sexta-feira, 14 de junho de 2013

Mais uma gigante prestes a deixar Rio Grande

A plataforma P-63, construída pela Quip S/A em parceria com a BW Offshore, está em fase de certificações e procedimentos burocráticos, ações que devem ser concluídas até esta sexta, 14. Finalizadas essas fases, restará concluir o abastecimento da unidade, que receberá duas mil toneladas de óleo diesel para alimentação de seus sistemas auxiliares, como os geradores, pois ela não tem propulsão própria. O abastecimento estava previsto para começar na madrugada desta quinta-feira e deve se estender pelo final de semana. Depois disso, a saída da plataforma do porto rio-grandino dependerá apenas das condições climáticas.
A P-63 é a segunda plataforma concluída em Rio Grande. A primeira foi a P-53, que deixou o porto rio-grandino em 2 de outubro de 2008, também executada pela Quip. Na manhã desta quarta, a imprensa teve a oportunidade de subir a bordo da P-63, conhecer um pouco de sua estrutura e ter uma noção melhor de suas dimensões. O diretor de suporte corporativo da Quip, Marcos Reis, que recebeu a imprensa, observou que o projeto desta plataforma é o primeiro feito por uma empresa brasileira do início ao fim. A Quip ficou responsável pela execução do projeto básico, projeto de detalhamento, construção, montagem e comissionamento. Neste contrato, a empresa tem parceria com a BW Offshore.
A assinatura do contrato para construção desta unidade ocorreu em 29 de janeiro de 2010. A primeira atividade da obra em Rio Grande ocorreu em fevereiro de 2011. Para sua construção, o navio tanque BW Nisa foi convertido em casco da unidade em Dalian (China), de onde chegou em  janeiro deste ano. A unidade veio da China já com seis módulos e, no estaleiro da Quip, localizado na ponta Sul do Porto Novo, recebeu outros seis. Em Rio Grande, também teve completado seu processo de integração (interligação ao casco dos módulos que compõem a plataforma).

Entrega

A intenção da Quip era fazer um evento para entrega da plataforma à Petrobras no último dia 11, com a participação da presidenta da República, Dilma Rousseff. No entanto, não foi possível devido a uma questão de agenda da presidenta. Outra data estava sendo estudada para o evento, mas nesta quarta-feira Marcos Reis disse que a plataforma agora será entregue, em ato interno, para o consórcio que irá operá-la inicialmente. "A P-63 sairá como ocorre no mundo inteiro: sem alarde", falou o diretor, acrescentando que isso se deve ao fato de tornarem-se corriqueiros esses acontecimentos.
O consórcio formado pelas empresa BW Offshore e Queiroz Galvão irá operá-la por 18 meses. Durante este período, a Quip fará a assistência técnica. Depois, ela será entregue à Petrobras, que a receberá construída, instalada e operando. Ao sair do porto rio-grandino, a unidade será rebocada para o Campo de Papa Terra.

Mão-de-obra

No pico das obras de construção desta unidade no Estaleiro da Quip em Rio Grande, localizado na ponta Sul do Porto Novo, foram mobilizados 2.000 trabalhadores, e no trabalho de integração, 1.500. A P-63 é uma plataforma do tipo FPSO (sigla em inglês para plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa petróleo) e se constitui em um investimento de US$ 1,3 bilhão. Tem 334 metros de comprimento, 58 metros de largura e 70 metros de altura (considerando o flare). Vai atuar no Campo de Papa Terra, na Bacia de Campos (RJ). Essa plataforma terá capacidade de produção de 140 mil barris de óleo por dia e capacidade de compressão de 1 milhão de m³ de gás.

Outros projetos

A Quip ainda está atuando em outros dois projetos em Rio Grande, que são os de construção da P-55 e da P-58 (esta, junto com a CQG Construções Offshore), mas ambos estão em fase final. A P-55 deve ficar pronta em agosto e a P-58, mais no final do ano. A empresa está participando da licitação para construção de módulos e integração das plataformas FPSOs P-75 e P-77, cujos cascos já estão em processo de conversão.
Sobre este processo, Marcos Reis informou que a pré-qualificação já ocorreu, as propostas técnicas já foram apresentadas e agora está ocorrendo a fase de esclarecimentos destas. Depois, serão verificadas as propostas comerciais, processo que demora um pouco. Em fevereiro, foram apresentadas 22 propostas para a construção de módulos e integração das duas plataformas, sendo nove para cada unidade e quatro para a construção dos módulos e integração dos dois FPSOs, em contrato único.
O fato de até agora não haver nenhum outro projeto definido para a empresa, já preocupa o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande (STIMMMERG). A ocorrência de um período de tempo sem projeto após o término de um contrato, é normal, segundo Reis. "É um problema estrutural deste tipo de indústria no Brasil", considerando a existência de um único cliente e a necessidade de realização de licitações.
O diretor explicou que nestes períodos os trabalhadores, na maioria das vezes, são realocados para outros projetos do setor. E a Quip mantém aqueles funcionários que vão disseminar o conhecimento do trabalho e treinar os novos a serem contratados. Sobre o Polo Naval gaúcho, entende que é uma realidade hoje. Algo que veio para ficar. Destacou que "nenhuma cidade do Brasil construiu três plataformas ao mesmo tempo" e que a Ecovix tem contratos para execução em Rio Grade que vão se estender por muito tempo ainda.

Fonte: Jornal Agora (Carmem Ziebell)

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