formado por representantes de três ministérios, da ANP, do BNDES e da Finep. A contagem será feita em Unidades de Conteúdo Local (UCL), com cotação equivalente ao investimento realizado, e depois a soma total poderá ser abatida de uma parte do compromisso de aquisições a serem feitas no país.
O documento com as mudanças previstas foi desenvolvido pelo Ministério de Minas e Energia e entregue a algumas lideranças do setor, mas deve gerar forte reação dos empresários e trabalhadores da cadeia de bens e serviços de petróleo e gás, já que muitas empresas investiram grandes somas nos últimos anos para atender ao segmento, treinaram e capacitaram mão de obra, mas agora estão à míngua, sem uma luz no fim do túnel. Com mais essa decisão, a pá de cal enterra de vez muitas esperanças.
Uma série de projetos já vinham sendo mandados para a China e outros países asiáticos nos últimos tempos, deixando desempregos espalhados pelos estaleiros nacionais e levando alegria para outras regiões do mundo. O novo decreto vai oficializar agora o enfraquecimento gradual que já vinha sendo gerado na indústria brasileira, aliviando a Petrobrás de parte das multas que precisaria pagar por continuar a descumprir as obrigações contratuais assinadas com a ANP. E, mais uma vez, empresas e trabalhadores brasileiros ficarão sem as oportunidades prometidas e tão aguardadas.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Plataforma P-67 inicia viagem de 4 meses para conclusão na China

Plataforma é a primeira a ser entregue desde o escândalo da Lava Jato. Outros cinco cascos devem ser construídos no estaleiro de Rio Grande.
Do G1 RS
Plataforma será rebocada até a China para que seja concluída (Foto: Mauricio Gasparetto / RBS TV)Plataforma será rebocada até a China para que seja concluída (Foto: Mauricio Gasparetto / RBS TV)
A plataforma P-67 começou nesta segunda-feira (28) a viagem de quatro a partir do estaleiro de Rio Grande, na Região Sul do Rio Grande do Sul, até a China, onde será finalizada. Esse é o primeiro projeto concluído desde o início da investigação da Operação Lava Jato, que apura desvios de recursos da Petrobras.
A P-67 tem dimensões consideráveis, com 353 mil toneladas, 288 metros de comprimento, 54 metros de largura e 31 metros de altura. A manobra para a retirada da estrutura teve início por volta das 10h. A plataforma foi puxada por seis rebocadores do cais do estaleiro até os Molhes da Barra. A viagem até a China será realizada por meio de dois rebocadores oceânicos.

Depois de finalizada em solo asiático, a P-67 retorna ao Brasil para ser usada na extração da camada do pré-sal, na Bacia de Santos, litoral paulista. A capacidade de produção será de 150 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás natural.
A Petrobras encomendou oito cascos iguais da Engevix, empresa envolvida no escândalo da Lava Jato. Este é o segundo casco a ficar pronto – o primeiro foi a P-66 entregue no final do ano passado.
A P-67, no entanto, deveria seguir para o Rio de Janeiro, onde seria finalizada em um estaleiro gerenciado pela empresa Mendes Júnior, também envolvida na Lava Jato. O atraso de mais de um ano nas obras fez com que a Petrobras mudasse de planos e resolvesse finalizar a plataforma na China.
Entre os outros seis cascos que ainda devem ser entregues está o da plataforma P-68. Entretanto, a construção da plataforma foi repassada para a China. A previsão é de que as demais sejam construídas no estaleiro de Rio Grande.
A construção da plataforma enviada para a China nesta segunda-feira (28) foi iniciada em abril de 2014, com a participação de quatro mil homens.

Fonte: G1


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Iesa garante construção de metade dos módulos em polo naval do sul

Polos navais no Rio Grande do Sul preparam retomada Diego Vara/Agencia RBS

Apesar da crise financeira, empreiteira manterá parte da produção em Charqueadas
A Iesa confirmou nesta quinta-feira (2) que montará, no mínimo, metade dos 32 módulos de compressão de gás previstos no contrato original com a Petrobras no Polo Naval do Jacuí, em Charqueadas (RS). Segundo o prefeito da cidade gaúcha, Davi Gilmar, mais de mil empregos serão mantidos por, pelo menos, dois anos. No momento, cerca de 700 empregados estão em férias coletivas.

Devido à crise financeira, a Iesa estava em dificuldade em cumprir o contrato de US$ 720 milhões firmado com a Petrobras. No fim de julho, a Inepar, controladora da Iesa, negociou a entrada da empreiteira Andrade Gutierrez na operação, mas o contrato ainda não foi assinado. Há a possibilidade de que os outros módulos sejam levados pela AG para conclusão em unidades da empresa na China.
 

Fonte: Amanhã.com.br

sábado, 27 de setembro de 2014

EBSE VAI ADIANTAR ENTREGA DE MÓDULOS DOS FPSOS QUE ESTÁ CONSTRUINDO

Carlos Mauricio, presidente da EBSE
Quem acompanha frequentemente as entrevistas e os pronunciamentos da presidente da Petrobrás, Graça Foster, sabe que uma expressão repetida à exaustão são as “métricas internacionais”. Com toda razão, são um dos principais focos da estatal, que precisa manter seus prazos e cumprir suas metas. As empresas fornecedoras também se alinharam a esse objetivo e estão trabalhando arduamente para conquistarem esse patamar. Um dos exemplos bem sucedidos disso é a EBSE, que já entregou módulos para o FPSO Cidade de Ilhabela três meses antes do fim do prazo, e agora pretende adiantar a entrega de novos módulos, tanto para os replicantes, em contrato com a Tomé/Ferrostal, quanto para os FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema, em contratos com a SBM. O presidente da EBSE, Carlos Maurício de Paula Barros, conta que uma das razões para essas conquistas foi a confiança das contratantes, assim como o treinamento constante e a busca contínua pela competitividade internacional. A empresa deve fechar 2014 com um faturamento de cerca de R$ 330 milhões, assim como em 2013, e já começa a se estruturar para uma nova fase de sua evolução, fornecendo módulos com tecnologia completa, a partir do fortalecimento da parceria com a holandesa Frames.
Como estão as perspectivas para a EBSE este ano?
A EBSE deve repetir o resultado do ano passado em termos de faturamento, com mais ou menos o mesmo nível de receita, na faixa de R$ 330 milhões. Agora, no futuro próximo estamos nos ressentindo da falta absoluta de perspectivas no curto prazo. Tem 16 plataformas em construção atualmente ou que acabaram de ser entregues, contando os replicantes, Cessão Onerosa, Maricá, Saquarema, Ilhabela, Mangaratiba, e para todas nós fazemos ou fizemos trabalhos. Além disso, tem Tartaruga Verde e Mestiça, que a Modec ganhou, então existem perspectivas, mas não são para agora. Estamos esperando que, daqui para o primeiro trimestre de 2015, pelo menos, tenham novas perspectivas. Esse ano nosso está resolvido. Inclusive nós adiantamos alguns projetos que estavam para o ano que vem. A rigor, se não tivéssemos feito esses adiantamentos, o faturamento seria um pouco menor do que em 2013.
Quais foram os adiantamentos?
Os módulos para os replicantes, por exemplo, cujo término era previsto para maio do ano que vem, mas vamos entregar todos até novembro deste ano. Os módulos para Maricá e Saquarema, que eram previstos para fevereiro de 2015, também vamos entregar agora em novembro e dezembro de 2014.
Como conseguiram isso?
Principalmente com treinamento e formação de mão de obra. Na área de módulos, que é uma área bastante forte da EBSE, começamos com o Cidade de Paraty, num ritmo um pouco menor, porque estávamos aprendendo. Depois fizemos Mangaratiba, Ilhabela e agora com Maricá e Saquarema estamos adiantando bastante. Ilhabela já adiantamos três meses. Você vai treinando, temos uma equipe jovem, que fomos formando, e hoje ela já conhece o trabalho, já traz soluções bastante novas, bastante atualizadas.
Como o quê?
Assistimos recentemente a algumas apresentações, até da própria Petrobrás, sobre procedimentos que são utilizados lá fora, vistos em visitas à China, aos principais fabricantes de módulos, e falou-se sobre uma série de coisas como sendo inovações, mas que nós já praticamos no dia a dia. São alguns exemplos.
A entrega de equipamentos tem se acelerado também, certo?
Entregamos, no primeiro semestre, 33 equipamentos, que foi quase a mesma quantidade que entregamos no ano todo de 2013. Até o final deste ano serão 64. Então estamos muito organizados em relação aos equipamentos. São também com tecnologia da Vanbras, com desenho da Frames e fabricação da EBSE.
Temos visto críticas, principalmente por parte das operadoras, ao conteúdo local, dizendo que não há competitividade em alguns casos no Brasil. Vocês conseguiram isso com competitividade e adiantando os prazos. Isso se deve apenas ao treinamento de mão de obra ou há outros fatores?
Acho que o primeiro ponto foi que os nossos clientes acreditaram na gente. Os primeiros separadores complexos que fizemos para a Modec, não fizemos com a eficiência que temos agora, porque estávamos aprendendo. O segundo já fizemos melhor, e fomos aprimorando tudo a cada dia. Sempre procurando discutir o que deu certo, para melhorar, e o que deu errado, para corrigir. Esse tem sido o segredo. Acho que ainda não temos a competitividade de uma empresa da China ou de Cingapura, mas nosso nível de preço deve estar adequado, porque se não a SBM não teria nos contratado para fazer módulos e a Modec não teria nos contratado para fabricar equipamentos.
Vocês estão buscando esse índice de competitividade internacional como meta?
Claro. A gente busca sempre isso, para que no futuro não tenhamos que depender de conteúdo nacional. Hoje o conteúdo local é muito importante para que a gente possa praticar. Às vezes é mais fácil para uma epecista que ganha um grande projeto levar isso para a China. Talvez seja mais fácil, porque aquela empresa chinesa tem uma estrutura muito grande, de muitas décadas, que nós não temos na mesma dimensão. E essa solução simplista muitas vezes não é a melhor. Nós terminamos módulos aqui na frente de outros que ficaram lá fora. Para o Cidade de Ilhabela, por exemplo, nossos módulos ficaram parados três meses aqui, prontos, esperando o navio que vinha da China.
Com essa meta de competitividade internacional, também há o objetivo de buscar projetos em outros países?
Pelo tamanho da EBSE neste momento, tendo em vista os investimentos que a Petrobrás tem no Brasil, considerando-se Libra e outros projetos importantes, o que a gente espera que venha pela frente vai ser o adequado para que a gente possa crescer e ir fazendo cada vez mais. Acho que um dos fatores que faz a gente estar performando bem e entregando até antes do prazo é o fato de estarmos fazendo na dimensão certa. Temos tido a oportunidade de fazer uma quantidade muito maior de módulos, mas não queremos correr o risco de não performar, atrasar e deixar de honrar os compromissos que temos assumido. Fizemos módulos grandes agora e muito rapidamente. Começamos Maricá e Saquarema em janeiro e estamos entregando em novembro e dezembro. Isso é prazo internacional. Poderíamos entregar até antes, se não tivesse o atraso de alguns equipamentos que recebemos de terceiros.
Vocês já estão conversando com as empresas que estão afretando para a Petrobrás?
A gente sempre conversa, porque os principais operadores, que são SBM e Modec, já são nossos clientes há anos. Para os outros que têm dado propostas, temos ofertado e temos tido uma relação bastante próxima.
Como é o plano estratégico da EBSE para os próximos anos?
Primeiro pretendemos consolidar nossa relação com a Frames, através das Vanbras, de forma a vender os módulos com tecnologia completa. Já estamos fazendo isso com os replicantes. Os módulos de tratamento de água que vendemos para o consórcio Tomé/Ferrostal são com a nossa tecnologia. São projetos nossos, fornecimentos completos e nós entregamos o módulo pronto no canteiro da Tomé/Ferrostal no Nordeste. Então para o cliente é uma solução cômoda. Para nós é uma responsabilidade muito maior, mas junto com a Frames estamos preparados para isso. Então nosso próximo passo é oferecer o pacote completo. Com isso, nós mudamos de dimensão. Tanto de nível de responsabilidade, quanto de nível de valor. Esse é o passo seguinte e o mais importante. Inclusive é um passo que já demos, na verdade.

Fonte: Petronotícias ( Daniel Fraiha )

segunda-feira, 19 de maio de 2014

China já pode explorar águas profundas sozinha

 

A China passou anos trabalhando com empresas que dominam a tecnologia para explorar petróleo e gás natural em águas profundas, ou mesmo comprando essas empresas, e aperfeiçoando habilidades que o país agora está empregando por conta própria, nas águas disputadas perto do Vietnã.
O país também investiu pesadamente para desenvolver equipamentos sofisticados para uso em alto-mar. A joia da coroa chinesa nesta tecnologia é a plataforma de petróleo que está no centro do impasse entre a China e o Vietnã, um exemplo que ilustra que agora a China pode seguir sozinha - explorando reservas de petróleo e gás muito abaixo da superfície, sem precisar depender significativamente de parceiros estrangeiros.
O fato de que ela não necessita mais de assistência estrangeira amplia o espectro do futuro do conflito marítimo, não apenas com o Vietnã, mas com a Malásia, Brunei e Filipinas. Esses países também reivindicam a soberania de parte das águas que a China alega serem suas.
A plataforma construída pelos chineses estreou há dois anos, quando a Cnooc Ltd. a colocou em operação num campo marítimo de exploração de gás na costa de Hong Kong.
Em parte devido ao conhecimento adquirido com o projeto, a Cnooc agora pode realizar suas próprias pesquisas sísmicas para encontrar depósitos ricos em hidrocarbonetos, perfurar poços para confirmar sua presença e viabilidade econômica e instalar a tubulação submarina necessária para a extração do petróleo e do gás.
No passado, a China ofereceu às companhias estrangeiras o direito de exploração no Mar da China Meridional porque o país não possuía os equipamentos e o conhecimento técnico para realizar a operação, mas insistiu que, se os projetos avançassem para a exploração comercial, a Cnooc - a principal companhia chinesa de exploração de petróleo no mar - teria uma participação majoritária.
O caminho que leva a estas novas habilidades tem sido tortuoso: alguns dos blocos de exploração que a Cnooc ofereceu aos seus parceiros internacionais em 2012 ficam dentro do que o Vietnã afirma ser sua zona econômica exclusiva, segundo a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Antes disso, em 2011, uma companhia de petróleo vietnamita acusou barcos chineses de pesca de terem cortado os cabos de um navio que fazia pesquisas sísmicas no Mar da China Meridional. A China nega a acusação.
No campo de gás de Liwan, a 325 quilômetros de Hong Kong, poços foram perfurados a 1.500 metros de profundidade. A plataforma da Cnooc para águas profundas, entretanto, é projetada para operar em locais com até o dobro desta profundidade e perfurar até 10 quilômetros dentro do leito do mar, resistindo aos tufões que assolam o Mar da China Meridional durante meses todos os anos.
A primeira embarcação feita na China para instalar tubos em águas profundas também foi usada em Liwan. Construída pela chinesa Rongsheng Heavy Industries, a embarcação de 204 metros de comprimento e 39 metros de largura é capaz de operar em profundidades de 3.000 metros e pode instalar até cinco quilômetros de dutos submarinos por dia.
Os dutos do campo de Liwan transportam gás de águas profundas e rasas até uma gigantesca plataforma de processamento no mar que contém aço suficiente para construir quatro torres Eiffel.
Além de trabalhar em águas chinesas e ao largo do Vietnã, a Cnooc também investiu em projetos na costa do Brasil, África Ocidental e nas águas turbulentas do Atlântico Norte.
A Cnooc trabalhou de perto com a empresa Husky Energy - sediada no Canadá, mas cujos donos são de Hong Kong - no projeto Liwan, para o qual as empresas tecnicamente mais avançadas do mundo em exploração em águas profundas também foram contratadas, como a Seadrill e a Saipem. A Cnooc possui 51% do projeto em Liwan.
Outros equipamentos desenvolvidos na China incluem sua primeira embarcação para pesquisa sísmica em águas profundas, que começou a operar em 2011. Construída pela unidade da Cnooc conhecida como China Oilfield Services Ltd, ela pode rebocar 12 longos cabos capazes de conduzir pesquisas submarinas tridimensionais.
A Cnooc também ganhou experiência adicional em perfuração no mar com a compra, por US$ 15,1 bilhões, da canadense Nexen, em 2012. Além dos grandes campos de petróleo localizados na zona britânica do Mar do Norte que eram da Nexen, a aquisição também deu à Cnooc acesso à tecnologia de águas profundas usadas pela empresa no Golfo do México.
De acordo com a petrolífera chinesa, mais de 30% das reservas de petróleo e gás da China - incluindo depósitos não confirmados - podem estar no Mar da China Meridional. O Departamento de Energia dos Estados Unidos estima que pode haver 5,4 trilhões de metros cúbicos de gás e 11 bilhões de barris de petróleo no Mar da China Meridional.

Fonte: Valor Econômico/Simon Hall | The Wall Street Journal, de Hong Kong

sexta-feira, 16 de maio de 2014

China e Coréia atrasaram entregas à Petrobras

 
 

Há uma campanha orquestrada contra a fabricação de navios e plataformas no Brasil. Há um mês, um grande jornal noticiou críticas ao conteúdo local em reunião com a presidente da Petrobras, Graça Foster, mas não houve provas de que a dirigente tenha ameaçado acabar com a construção no país. A todo momento se fala em atrasos e sobre custo, mas a realidade é outra.
O Monitor Mercantil teve acesso a um quadro que mostra atrasos enormes em sondas importadas da Ásia. Esse quadro é parcial e reflete apenas uma parte dos atrasos. Em 2011, o país deveria receber 16 sondas com “conteúdo zero” – 100% feitas no exterior – e chegaram ao país apenas dez unidades. O atraso total foi de 542 dias. Para 2012, foram computados diversos atrasos, tendo à frente a Schain Amazônia, feita na China, com demora de quase três anos: 864 dias. Como vice-campeã, aparece a ODN Delba III, confeccionada nos Emirados Árabes Unidos, com 683 dias de atraso. Os demais atrasos incluem 380, 344, 215, 189 e 138 dias para unidades da Coréia do Sul e outros atrasos da China. No total, foram 13 unidades com atraso, sendo o menor deles de 81 dias.
No Brasil, parte da culpa cabe à chamada fase de reaprendizado. Em 2002, os estaleiros estavam à míngua, com engenheiros atuando em todo tipo de trabalho, até como vendedores de eletrodomésticos. Em 2003, foi reintroduzida a política de conteúdo local e, ao mesmo tempo, as bases foram reabertas, tendo de tirar a poeira das máquinas, comprar tecnologia fora e se readequar. Outros estaleiros começaram do zero e, alguns, em áreas pioneiras, como o Atlântico Sul, de Pernambuco. Houve atrasos, mas, enquanto isso, eram pagos salários em real a brasileiros.
Alguns analistas argumentam que do custo do conteúdo local teria de ser abatida a redução do seguro-desemprego, a queda dos gastos do INSS – com gente que estava encostada, alegando doença – fora a insatisfação social e pessoal inerente a bons profissionais que encaravam o desemprego. O conteúdo local fez o milagre de reabrir velhos fantasmas, como o estaleiro Inhaúma, da antiga Ishikawajima, no Rio, que, após construir os dois maiores navios do Hemisfério Sul, estava entregue às traças. É claro que há um custo – em tempo e dinheiro – para retirar uma instalação que estava literalmente no fundo do mar. O conteúdo local é flexível e, em alguns casos, tem sido ajustado, para permitir importação de equipamentos feitos com mais eficiência no exterior. Mas os benefícios da construção no Brasil são enormes, com mais de 80 mil metalúrgicos empregados diretamente e estimativa de geração de 300 mil postos de trabalho na indústria subsidiária.
Para o pré-sal, os investimentos no setor, graças ao conteúdo local, podem superar US$ 200 bilhões, uma quantia fantástica. O que será melhor para o país? Importá-los, pagando dólares e euros, e ainda arcando com atrasos, ou retê-los no Brasil? A crescente entrada de novos estaleiros, muitos com capital estrangeiro, é uma esforço para se evitar que encomendas internas sejam restritas a poucos fornecedores e a disputa amplie a concorrência. Hoje, a construção naval tem bases do Extremo Sul ao Norte e Nordeste, beneficiando de modo quase igualitário a todo o país. Uma prova da maturidade do setor está na instalação, no Brasil, de centros de alta tecnologia de empresas estrangeiras que, ao lado do Cenpes, da Petrobras, comprovam que a política de conteúdo local gera empregos para metalúrgicos, oportunidades para indústrias paralelas, reduz o salário-desemprego e ajuda a investir em alta tecnologia. Tudo isso com sotaque bem brasileiro.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta

sexta-feira, 2 de maio de 2014

"Jereh" obtém sucesso em licitação para fornecer pacotes de compressores para projetos offshore da CNOOC

 

O Jereh Group, líder mundial de mercado em fabricação de equipamentos de petróleo e gás e em serviços de engenharia, anunciou que ganhou com sucesso a licitação para abastecer a CNOOC (NYSE: CEO), a maior produtora de petróleo offshore e gás natural na China e uma das maiores empresas independentes de exploração e produção de petróleo e gás do mundo, com pacotes de compressores para seus projetos offshore.
Um total de seis pacotes de compressores da Jereh, cada dois em condições de alta, média e baixa pressão, será usado nos projetos offshore da CNOOC. Comparados com os equipamentos onshore, os equipamentos offshore têm requisitos mais elevados para sistemas mais integrados, estruturas mais complexas, maior densidade de equipamentos e maior dificuldade tecnológica. Para este fim, a Jereh desenvolveu vários processos de projeto personalizado e fabricação especializada para eles.
Por exemplo, uma análise em profundidade de vibração torcional e pulsação para a operação offshore é desenvolvida para atender ao alto padrão do índice de vibração da CNOOC; design altamente compacto para economizar espaço; componentes de materiais especiais para evitar a corrosão pela névoa salina do oceano; resfriador de água de liga de titânio para anticorrosão.
Como as maiores condicionadoras de compressor importadas da China, as soluções de compressão a gás da Jereh são amplamente utilizadas, incluindo a injeção e produção de gás subterrâneo, posto de coleta de gás, pressurização de gás combustível para motores a gás, injeção de gás ácido, extração e coleta de gás de aterro e gás de carvão, sistema de abastecimento de GNV, usinas de GNL, fábricas de produtos químicos, etc. Em agosto de 2013, o primeiro pacote de compressores alternativos de alta potência e alta velocidade exportados para a Europa foi desenvolvido pela Jereh para o projeto de armazenamento subterrâneo de gás natural do Lago Tuz da Botas na Turquia.
Além disso, a Jereh faz investimentos em GNL desde 2004 para permitir ao mundo inteiro desfrutar energia limpa e um ambiente verde. A Jereh tornou-se uma cadeia industrial de exploração de gás, purificação, liquefação, transporte e aplicação final de postos de abastecimento. Por meio de tecnologia madura, a Jereh oferece aos clientes soluções de engenharia personalizadas para maximizar suas operações e seu futuro.
Sobre a Jereh
A Jereh, sediada em Yantai, China, é uma empresa líder mundial de mercado no fornecimento de equipamentos para o setor de petróleo e gás e serviços de perfuração, completação, estimulação, purificação de gás, transporte, liquefação, abastecimento e serviços de EPC. Aproveitando as suas fortes unidade de P&D e de produção de alta qualidade e uma rede global de vendas, a Jereh tem clientes em mais de 60 países. Para mais informações, por favor, visite www.jereh.com.

FONTE: Yantai Jereh Oilfield Services Group Co., Ltd
YANTAI, China /PRNewswire --

segunda-feira, 3 de março de 2014

China abre oleodutos a produtoras e refinadoras

A China pretende abrir o monopólio estatal de oleodutos e gasodutos com vista a aumentar a eficiência das instalações, revelou, a passada segunda-feira, a Administração Nacional de Energia (ANE), a autoridade energética do país.
De acordo com a ANE, citada pela agência Xinhua, o plano de abertura incentiva as operadoras de oleodutos a abrir as suas instalações entre si e aos utilizadores, incluindo produtoras de combustíveis, refinadoras, vendedoras e outros utilizadores industriais, quando os oleodutos tiverem capacidades extras.
As operadoras de oleoduto devem fornecer serviços como transporte, armazenagem, gaseificação, liquefação e compressão de petróleo e produzir petróleo e gás natural, a preços acordados entre os dois lados.
O plano envolve oleodutos tanto no mar como em terra, e a sua implementação será supervisionada pelo ANE.
A construção e a operação de oleodutos na China são largamente dominadas pelas principais petrolíferas estatais. Nos últimos anos vêm aumentando os pedidos de abertura do segmento.
A China já começou a tomar medidas para abrir toda a indústria de petróleo e gás.
Na semana passada, a Sinopec, a maior refinadora do país, propôs vender até 30% da bilionária área de marketing a investidores sociais e privados, uma medida que especialistas veem como um grande passo na reestruturação do sector.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Quip apresenta melhor preço para plataformas P-75 e P-77



No final da tarde desta segunda, foram abertos os envelopes de preços apresentados pelas empresas concorrentes na licitação da Petrobras para contratação da construção de módulos e integração das plataformas P-75 e P-77. E a Quip, empresa com sede em Rio Grande, apresentou a melhor proposta de preço para construir as duas plataformas. A informação foi dada pelo diretor de suporte corporativo da Quip, Marcos Reis.
Segundo Marcos Reis, como a empresa apresentou melhor preço para fazer as duas plataformas, agora haverá um processo de entendimento dos preços. Depois, ainda terá a ratificação do processo pela Petrobras e assinatura do contrato. A Quip pretende construir os módulos e fazer integração das duas plataformas em Rio Grande.
 Para o diretor de suporte corporativo, a conquista destes dois contratos significará a continuidade do trabalho que está sendo feito pela empresa até agora, com novas perspectivas. A Quip construiu, junto com a BW Offshore, a P-63, que está pronta e deixando Rio Grande hoje, mas ainda está trabalhando na construção das plataformas P-55 e P-58 (esta última junto com a CQG Construções Offshore). A P-55 deve ser concluída em agosto deste ano e a P-58 mais para o final do ano.
Fonte: Jornal Agora (Carmem Ziebell)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Mais uma gigante prestes a deixar Rio Grande

A plataforma P-63, construída pela Quip S/A em parceria com a BW Offshore, está em fase de certificações e procedimentos burocráticos, ações que devem ser concluídas até esta sexta, 14. Finalizadas essas fases, restará concluir o abastecimento da unidade, que receberá duas mil toneladas de óleo diesel para alimentação de seus sistemas auxiliares, como os geradores, pois ela não tem propulsão própria. O abastecimento estava previsto para começar na madrugada desta quinta-feira e deve se estender pelo final de semana. Depois disso, a saída da plataforma do porto rio-grandino dependerá apenas das condições climáticas.
A P-63 é a segunda plataforma concluída em Rio Grande. A primeira foi a P-53, que deixou o porto rio-grandino em 2 de outubro de 2008, também executada pela Quip. Na manhã desta quarta, a imprensa teve a oportunidade de subir a bordo da P-63, conhecer um pouco de sua estrutura e ter uma noção melhor de suas dimensões. O diretor de suporte corporativo da Quip, Marcos Reis, que recebeu a imprensa, observou que o projeto desta plataforma é o primeiro feito por uma empresa brasileira do início ao fim. A Quip ficou responsável pela execução do projeto básico, projeto de detalhamento, construção, montagem e comissionamento. Neste contrato, a empresa tem parceria com a BW Offshore.
A assinatura do contrato para construção desta unidade ocorreu em 29 de janeiro de 2010. A primeira atividade da obra em Rio Grande ocorreu em fevereiro de 2011. Para sua construção, o navio tanque BW Nisa foi convertido em casco da unidade em Dalian (China), de onde chegou em  janeiro deste ano. A unidade veio da China já com seis módulos e, no estaleiro da Quip, localizado na ponta Sul do Porto Novo, recebeu outros seis. Em Rio Grande, também teve completado seu processo de integração (interligação ao casco dos módulos que compõem a plataforma).

Entrega

A intenção da Quip era fazer um evento para entrega da plataforma à Petrobras no último dia 11, com a participação da presidenta da República, Dilma Rousseff. No entanto, não foi possível devido a uma questão de agenda da presidenta. Outra data estava sendo estudada para o evento, mas nesta quarta-feira Marcos Reis disse que a plataforma agora será entregue, em ato interno, para o consórcio que irá operá-la inicialmente. "A P-63 sairá como ocorre no mundo inteiro: sem alarde", falou o diretor, acrescentando que isso se deve ao fato de tornarem-se corriqueiros esses acontecimentos.
O consórcio formado pelas empresa BW Offshore e Queiroz Galvão irá operá-la por 18 meses. Durante este período, a Quip fará a assistência técnica. Depois, ela será entregue à Petrobras, que a receberá construída, instalada e operando. Ao sair do porto rio-grandino, a unidade será rebocada para o Campo de Papa Terra.

Mão-de-obra

No pico das obras de construção desta unidade no Estaleiro da Quip em Rio Grande, localizado na ponta Sul do Porto Novo, foram mobilizados 2.000 trabalhadores, e no trabalho de integração, 1.500. A P-63 é uma plataforma do tipo FPSO (sigla em inglês para plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa petróleo) e se constitui em um investimento de US$ 1,3 bilhão. Tem 334 metros de comprimento, 58 metros de largura e 70 metros de altura (considerando o flare). Vai atuar no Campo de Papa Terra, na Bacia de Campos (RJ). Essa plataforma terá capacidade de produção de 140 mil barris de óleo por dia e capacidade de compressão de 1 milhão de m³ de gás.

Outros projetos

A Quip ainda está atuando em outros dois projetos em Rio Grande, que são os de construção da P-55 e da P-58 (esta, junto com a CQG Construções Offshore), mas ambos estão em fase final. A P-55 deve ficar pronta em agosto e a P-58, mais no final do ano. A empresa está participando da licitação para construção de módulos e integração das plataformas FPSOs P-75 e P-77, cujos cascos já estão em processo de conversão.
Sobre este processo, Marcos Reis informou que a pré-qualificação já ocorreu, as propostas técnicas já foram apresentadas e agora está ocorrendo a fase de esclarecimentos destas. Depois, serão verificadas as propostas comerciais, processo que demora um pouco. Em fevereiro, foram apresentadas 22 propostas para a construção de módulos e integração das duas plataformas, sendo nove para cada unidade e quatro para a construção dos módulos e integração dos dois FPSOs, em contrato único.
O fato de até agora não haver nenhum outro projeto definido para a empresa, já preocupa o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande (STIMMMERG). A ocorrência de um período de tempo sem projeto após o término de um contrato, é normal, segundo Reis. "É um problema estrutural deste tipo de indústria no Brasil", considerando a existência de um único cliente e a necessidade de realização de licitações.
O diretor explicou que nestes períodos os trabalhadores, na maioria das vezes, são realocados para outros projetos do setor. E a Quip mantém aqueles funcionários que vão disseminar o conhecimento do trabalho e treinar os novos a serem contratados. Sobre o Polo Naval gaúcho, entende que é uma realidade hoje. Algo que veio para ficar. Destacou que "nenhuma cidade do Brasil construiu três plataformas ao mesmo tempo" e que a Ecovix tem contratos para execução em Rio Grade que vão se estender por muito tempo ainda.

Fonte: Jornal Agora (Carmem Ziebell)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Atraso em Rio Grande faz Petrobras encomendar plataformas da China

Preocupada em acelerar a produção de petróleo e temendo atrasos na entrega de equipamentos, a Petrobras transferiu para o exterior parte das obras de, pelo menos, quatro plataformas para o pré-sal da Bacia de Santos. Contratados por mais de US$ 2 bilhões e regras de conteúdo local de até 70% para estimular a indústria local, os serviços foram iniciados na Indonésia e no estaleiro Cosco, em Dalian, na China.

No Brasil, o cronograma estava atrasado por deficiências nos estaleiros Inhaúma (RJ) e Rio Grande (RS). Uma parte trabalhosa do processo (troca de chapa), intensiva em mão de obra, será transferida para a China, com possível redução de postos de trabalho no Brasil.

Serão feitos no Cosco uma parcela da transformação (conversão) de três navios em plataformas (P-75, P-76 e P-77) para a área da cessão onerosa, que produzirá até 5 bilhões de barris no pré-sal. Também serão feitos no estaleiro chinês estruturas do casco de uma plataforma replicante (que repete exatamente o projeto de outro equipamento) para o pré-sal de Santos.

— Claramente este é um movimento da Petrobras para poder acelerar o desenvolvimento dos campos —disse o presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Roberto Ramos.

A Petrobras também negocia no exterior para afretar (alugar), e não construir, as cinco plataformas (FPSOs) extras para a área da cessão onerosa. O afretamento facilita o cumprimento de meta de conteúdo local, pois a embarcação é computada dentro do cálculo para todo o sistema. A petroleira diz que não há decisão sobre afretamento. Mas a reportagem apurou que pelo menos duas unidades são negociadas com a SBM, de Mônaco, e com a Modec, japonesa.

Fontes do setor dão como certo que haverá descumprimento de conteúdo local nas obras subcontratadas ao estaleiro Cosco. A Petrobras, que precisará prestar contas à Agência Nacional do Petróleo (ANP), nega. "Não haverá descumprimento", afirma, em nota.

O grupo EEP, do estaleiro Inhaúma, responsável pela conversão das P-74, P-75, P-76 e P-77, também afirma que cumprirá o conteúdo local estabelecido no contrato com a Petrobras, prevendo até 35% de realização no exterior.

Se extrapolar os limites de conteúdo local na conversão, a compensação terá de ser feita na fase de montagem da planta industrial na plataforma (integração). "O conteúdo local é muito mais influenciado pela construção dos módulos e equipamentos para o processamento do petróleo", afirma a petroleira.

A decisão da Petrobras de recorrer à China já mostra que a companhia não está disposta a correr o risco de retardar o aumento de sua produção por causa dos atrasos da indústria nacional. O governo usa os contratos da Petrobras para reativar o setor naval. Mas, para acelerar o processo, foi necessário fazer as encomendas antes de os canteiros para as obras (dos estaleiros) estarem prontos. Com o avançar dos projetos, os gargalos da indústria nacional ficam mais evidentes.

A Petrobras reconhece que houve uma mudança de estratégia por causa da falta de disponibilidade dos dois estaleiros. No caso da plataforma replicante, parte do casco será feita no Cosco por causa do atraso nas obras de construção dos cascos, a cargo da Engevix, no Estaleiro Rio Grande. A Engevix não comentou. O contrato inclui oito cascos replicantes e soma US$ 3,1 bilhões.

O diretor de engenharia da Petrobras, José Figueiredo, esteve na China no fim de janeiro para vistoriar as obras e se certificar de que estão no prazo. Já foi iniciada no Cosco a troca de casco, limpeza e construção de módulos de acomodação, entre outros serviços, para as P-75 e P-77.

A P-76 passa por limpeza na Indonésia e depois segue ao Cosco. Os três navios nem sequer estiveram no Brasil, foram da Malásia direto para Indonésia e China. Apenas a P-74 segue o processo de conversão no estaleiro Inhaúma, no Rio.

As quatro plataformas da cessão onerosa, juntas, serão responsáveis por até 600 mil barris/dia, equivalente a 30% da atual produção da Petrobras. Estão programadas para entrar em 2016 e 2017 nos Campos de Franco 1, 2 e 3 e de Nordeste Tupi.

Segundo colocado na disputa para a conversão dos quatro navios para a área da cessão onerosa, o presidente da Andrade Gutierrez Óleo e Gás, Paulo Dalmazzo, diz que um descumprimento das regras de conteúdo local seria ilegal.

— Perdemos a concorrência por oferecer preço maior, pois iríamos fazer no Brasil. Para fazer no Exterior teríamos conseguido preço melhor do que o do vencedor. A Petrobras não pode rasgar uma concorrência — afirma Dalmazzo.

O consórcio formado pela Odebrecht, UTC e OAS, reunido no EEP-Inhaúma, venceu o contrato das quatro conversões com US$ 1,753 bilhão. A Andrade Gutierrez ofertou US$ 580 milhões a mais.

A ANP disse que, pelas regras contratuais, iniciará a fiscalização somente ao final de cada módulo da etapa de desenvolvimento. Se ao final da fiscalização for apurado o não cumprimento da meta estabelecida no contrato, a Petrobras será multada, informa a agência.

Fonte: Indústria naval e Offshore






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