Mostrando postagens com marcador Casco. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Casco. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Plataforma P-74 deve deixar o Rio Grande do Sul antes de abril

Sindicato estima que cerca de 2 mil trabalhadores sejam demitidos com o fim da montagem da estrutura 

Jefferson Klein A plataforma de petróleo P-74 que está sendo montada no estaleiro EBR, em São José do Norte, está prestes a deixar o Rio Grande do Sul. De acordo com a Petrobras, empresa que fez a encomenda da estrutura, o prazo contratual para saída do estaleiro é abril de 2018, contudo há a expectativa da antecipação dessa data. A P-74 terá como destino o campo de Búzios I, no pré-sal da Bacia de Santos. A Petrobras já recebeu licença do Ibama para a instalação da plataforma na área, que fica a cerca de 200 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, a uma profundidade de água de 1,6 mil a 2,1 mil metros. A licença é válida até 18 de outubro de 2021 e permite a instalação também do sistema de coleta e escoamento da produção. O casco da P-74 tem um comprimento de 326,2 metros e uma largura de 56,6 metros e o pontal (distância entre o convés e o fundo do casco) é de 28,6 metros. A plataforma terá capacidade para produzir até 150 mil barris diários de petróleo e comprimir 7 milhões de metros cúbicos de gás natural ao dia, com uma capacidade de armazenamento da 1,4 milhão de barris. O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte, Sadi Machado, é pessimista quanto às implicações da saída da P-74 para os trabalhadores que atuam nas obras da plataforma: serão todos demitidos. No momento, aponta o dirigente, são cerca de 2 mil pessoas empregadas no EBR. Machado diz que o sindicato trabalha com a data de 6 de abril para o deslocamento da P-74. Além do pessoal em atividade em São José do Norte, o polo naval gaúcho conta com mais cerca de 500 funcionários no estaleiro da QGI, ocupados em serviços nos módulos das plataformas P-75 e P-77, e apenas em torno de 70 colaboradores na Ecovix, que se encontra ociosa. Ambos os complexos estão situados em Rio Grande. O vice-presidente do sindicato dos metalúrgicos lembra que a Ecovix chegou a contratar em torno de 10 mil pessoas, em 2013. Machado lamenta que não se tenha perspectiva de pedidos de mais plataformas para serem feitos no polo naval gaúcho. Conforme o sindicalista, a expectativa é a pior possível para os trabalhadores desse segmento no Estado, embora em outras regiões, como no Rio de Janeiro e Pernambuco, já estão surgindo novas encomendas da Petrobras para estaleiros desses locais. O dirigente adverte que a mão de obra formada no polo naval gaúcho acabará procurando outro ofício ou deixando as cidades de Rio Grande e São José do Norte.

Fonte: Jornal do Comércio

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Crise na Petrobras reduz pela metade o emprego no polo de Rio Grande



A crise na Petrobras causa impacto em Rio Grande, na Região Sul do Rio Grande do Sul. Dono de um extenso polo naval é o município gaúcho com os maiores investimentos da Petrobras no estado. Com a suspensão dos novos contratos com empresas citadas em denúncias de corrupção, o nível de atividade portuária diminui. O número de trabalhadores já caiu de 18 mil, em 2013, para 7 mil.

Grande são investigadas na Operação Lava-Jato. O Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande, que representa os trabalhadores, promete mobilizações para que a Petrobras garanta novas obras para o porto gaúcho. "Ou a gente cai na rua agora e faz essa mobilização, ou pegamos a mochila e vamos embora para casa porque acabou tudo", diz o presidente da entidade, Benito Gonçalves.

A baixa no número de empregados causa impacto em diversos setores, entre eles o imobiliário. Antes, faltavam opções de moradia para os trabalhadores que chegavam de fora da cidade, principalmente de outros estados. Atualmente, muitas residências que antes estavam ocupadas estão à venda ou disponíveis para aluguel.

No setor hoteleiro, o valor das diárias caiu 25%. Antes sempre lotados, os hotéis têm agora um ocupação baixa, que em alguns estabelecimentos não passa de 5%. A empresária Patrícia Benevides montou um negócio para fornecer lençóis a hotéis e alojamentos. Segundo ela, as vendas estão em queda. "A demanda caiu vertiginosamente", lamentou.


Os efeitos também são sentidos no comércio. "Estamos vivendo uma redução geral de 10 a 15%. Em alguns segmentos, com 20 a 25%, e excepcionalmente, 50%. Todos na expectativa de uma definição da Petrobras sobre essa situação que nos atinge profundamente", diz o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Grande, Carlos Pavão Xavier.

Fonte: g1.globo

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Iesa garante construção de metade dos módulos em polo naval do sul

Polos navais no Rio Grande do Sul preparam retomada Diego Vara/Agencia RBS

Apesar da crise financeira, empreiteira manterá parte da produção em Charqueadas
A Iesa confirmou nesta quinta-feira (2) que montará, no mínimo, metade dos 32 módulos de compressão de gás previstos no contrato original com a Petrobras no Polo Naval do Jacuí, em Charqueadas (RS). Segundo o prefeito da cidade gaúcha, Davi Gilmar, mais de mil empregos serão mantidos por, pelo menos, dois anos. No momento, cerca de 700 empregados estão em férias coletivas.

Devido à crise financeira, a Iesa estava em dificuldade em cumprir o contrato de US$ 720 milhões firmado com a Petrobras. No fim de julho, a Inepar, controladora da Iesa, negociou a entrada da empreiteira Andrade Gutierrez na operação, mas o contrato ainda não foi assinado. Há a possibilidade de que os outros módulos sejam levados pela AG para conclusão em unidades da empresa na China.
 

Fonte: Amanhã.com.br

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Porto da Capital receberá estaleiro (RS)


Após a desistência da Ecovix e da Irigaray do projeto de instalação uma unidade para fabricação de módulos de plataformas de petróleo em Porto Alegre, anunciada no começo deste mês, não foi necessário esperar muito para que um empreendimento similar preenchesse o espaço deixado. A Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e a empresa MB Serviços de Manutenção e Reparos Industriais assinam amanhã um acordo de intenções para implantação de um novo estaleiro na Capital.
O diretor de portos da SPH, Paulo Astrana, esclarece que a acomodação da companhia acontecerá em duas áreas: ao lado do Centro de Treinamento (CT) do Grêmio, no Cais Marcílio Dias, e outra próxima à rodoviária, no final do Cais Mauá e começo do Cais Navegantes. A primeira abrangerá 9,8 hectares e a outra 3,6 hectares. Inicialmente, a MB irá ocupar justamente o terreno que seria destinado às empresas Ecovix e Irigaray, ao lado da rodoviária. O espaço será utilizado de forma provisória, pois já está pronto para ser aproveitado. No outro, junto ao complexo gremista, ainda é necessário fazer a terraplenagem e preparar o terreno para a implementação da estrutura. Quando as obras forem concluídas, a MB deverá ficar apenas com essa última área.
Astrana comenta que o início da construção das unidades dependerá de quando será obtida a autorização da Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq). O investimento na iniciativa será na ordem de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões, gerando entre 500 empregos diretos e 500 indiretos na operação. A empresa, que tem sede na cidade de Itaboraí, no Rio de Janeiro, pretende deslocar a operação que desenvolve hoje no porto de Itajaí (SC).
De acordo com o diretor de portos da SPH, um dos motivos para a companhia vir para o Estado é a vantagem de ficar mais perto do polo naval de Rio Grande. Além disso, o dirigente cita o incentivo que o governo gaúcho está concedendo para a instalação das empresas na região. O decreto 51.103/14, publicado no Diário Oficial do Estado, estabeleceu o Polo Naval do Guaíba e deve facilitar o desenvolvimento de empreendimentos como esse.
Os módulos fabricados em Porto Alegre pela MB serão transportados pelo modal hidroviário para serem integrados, em outros locais, às plataformas de petróleo. Astrana destaca que a atividade do grupo significará um grande impulso para o porto gaúcho e salienta que o acordo será firmado no dia do aniversário da SPH, que completa 63 anos.
Casco da P-66 sai de Rio Grande no próximo mês
O casco da plataforma de petróleo P-66, encomendada pela Petrobras e que está sendo desenvolvido em Rio Grande, deve deixar a cidade antes do final do próximo mês. A estrutura seguirá para Angra dos Reis, onde será feita a parte de integração e complementação.
Esse é um dos oito cascos para plataformas FPSOs (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo) que a Ecovix, responsável pelo Estaleiro Rio Grande (ERG), está trabalhando. A P-66 já deveria ter sido encaminhado no dia 28 de junho para o Rio de Janeiro e terá comprimento total de 288 metros. O empreendimento terá capacidade de processamento de 150 mil barris diários de óleo e 6 milhões de metros cúbicos ao dia de gás.
Fonte: portosenavios / Jornal do Commercio (POA)/Jefferson Klein

sábado, 27 de setembro de 2014

EBSE VAI ADIANTAR ENTREGA DE MÓDULOS DOS FPSOS QUE ESTÁ CONSTRUINDO

Carlos Mauricio, presidente da EBSE
Quem acompanha frequentemente as entrevistas e os pronunciamentos da presidente da Petrobrás, Graça Foster, sabe que uma expressão repetida à exaustão são as “métricas internacionais”. Com toda razão, são um dos principais focos da estatal, que precisa manter seus prazos e cumprir suas metas. As empresas fornecedoras também se alinharam a esse objetivo e estão trabalhando arduamente para conquistarem esse patamar. Um dos exemplos bem sucedidos disso é a EBSE, que já entregou módulos para o FPSO Cidade de Ilhabela três meses antes do fim do prazo, e agora pretende adiantar a entrega de novos módulos, tanto para os replicantes, em contrato com a Tomé/Ferrostal, quanto para os FPSOs Cidade de Maricá e Cidade de Saquarema, em contratos com a SBM. O presidente da EBSE, Carlos Maurício de Paula Barros, conta que uma das razões para essas conquistas foi a confiança das contratantes, assim como o treinamento constante e a busca contínua pela competitividade internacional. A empresa deve fechar 2014 com um faturamento de cerca de R$ 330 milhões, assim como em 2013, e já começa a se estruturar para uma nova fase de sua evolução, fornecendo módulos com tecnologia completa, a partir do fortalecimento da parceria com a holandesa Frames.
Como estão as perspectivas para a EBSE este ano?
A EBSE deve repetir o resultado do ano passado em termos de faturamento, com mais ou menos o mesmo nível de receita, na faixa de R$ 330 milhões. Agora, no futuro próximo estamos nos ressentindo da falta absoluta de perspectivas no curto prazo. Tem 16 plataformas em construção atualmente ou que acabaram de ser entregues, contando os replicantes, Cessão Onerosa, Maricá, Saquarema, Ilhabela, Mangaratiba, e para todas nós fazemos ou fizemos trabalhos. Além disso, tem Tartaruga Verde e Mestiça, que a Modec ganhou, então existem perspectivas, mas não são para agora. Estamos esperando que, daqui para o primeiro trimestre de 2015, pelo menos, tenham novas perspectivas. Esse ano nosso está resolvido. Inclusive nós adiantamos alguns projetos que estavam para o ano que vem. A rigor, se não tivéssemos feito esses adiantamentos, o faturamento seria um pouco menor do que em 2013.
Quais foram os adiantamentos?
Os módulos para os replicantes, por exemplo, cujo término era previsto para maio do ano que vem, mas vamos entregar todos até novembro deste ano. Os módulos para Maricá e Saquarema, que eram previstos para fevereiro de 2015, também vamos entregar agora em novembro e dezembro de 2014.
Como conseguiram isso?
Principalmente com treinamento e formação de mão de obra. Na área de módulos, que é uma área bastante forte da EBSE, começamos com o Cidade de Paraty, num ritmo um pouco menor, porque estávamos aprendendo. Depois fizemos Mangaratiba, Ilhabela e agora com Maricá e Saquarema estamos adiantando bastante. Ilhabela já adiantamos três meses. Você vai treinando, temos uma equipe jovem, que fomos formando, e hoje ela já conhece o trabalho, já traz soluções bastante novas, bastante atualizadas.
Como o quê?
Assistimos recentemente a algumas apresentações, até da própria Petrobrás, sobre procedimentos que são utilizados lá fora, vistos em visitas à China, aos principais fabricantes de módulos, e falou-se sobre uma série de coisas como sendo inovações, mas que nós já praticamos no dia a dia. São alguns exemplos.
A entrega de equipamentos tem se acelerado também, certo?
Entregamos, no primeiro semestre, 33 equipamentos, que foi quase a mesma quantidade que entregamos no ano todo de 2013. Até o final deste ano serão 64. Então estamos muito organizados em relação aos equipamentos. São também com tecnologia da Vanbras, com desenho da Frames e fabricação da EBSE.
Temos visto críticas, principalmente por parte das operadoras, ao conteúdo local, dizendo que não há competitividade em alguns casos no Brasil. Vocês conseguiram isso com competitividade e adiantando os prazos. Isso se deve apenas ao treinamento de mão de obra ou há outros fatores?
Acho que o primeiro ponto foi que os nossos clientes acreditaram na gente. Os primeiros separadores complexos que fizemos para a Modec, não fizemos com a eficiência que temos agora, porque estávamos aprendendo. O segundo já fizemos melhor, e fomos aprimorando tudo a cada dia. Sempre procurando discutir o que deu certo, para melhorar, e o que deu errado, para corrigir. Esse tem sido o segredo. Acho que ainda não temos a competitividade de uma empresa da China ou de Cingapura, mas nosso nível de preço deve estar adequado, porque se não a SBM não teria nos contratado para fazer módulos e a Modec não teria nos contratado para fabricar equipamentos.
Vocês estão buscando esse índice de competitividade internacional como meta?
Claro. A gente busca sempre isso, para que no futuro não tenhamos que depender de conteúdo nacional. Hoje o conteúdo local é muito importante para que a gente possa praticar. Às vezes é mais fácil para uma epecista que ganha um grande projeto levar isso para a China. Talvez seja mais fácil, porque aquela empresa chinesa tem uma estrutura muito grande, de muitas décadas, que nós não temos na mesma dimensão. E essa solução simplista muitas vezes não é a melhor. Nós terminamos módulos aqui na frente de outros que ficaram lá fora. Para o Cidade de Ilhabela, por exemplo, nossos módulos ficaram parados três meses aqui, prontos, esperando o navio que vinha da China.
Com essa meta de competitividade internacional, também há o objetivo de buscar projetos em outros países?
Pelo tamanho da EBSE neste momento, tendo em vista os investimentos que a Petrobrás tem no Brasil, considerando-se Libra e outros projetos importantes, o que a gente espera que venha pela frente vai ser o adequado para que a gente possa crescer e ir fazendo cada vez mais. Acho que um dos fatores que faz a gente estar performando bem e entregando até antes do prazo é o fato de estarmos fazendo na dimensão certa. Temos tido a oportunidade de fazer uma quantidade muito maior de módulos, mas não queremos correr o risco de não performar, atrasar e deixar de honrar os compromissos que temos assumido. Fizemos módulos grandes agora e muito rapidamente. Começamos Maricá e Saquarema em janeiro e estamos entregando em novembro e dezembro. Isso é prazo internacional. Poderíamos entregar até antes, se não tivesse o atraso de alguns equipamentos que recebemos de terceiros.
Vocês já estão conversando com as empresas que estão afretando para a Petrobrás?
A gente sempre conversa, porque os principais operadores, que são SBM e Modec, já são nossos clientes há anos. Para os outros que têm dado propostas, temos ofertado e temos tido uma relação bastante próxima.
Como é o plano estratégico da EBSE para os próximos anos?
Primeiro pretendemos consolidar nossa relação com a Frames, através das Vanbras, de forma a vender os módulos com tecnologia completa. Já estamos fazendo isso com os replicantes. Os módulos de tratamento de água que vendemos para o consórcio Tomé/Ferrostal são com a nossa tecnologia. São projetos nossos, fornecimentos completos e nós entregamos o módulo pronto no canteiro da Tomé/Ferrostal no Nordeste. Então para o cliente é uma solução cômoda. Para nós é uma responsabilidade muito maior, mas junto com a Frames estamos preparados para isso. Então nosso próximo passo é oferecer o pacote completo. Com isso, nós mudamos de dimensão. Tanto de nível de responsabilidade, quanto de nível de valor. Esse é o passo seguinte e o mais importante. Inclusive é um passo que já demos, na verdade.

Fonte: Petronotícias ( Daniel Fraiha )

Operação para levantamento de módulos da P-74 (FPSO)

Escrito por Laura Hatton - 22 de setembro de 2014
O AL.SK190 foi configurado com uma lança principal de 118,5 m. Nesta configuração que realizou três elevadores durante um período de tempo 10 dias
O AL.SK190 foi configurado com uma lança principal de 118,5 m. Nesta configuração que realizou três elevadores durante um período de tempo 10 dias
Carga pesada e empresa de transporte ALE transportado e levantou um módulo de alojamento e um módulo de serviço no Rio de Janeiro, Brasil.
O módulo de alojamento pesava 1.538 toneladas e o módulo de serviço pesava 702 toneladas. 
Ambos os módulos foram instalados na Petrobras P-74 FPSO no estaleiro da Petrobras, no Rio de Janeiro.
Os módulos foram levantadas usando um guindaste AL.SK190.Com sua base de anel há uma pegada de 35 x 35 metros e capacidade de elevação é de 4.300 toneladas, disse ALE. Altura máxima de crescimento é de 200 m, e sua classificação de momento máximo de carga é 196 mil toneladas-metros.
O AL.SK190 foi criado com uma lança principal de 118,5 m. 
Nesta configuração que realizou três elevadores durante um período de tempo de dez dias. Site se move foram realizados utilizando 56 linhas de eixo de auto-propelido transportador modular (SPMT).
Giovanni Alders, gerente de vendas ALE, disse: "Usando o guindaste AL.SK190 salvou-se a dois meses de inatividade como nosso cliente não tem que ter o FPSO para fora da base. O tempo de levantamento real para instalar os dois módulos foi reduzido a duas semanas e modificações no FPSO ainda pode ir à frente, enquanto o guindaste estava sendo montado e desmontado. "
Fonte: KHL

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Petrobras precisa concentrar todos os esforços no pré-sal

O Conselho Nacional de Política Energética, em sua reunião de 24 de junho passado, recomendou, e o governo federal acatou, contratar diretamente a Petrobras, em regime de partilha, para produzir petróleo e gás natural em quatro áreas do pré-sal. A contratação direta foi usada porque as áreas situam-se no entorno da Cessão Onerosa (CO), onde a estatal já está presente, podendo desenvolver um projeto integrado, com economia logística, ganho de escala e sinergias diversas. As condições gerais do contrato espelharam-se nas da vitoriosa licitação de Libra.
pre-sal
O mercado reagiu mal a essa contratação e as ações da Petrobras caíram 8%. O capital real da empresa se descolou de seu capital fictício. Capital fictício é o termo usado por Marx para designar os títulos que as empresas emitem para representar seu capital real e circulam em um mercado especial, o de ações. A autonomia com que flutuam “reforça a ilusão que são um verdadeiro capital ao lado do capital que representam…” (Marx).
Ocorre que quem negocia com o capital fictício se orienta pelo curto prazo, diferentemente dos que trabalham com o capital real (ou produtivo). Um movimento que não amplie o capital real pode fazer crescer o capital fictício, e outro que o reforce, mas que implique em pagamentos de curto prazo pode, temporariamente, fazer o capital fictício retroagir.
Urge facilitar o acesso da Petrobras a recursos que garantam a celeridade dos seus projetos no pré-sal
As contratações realizadas com a Petrobras, especialmente por ampliarem sua presença no pré-sal, aumentaram bastante seu capital real. Suas ações caíram, porque cresceram suas prestações de curto prazo. Mas essa defasagem não se manteve por muito tempo e, três semanas depois da maior queda, as manchetes já estampavam: “Bovespa fecha no maior nível do ano com a Petrobras”. Contudo, a contratação direta da Petrobras introduziu uma situação nova no setor de petróleo do país.
É que a Petrobras, só com o óleo de Libra e o do entorno da Cessão Onerosa, contratados sob regime de partilha, mais que dobrou os 14 bilhões de barris de petróleo que anteriormente detinha. Se somarmos o volume da CO e o de blocos que estão sob regime de concessão – Lula, Sapinhoá etc. – essa cifra se aproxima dos 40 bilhões de barris de óleo equivalente. Para explorar e desenvolver essas áreas, a petroleira tem que cumprir os contratos assinados com a ANP, que preveem investimentos altos, os quais compõem boa parte do orçamento da estatal, de R$ 220,6 bilhões, até 2018.
No passado, para se concentrar em projetos prioritários, a estatal transferiu, algumas vezes, a operação de campos secundários de seu portfólio para outras empresas, por meio de “cessões de direitos” – onde passava a concessão – ou de contratos de risco – onde continuava como concessionária – em operações sempre supervisionados pela ANP.
Agora, a petroleira já não pode usar deste expediente porque, por lei, a operação única no pré-sal é dela própria, Petrobras. E, contudo, a empresa precisa enormemente concentrar esforços financeiros e técnicos no pré-sal, província petrolífera prioritária brasileira. Daí que a petroleira necessita abrir mão de atividades não fundamentais, ou menores, ou secundárias, dispersas pelo país, para focar seus esforços no que tem a maior importância estratégica.
Essa situação mostra a necessidade de uma política governamental voltada para o fortalecimento de pequenos e médios produtores de petróleo no Brasil, que têm condições e se disponham a revitalizar a produção em campos menores, ou declinantes, operados pela Petrobras, em terra – especialmente no Nordeste – ou em águas rasas de outras bacias.
Os órgãos governamentais, mirando o mandato legal que lhes obriga a “promover o desenvolvimento” (Lei 9.478/97) devem encontrar os caminhos para destravar o progresso para as cerca de sessenta empresas de diversas origens e tamanhos que hoje atuam nas diversas bacias sedimentares brasileiras. Esse segmento precisa se desenvolver e só o fará com acesso a novas áreas de produção. A realização da 13ª Rodada de Licitações de Blocos Exploratórios da ANP, aprovada pelo CNPE, deve ser feita sem delongas, principalmente depois dos prejuízos causados ao setor pela ausência de rodadas por cinco anos consecutivos.
Finalmente, deve-se facilitar que as petroleiras de pequeno e médio porte que aqui atuam, brasileiras em sua quase totalidade, assumam, da forma mais adequada, campos de produção não prioritários para a Petrobras, fomentando o desenvolvimento da indústria do petróleo no conjunto do país, e permitindo à estatal trabalhar com foco nas suas prioridades.
Fonte: Eventos Petróleo e Gás (Valor Econômico)

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Estaleiro na Bahia a um passo de começar fabricação de sondas


Projeto estrutural, reconhecido e divulgado durante a 7ª edição do evento Destaques, da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), que optou pelo emprego de peças pré-fabricadas, em vez de componentes metálicos, na construção da principal estrutura do estaleiro, ajudou na programação para cumprimento do prazo e na possibilidade de se obter outras vantagens, sobretudo quanto à durabilidade.
A Enseada Indústria Naval, empresa formada pela Odebrecht, OAS, UTC e KHI (Kawasaki Heavy Industries Ltd), com sede no município baiano de Maragogipe, informa que os investimentos no Estaleiro da Bahia são da ordem de R$ 2,6 bilhões. Segundo ela, trata-se do maior aporte de capital privado realizado na Bahia, na última década. A área ocupada pela unidade é de 1,6 milhão de m².

A empresa tem como cliente em Maragogipe e a Sete Brasil, uma companhia de investimentos especializada em gestão de portfólio de ativos voltados para o segmento de petróleo e gás na área off hore no Brasil. Um dos seus objetivos é construir seis sondas de perfuração do pré-sal para a Petrobras. O estaleiro, quando em plena atividade, deverá processar 36 mil t de aço/ano trabalhando em regime de turno único. Isso lhe permitirá, segundo a empresa, “ampla margem de produção, para fabricação, até simultânea, de diferentes tipos de embarcações, como sondas e os chamados FPSOs - unidades flutuantes de armazenamento e transferência de petróleo”.

Atualmente, no estaleiro, é a seguinte a situação das obras, iniciadas há um ano e nove meses: encontra-se concluída a construção do primeiro cais, que tem capacidade para atracação de embarcações com até 210 m de comprimento e área total de 5,2 mil m² e as diversas equipes estão terminando a obra da oficina de corte e tratamento de chapas de aço. No conjunto, 60% das obras são consideradas prontas.

O projeto estrutural
O engenheiro George Maranhão, que tem escritório em Natal (RN), homenageado por conta do projeto estrutural do estaleiro no evento da Abece, por indicação da empresa T&A, diz que as empresas Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki já dispunham de um projeto que previa o emprego de componentes metálicos para a construção da estrutura principal. “Contudo”, afirma ele, “decidimos apresentar projeto com uma solução pré-fabricada. Vimos que esta tecnologia revelava algumas vantagens em relação àquelas do projeto inicialmente apresentado. Além de durabilidade maior, entendíamos que a nossa opção se mostrava também altamente competitiva do ponto de vista financeiro. E esta competitividade, se dava na escolha do sistema estrutural em treliça (pilares e vigas de cobertura)”.


Fase da instalação dos pilares e vigas pré-fabricados e da montagem, com a utilização de guindastes

Outras vantagens que ele relaciona, para justificar a escolha da pré-fabricação, são as seguintes: elevada relação rigidez/peso das peças; as peças poderiam ser fabricadas em partes, de modo a se obter redução do peso próprio para facilitar o transporte e, posteriormente, a montagem. Além disso, os espaços entre os banzos e diagonais poderiam ser usados para a passagem das instalações diversas.



No conjunto, tudo seria facilitado. Os pilares treliçados, com mais de 35 m, seriam divididos em três partes para posterior ligação. E treliças com vãos superiores a 40 m também poderiam ser divididas em três partes. A conexão se faria, depois, por meio de protensão aderente superior — uma solução que, caso não seja inédita, seguramente é apontada como incomum no Brasil, nas palavras do engenheiro. Ele informa que realizou pesquisas e encontrou citações de obras realizadas de modo semelhante na Europa, depois da Guerra Mundial.

Quanto à durabilidade, George Maranhão dá uma explicação adicional. Diz que a pré-fabricação leva a uma estrutura mais durável, porque torna possível a adoção de maior critério ao longo de todo o processo de execução das peças e permite todos os cuidados inerentes ao sistema, recorrendo-se ao emprego de concretos da ordem de 80 MPa de resistência, embora o projeto previsse resistência de 50 MPa.

Pré-fabricação e montagem
A empresa T&A, que vem operando em diversas obras, sobretudo no Nordeste, foi a empresa contratada para a pré-fabricação e montagem da estrutura principal, que tem 67.465 m² de área construída. O projeto estrutural previu a pré-fabricação de pilares treliçados de concreto armado e treliças de cobertura com pós-tensão, além das vigas de seção “l” protendidas para apoio das pontes rolantes.

No processo de construção da estrutura, os pilares são montados sequenciadamente no canteiro. A decisão, para a confecção das peças maiores em partes, a serem montadas in loco, facilitou o planejamento da logística. O transporte foi feito utilizando-se carretas especiais. Guindastes com capacidade para até 220 t e plataformas elevatórias de até 40 m foram utilizados nas operações para descarregar, carregar e posicionar as peças na montagem da estrutura.

Ficha Técnica - Estaleiro do Paraguaçu
Local: Foz do rio Paraguaçu no município de Maragogipe (BA)
Empresa contratante: Enseada Indústria Naval
Cliente: Sete Brasil
Área total do empreendimento: 1,6 milhão de m²
Pré-fabricação e montagem: T&A
Cálculo estrutural: Escritório George Maranhão Engenharia Estrutural
Obs. No evento da Abece foram homenageados, por conta do projeto estrutural, George Maranhão, formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e Francisco Haroldo Gadelha Júnior, formado pela Universidade Federal do Ceará, que em 1997 assumiu a direção comercial da T&A Pré-Fabricados.

domingo, 6 de abril de 2014

Casco de plataforma da Petrobras deixa dique no RS (P66)

Petrobras plataforma P-66 estaleiro

A Petrobras iniciou, na manhã deste sábado (5), o processo de retirada do casco da plataforma P-66 do dique seco do Estaleiro Rio Grande - 1 (ERG-1), em Rio Grande (RS). A operação é considerada um marco pela companhia por se tratar do primeiro casco replicante da série de oito plataformas, que estão em construção para atender ao pré-sal da Bacia de Santos.
Segundo a estatal, as atividades começaram em 28 de março com o alagamento parcial do dique seco e inspeção do casco. O enchimento do dique foi retomado em 4 de abril, quando as condições climáticas se apresentaram adequadas, até atingir os cerca de 14 metros de profundidade necessários à abertura da porta-batel (comporta). "Com essas etapas concluídas, a porta-batel foi retirada e a unidade de produção seguiu, com o apoio de quatro rebocadores, para o cais Sul do ERG-1, onde ficará atracada para a conclusão dos trabalhos", informa a empresa em nota.
A Petrobras explica que, com a saída da P-66, serão deslocados para o dique seco os megablocos (parte do casco formada por vários blocos) 1 e 2 da P-67, outra plataforma da série replicante, atracados temporariamente no Estaleiro Honório Bicalho, também em Rio Grande. "No dique, as estruturas serão integradas ao megabloco 3 e receberão outros equipamentos e módulos, até que o casco seja completamente montado", afirma a companhia.
De acordo com a estatal, cada um dos cascos, da P-66 e da P-67, possui 288 metros de comprimento, 54 metros de largura (boca) e 31,5 metros de altura. As plataformas são do tipo FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Petróleo e Gás) e terão capacidade de processamento de 150 mil barris de óleo dia e de 6 milhões de metros cúbicos de gás dia.
As duas plataformas se destinam ao campo de Lula, operado pela Petrobras (65%) em parceria com a BG E&P Brasil (25%) e a Petrogal Brasil (10%).
Plataforma deixou dique seco no sábado (foto: Agência Petrobras)
Fonte: Estadão

terça-feira, 9 de julho de 2013

RS construirá mais plataformas petrolíferas

O 41º Prêmio Exportação RS trouxe novidades animadoras para o Rio Grande do Sul: duas novas plataformas petrolíferas serão construídas no Estado. A confirmação foi dada pela presidente da Petrobras, Maria das Graças Fortes, durante a solenidade em que foi homenageada pela Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil (ADVB/RS), na noite desta segunda-feira (08).

"A abertura dos envelopes com a proposta comercial mostrou que a Quip, em Rio Grande, apresentou as melhores condições e, agora, faltam poucos dias para bater o martelo e garantir a construção da P-75 e da P-77, aqui no Estado", comemorou, dizendo que a capacidade técnica dos estaleiros gaúchos é certeza de eficiência e qualidade na produção das encomendas da estatal. Ela afirmou que a decisão deve sair em um prazo "dentro de um mês, 40 dias". Maria das Graças Fortes recebeu a homenagem da ADVB/RS pela sua participação no processo de reestruturação da empresa.

Segundo Maria das Graças, os brasileiros podem ter certeza de que "a Petrobras sabe o que pode fazer e as dificuldades que tem, administrando bem o caixa e os custos operacionais e sabendo que tem uma financialidade saudável". Quanto à participação da empresa na exploração do pré-sal, garantiu que ela "será ativa, ainda que não saibamos se naqueles 30%, pois ainda não conhecemos o edital", sustentou. Ela também informou que, até o mês de outubro, as plataformas P-55 e P-58 devem estar concluídas e deixarão Rio Grande em direção aos campos de exploração.

O 41º Prêmio Exportação RS também homenageou o presidente do Grupo Gerdau, André Gerdau Johhanpeter como Personalidade Competitividade Internacional. O|Brasil precisa avançar em sua infraestrutura, logística e na redução da carga tributária se quiser manter forte no mercado. Ele disse que problemas estruturais como esses contribuíram para que ocorresse uma redução nas exportações brasileiras, com a empresa passando a atender outros mercados com as usinas locais. Atualmente, a Gerdau atua em 14 países. "Nós já fomos grandes exportadores, mas neste momento estamos é lutando contra os importados para o Brasil", argumentou.

A Braskem foi o destaque na Categoria Quantitativa da premiação, como a maior exportadora do Estado em valor, juntamente com a Marcopolo, Souza Cruz, Forjas Taurus e Sthil Ferramentas, maiores exportadoras por três anos e alto crescimento. No total, foram agraciadas 37 empresas gaúchas.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Quip apresenta melhor preço para plataformas P-75 e P-77



No final da tarde desta segunda, foram abertos os envelopes de preços apresentados pelas empresas concorrentes na licitação da Petrobras para contratação da construção de módulos e integração das plataformas P-75 e P-77. E a Quip, empresa com sede em Rio Grande, apresentou a melhor proposta de preço para construir as duas plataformas. A informação foi dada pelo diretor de suporte corporativo da Quip, Marcos Reis.
Segundo Marcos Reis, como a empresa apresentou melhor preço para fazer as duas plataformas, agora haverá um processo de entendimento dos preços. Depois, ainda terá a ratificação do processo pela Petrobras e assinatura do contrato. A Quip pretende construir os módulos e fazer integração das duas plataformas em Rio Grande.
 Para o diretor de suporte corporativo, a conquista destes dois contratos significará a continuidade do trabalho que está sendo feito pela empresa até agora, com novas perspectivas. A Quip construiu, junto com a BW Offshore, a P-63, que está pronta e deixando Rio Grande hoje, mas ainda está trabalhando na construção das plataformas P-55 e P-58 (esta última junto com a CQG Construções Offshore). A P-55 deve ser concluída em agosto deste ano e a P-58 mais para o final do ano.
Fonte: Jornal Agora (Carmem Ziebell)

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Mais uma gigante prestes a deixar Rio Grande

A plataforma P-63, construída pela Quip S/A em parceria com a BW Offshore, está em fase de certificações e procedimentos burocráticos, ações que devem ser concluídas até esta sexta, 14. Finalizadas essas fases, restará concluir o abastecimento da unidade, que receberá duas mil toneladas de óleo diesel para alimentação de seus sistemas auxiliares, como os geradores, pois ela não tem propulsão própria. O abastecimento estava previsto para começar na madrugada desta quinta-feira e deve se estender pelo final de semana. Depois disso, a saída da plataforma do porto rio-grandino dependerá apenas das condições climáticas.
A P-63 é a segunda plataforma concluída em Rio Grande. A primeira foi a P-53, que deixou o porto rio-grandino em 2 de outubro de 2008, também executada pela Quip. Na manhã desta quarta, a imprensa teve a oportunidade de subir a bordo da P-63, conhecer um pouco de sua estrutura e ter uma noção melhor de suas dimensões. O diretor de suporte corporativo da Quip, Marcos Reis, que recebeu a imprensa, observou que o projeto desta plataforma é o primeiro feito por uma empresa brasileira do início ao fim. A Quip ficou responsável pela execução do projeto básico, projeto de detalhamento, construção, montagem e comissionamento. Neste contrato, a empresa tem parceria com a BW Offshore.
A assinatura do contrato para construção desta unidade ocorreu em 29 de janeiro de 2010. A primeira atividade da obra em Rio Grande ocorreu em fevereiro de 2011. Para sua construção, o navio tanque BW Nisa foi convertido em casco da unidade em Dalian (China), de onde chegou em  janeiro deste ano. A unidade veio da China já com seis módulos e, no estaleiro da Quip, localizado na ponta Sul do Porto Novo, recebeu outros seis. Em Rio Grande, também teve completado seu processo de integração (interligação ao casco dos módulos que compõem a plataforma).

Entrega

A intenção da Quip era fazer um evento para entrega da plataforma à Petrobras no último dia 11, com a participação da presidenta da República, Dilma Rousseff. No entanto, não foi possível devido a uma questão de agenda da presidenta. Outra data estava sendo estudada para o evento, mas nesta quarta-feira Marcos Reis disse que a plataforma agora será entregue, em ato interno, para o consórcio que irá operá-la inicialmente. "A P-63 sairá como ocorre no mundo inteiro: sem alarde", falou o diretor, acrescentando que isso se deve ao fato de tornarem-se corriqueiros esses acontecimentos.
O consórcio formado pelas empresa BW Offshore e Queiroz Galvão irá operá-la por 18 meses. Durante este período, a Quip fará a assistência técnica. Depois, ela será entregue à Petrobras, que a receberá construída, instalada e operando. Ao sair do porto rio-grandino, a unidade será rebocada para o Campo de Papa Terra.

Mão-de-obra

No pico das obras de construção desta unidade no Estaleiro da Quip em Rio Grande, localizado na ponta Sul do Porto Novo, foram mobilizados 2.000 trabalhadores, e no trabalho de integração, 1.500. A P-63 é uma plataforma do tipo FPSO (sigla em inglês para plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa petróleo) e se constitui em um investimento de US$ 1,3 bilhão. Tem 334 metros de comprimento, 58 metros de largura e 70 metros de altura (considerando o flare). Vai atuar no Campo de Papa Terra, na Bacia de Campos (RJ). Essa plataforma terá capacidade de produção de 140 mil barris de óleo por dia e capacidade de compressão de 1 milhão de m³ de gás.

Outros projetos

A Quip ainda está atuando em outros dois projetos em Rio Grande, que são os de construção da P-55 e da P-58 (esta, junto com a CQG Construções Offshore), mas ambos estão em fase final. A P-55 deve ficar pronta em agosto e a P-58, mais no final do ano. A empresa está participando da licitação para construção de módulos e integração das plataformas FPSOs P-75 e P-77, cujos cascos já estão em processo de conversão.
Sobre este processo, Marcos Reis informou que a pré-qualificação já ocorreu, as propostas técnicas já foram apresentadas e agora está ocorrendo a fase de esclarecimentos destas. Depois, serão verificadas as propostas comerciais, processo que demora um pouco. Em fevereiro, foram apresentadas 22 propostas para a construção de módulos e integração das duas plataformas, sendo nove para cada unidade e quatro para a construção dos módulos e integração dos dois FPSOs, em contrato único.
O fato de até agora não haver nenhum outro projeto definido para a empresa, já preocupa o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande (STIMMMERG). A ocorrência de um período de tempo sem projeto após o término de um contrato, é normal, segundo Reis. "É um problema estrutural deste tipo de indústria no Brasil", considerando a existência de um único cliente e a necessidade de realização de licitações.
O diretor explicou que nestes períodos os trabalhadores, na maioria das vezes, são realocados para outros projetos do setor. E a Quip mantém aqueles funcionários que vão disseminar o conhecimento do trabalho e treinar os novos a serem contratados. Sobre o Polo Naval gaúcho, entende que é uma realidade hoje. Algo que veio para ficar. Destacou que "nenhuma cidade do Brasil construiu três plataformas ao mesmo tempo" e que a Ecovix tem contratos para execução em Rio Grade que vão se estender por muito tempo ainda.

Fonte: Jornal Agora (Carmem Ziebell)

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Atraso em Rio Grande faz Petrobras encomendar plataformas da China

Preocupada em acelerar a produção de petróleo e temendo atrasos na entrega de equipamentos, a Petrobras transferiu para o exterior parte das obras de, pelo menos, quatro plataformas para o pré-sal da Bacia de Santos. Contratados por mais de US$ 2 bilhões e regras de conteúdo local de até 70% para estimular a indústria local, os serviços foram iniciados na Indonésia e no estaleiro Cosco, em Dalian, na China.

No Brasil, o cronograma estava atrasado por deficiências nos estaleiros Inhaúma (RJ) e Rio Grande (RS). Uma parte trabalhosa do processo (troca de chapa), intensiva em mão de obra, será transferida para a China, com possível redução de postos de trabalho no Brasil.

Serão feitos no Cosco uma parcela da transformação (conversão) de três navios em plataformas (P-75, P-76 e P-77) para a área da cessão onerosa, que produzirá até 5 bilhões de barris no pré-sal. Também serão feitos no estaleiro chinês estruturas do casco de uma plataforma replicante (que repete exatamente o projeto de outro equipamento) para o pré-sal de Santos.

— Claramente este é um movimento da Petrobras para poder acelerar o desenvolvimento dos campos —disse o presidente da Odebrecht Óleo e Gás, Roberto Ramos.

A Petrobras também negocia no exterior para afretar (alugar), e não construir, as cinco plataformas (FPSOs) extras para a área da cessão onerosa. O afretamento facilita o cumprimento de meta de conteúdo local, pois a embarcação é computada dentro do cálculo para todo o sistema. A petroleira diz que não há decisão sobre afretamento. Mas a reportagem apurou que pelo menos duas unidades são negociadas com a SBM, de Mônaco, e com a Modec, japonesa.

Fontes do setor dão como certo que haverá descumprimento de conteúdo local nas obras subcontratadas ao estaleiro Cosco. A Petrobras, que precisará prestar contas à Agência Nacional do Petróleo (ANP), nega. "Não haverá descumprimento", afirma, em nota.

O grupo EEP, do estaleiro Inhaúma, responsável pela conversão das P-74, P-75, P-76 e P-77, também afirma que cumprirá o conteúdo local estabelecido no contrato com a Petrobras, prevendo até 35% de realização no exterior.

Se extrapolar os limites de conteúdo local na conversão, a compensação terá de ser feita na fase de montagem da planta industrial na plataforma (integração). "O conteúdo local é muito mais influenciado pela construção dos módulos e equipamentos para o processamento do petróleo", afirma a petroleira.

A decisão da Petrobras de recorrer à China já mostra que a companhia não está disposta a correr o risco de retardar o aumento de sua produção por causa dos atrasos da indústria nacional. O governo usa os contratos da Petrobras para reativar o setor naval. Mas, para acelerar o processo, foi necessário fazer as encomendas antes de os canteiros para as obras (dos estaleiros) estarem prontos. Com o avançar dos projetos, os gargalos da indústria nacional ficam mais evidentes.

A Petrobras reconhece que houve uma mudança de estratégia por causa da falta de disponibilidade dos dois estaleiros. No caso da plataforma replicante, parte do casco será feita no Cosco por causa do atraso nas obras de construção dos cascos, a cargo da Engevix, no Estaleiro Rio Grande. A Engevix não comentou. O contrato inclui oito cascos replicantes e soma US$ 3,1 bilhões.

O diretor de engenharia da Petrobras, José Figueiredo, esteve na China no fim de janeiro para vistoriar as obras e se certificar de que estão no prazo. Já foi iniciada no Cosco a troca de casco, limpeza e construção de módulos de acomodação, entre outros serviços, para as P-75 e P-77.

A P-76 passa por limpeza na Indonésia e depois segue ao Cosco. Os três navios nem sequer estiveram no Brasil, foram da Malásia direto para Indonésia e China. Apenas a P-74 segue o processo de conversão no estaleiro Inhaúma, no Rio.

As quatro plataformas da cessão onerosa, juntas, serão responsáveis por até 600 mil barris/dia, equivalente a 30% da atual produção da Petrobras. Estão programadas para entrar em 2016 e 2017 nos Campos de Franco 1, 2 e 3 e de Nordeste Tupi.

Segundo colocado na disputa para a conversão dos quatro navios para a área da cessão onerosa, o presidente da Andrade Gutierrez Óleo e Gás, Paulo Dalmazzo, diz que um descumprimento das regras de conteúdo local seria ilegal.

— Perdemos a concorrência por oferecer preço maior, pois iríamos fazer no Brasil. Para fazer no Exterior teríamos conseguido preço melhor do que o do vencedor. A Petrobras não pode rasgar uma concorrência — afirma Dalmazzo.

O consórcio formado pela Odebrecht, UTC e OAS, reunido no EEP-Inhaúma, venceu o contrato das quatro conversões com US$ 1,753 bilhão. A Andrade Gutierrez ofertou US$ 580 milhões a mais.

A ANP disse que, pelas regras contratuais, iniciará a fiscalização somente ao final de cada módulo da etapa de desenvolvimento. Se ao final da fiscalização for apurado o não cumprimento da meta estabelecida no contrato, a Petrobras será multada, informa a agência.

Fonte: Indústria naval e Offshore






quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Obras do estaleiro de São José do Norte, RS, começam até fevereiro




Contrato de autorização para o uso do cais foi assinado nesta terça-feira.
Investimento de mais de R$ 1 bilhão deve gerar 6 mil empregos diretos.


http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/rbs-noticias/videos/t/edicoes/v/seis-mil-vagas-de-emprego-serao-geradas-na-construcao-de-estaleiro-em-sao-jose-do-norte/2301597/

As obras do estaleiro de São José do Norte, no Sul do Rio Grande do Sul, devem começar, no máximo, até fevereiro de 2013. A empresa Estaleiros do Brasil (EBR) recebeu nesta terça-feira (18) a autorização para o uso do cais, como mostra a reportagem do RBS Notícias (veja o vídeo).
É com euforia que o município de apenas 25 mil habitantes já se prepara para receber o maior empreendimento de sua história. O novo estaleiro deve custar R$ 1 bilhão e gerar 6 mil empregos diretos.
O investimento foi anunciado há dois anos por um grupo de empresas privadas. A obra será três vezes maior que o Estaleiro de Rio Grande. O contrato para utilizar o cais foi assinado por cinco anos.
“Esse era o último empecilho que nós tínhamos para poder iniciar a implantação. Em janeiro ou no mais tardar fevereiro, as obras começam”, afirmou o presidente da EBR, Alberto Padilla.
O estaleiro vai construir módulos de plataforma da Petrobras que vão explorar o petróleo na camada pré-sal. O projeto será o primeiro na área portuária de São José do Norte. Além de inaugurar a nova fase, vai definir regras para futuros investimentos do Polo Naval de Rio Grande.
Para utilizar o cais, que é uma área pública, o estaleiro vai pagar quase R$ 3 milhões por ano à Superintendência do Porto. Outros dois projetos aguardam negociação para início das obras.
“Vai servir para todos os estaleiros que vierem a se estabelecerem aqui. É um protocolo que deixa claro, transparente, quanto se cobra, como é a regra do jogo, e certamente todos saem ganhando”, comentou o superintendente Dirceu Lopes.


ACIDENTE DURANTE A MONTAGEM DO FLARE DA P-62


A coisa não anda muito boa mesmo para o Estaleiro Atlântico Sul (EAS). Depois do João Cândido o navio que não navegava, agora um grave acidente durante a montagem do Flare da P-62 no estaleiro vai atrasar ainda mais a montagem da plataforma. A P-62, quando estiver pronta, vai operar no Módulo 4 do Campo de Roncador, na Bacia de Campos. É uma unidade do tipo FPSO capaz de produzir 180 mil barris de petróleo por dia, estocar 1,8 milhão de barris e comprimir 6 milhões de metros cúbicos de gás natural. A unidade ficará ancorada em profundidade d’água de 1.545 metros.

O Petronotícias teve acesso à sequência de fotos do acidente, felizmente sem vítimas;

1 – Início da Manobra de edificação do Flare no dia 15/12 às 06:00h. Início do içamento às 09:40h.


2 – Chegada do flare na base para a rotação e verticalização – 9:40h. Pino alinhado e início da verticalização – 11:30h


3 – Início do giro para 40º para atingir a máxima inclinação, para se utilizar a lingada do Módulo 01 para aproximar o flare e verticalizar (a manobra parava a cada segundo para se avaliar a carga nos pontos de içamentos) – 13:30h


4 – Final do cabo do Pórtico que não está na posição para o giro com a ajuda da lingada do módulo 01. Para terminar  a manobra, esperou-se a maré vazante, prevista para 23:50h.


5 – 18:30h – Início do primeiro rompimento de cabo e evacuação imediata de todos de Bordo


6 – Todos as pessoas evacuadas de bordo – 18:35h


7 – 19:30h – Início do rompimento do segundo cabo


8 – 19:40h – Rompimento do segundo cabo e queda do Flare


9 – Deformação no flare após a queda


10 – 23:00 h – Passagem do primeiro cabo para amarração do flare e inicio da remoção do flare para área de pré-edificação


11 – 01:50h – Término da colocação da terceira lingada e inicio do içamento do flare. Às 2:45h – Retirado do topo do flare da água e verificação que estava totalmente avariado


12 – 3:30h – Início da colocação da lingada da estrutura avariada do topo do flare com o auxilio de rebocador. Às 04:15h – Retirada total do flare da água e verificação da grave avaria


13 – 4:20 h – Verificação da avaria dos flares tips


14 – 05:30h – Içamento do flare na área de pré-edificação


sábado, 15 de dezembro de 2012

Espaço confinado




Espaço confinado, de maneira geral, é qualquer área não projetada para ocupação humana contínua e que possua meios limitados de entrada e saída. A ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e ou tem deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se desenvolverem.

Conforme a Nr 33, Espaço Confinado é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua; que possua meios limitados de entrada e saída; cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimeto de oxigênio.

Os trabalhos em áreas confinadas são uma das maiores causas de acidentes graves em funcionários. Seja por ocorrência de explosão, por incêndio ou asfixia, estes acidentes em muitos casos têm conseqüências fatais. Pesquisas realizadas pela OSHA (Norm Americana) revela que 90% do acidentes são causados por falta de oxigênio, ou seja por riscos atmosféricos.

A fim de minimizar e, se possível, eliminar tais acidentes, o trabalho em áreas confinadas foi normatizado através da ABNT 14.787 que, entre outras providências, exige a adequada ventilação dos espaços confinados. A exaustão e/ou insuflamento dos ambientes confinados tem como objetivo principal reduzir a concentração de substâncias tóxicas e/ou perigosas presentes na atmosfera do ambiente confinado, seja antes do início dos trabalhos seja no decorrer destes. Vale salientar que a ventilação é mais eficiente do que a exaustão, no caso deste segundo deve-se aplicar na fonte geradora, por exemplo em um serviço com solda, enquanto isso a ventilação fará a retirada de um todo no espaço, para este caso chamamos de sistemas combinados.

Outras definições de Espaço confinado, porém a titulo de conhecimento, por não constar da nossa norma em vigência, segue abaixo:

a) seja grande o suficiente e configurado de forma que o empregado possa entrar e executar um trabalho;

b) possua meios limitados ou restritos para entrada ou saída (por exemplo, tanques atmosféricos, vasos de pressão, torres de processo, reatores, silos, caixas de passagem, tanques de carga e lastro, fornos, entre outros);

c) não seja projetado para a permanência contínua de pessoas.

d) contém, conteve, ou tem o potencial armazenado para desencadear um risco, entre eles, o mais grave, é o risco atmosférico.

Os Riscos Atmosféricos dividem-se em atmosferas tóxicas, inflamáveis, deficiente de O2 e enriquecida de O2.

Critérios gerais



Todos os espaços confinados devem ser considerados inseguros para entrada, até que sejam providos de condições mínimas de segurança e saúde. Nesses espaços só é permitida a entrada após emissão de uma permissão para trabalho por escrito. Deve ser previsto treinamento para os trabalhadores quanto aos riscos a que estão submetidos, a forma de preveni-los e o procedimento a ser adotado em situação de risco, conforme norma ABNT NBR 14787. O Ministério do Trabalho e Emprego possui Norma Regulamentadora específica para espaços confinados, a NR 33. Deve existir sinalização (placa de advertência) com informação clara e permanente, proibindo a entrada de pessoas não autorizadas no interior do espaço confinado. Quando os trabalhos estiverem paralisados, além da sinalização de advertência, devem ser previstos dispositivos para impedimento da entrada no espaço confinado. Os trabalhos devem não só começar de maneira segura, mas devem sobretudo permanecer de maneira segura, e para isso, torna-se primordial uma boa APR (análise preliminar de riscos) que dará subsídio para a emissão da PET (permissão de Entrada e Trabalho) em espaços confinados. Com a evolução da tecnologia, e o desenvolvimento da segurança do trabalho, hoje podemos contar com um poderoso gerenciador de espaços confinados, que busca atender todos os requisitos da NR33, chamado SIEC, Sistema Integrado de Espaços Confinados, que centralizará todos os espaços confinados de uma unidade industrial, organizando as análises preliminares de riscos, e acima de tudo auxiliando o processo de gestão do responsável técnico da unidade, pois o SIEC gerencia os treinamentos obrigatórios, data de vencimento dos treinamentos de 16 horas e 40 horas, vencimento de ASO (atestado de saude ocupacional), sendo assim, podemos nos sentir mais seguros e organizados em relação à sistemas de gestão, indo ao encontro dos conceitos de OHSAS 18001 e ISO 14001.

Alem da NBR 14787 Mencionada acima tambem trata de assunto de espaço confinado a NBR 14606 Postos de Serviço -Entrada em Espaço Confinado que a muitos anos havia algo superior , algo denominado confinado.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.




De olho nos acontecimentos...

De olho nos acontecimentos...

Galo Até Morrer!!!

Galo Até Morrer!!!
Super Galo

Minha Princesinha

Minha Princesinha

Galerinha do Barulho rsrsrs...

Galerinha do Barulho rsrsrs...
Filhotes, Filhos

Minha vida

Minha vida
Família

EU E MINHA TURMINHA LINDA

EU E MINHA TURMINHA LINDA
FAMÍLIA