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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Ecovix perderá sonda da Sete Brasil

Reportagem da Revista Brasil & Energia revela que um novo corte na carteira da Sete Brasil deve atingir em cheio a Ecovix, que deve ter sua demanda de sondas reduzida de duas para uma unidade. Originalmente, o estaleiro, que assim como a empresa de sondas enfrenta sérios problemas financeiros, assinou contrato para construir três navios-sonda.A baixa de uma sonda foi determinada pela Petrobras e vinha sendo mantida em sigilo tanto pela petroleira, quanto pela Sete Brasil. De acordo com o plano em curso, outras 13 unidades da carteira da Sete Brasil serão construídas pelo Jurong, que fará sete navios-sonda, e o Brasfels, com seis semissubmersíveis. Os contratos dos dois estaleiros não foram alterados.
Com isso, se sobreviver à crise financeira que enfrentada desde o ano passado, a carteira da Sete Brasil terá apenas 14 unidades de perfuração e não as 15 divulgadas após corte do volume contratual inicial de 28 equipamentos . O consórcio Kawasaki- Odebrecht construirá outras quatro unidades no Estaleiro Enseada.
Não bastasse o atraso na construção das sondas e o fato de parte das obras terem sido remanejadas para o exterior, o futuro da Sete Brasil é ameaçado também pela relação custo benefício do negócio para a Petrobras. Diante da atual situação financeira da petroleira e da queda nos preços dos serviços praticados no setor, o afretamento dessas unidades perde o sentido econômico.
O custo de construção de cada uma das sondas da Sete Brasil irá girar em cerca de US$ 1 bilhão, bem acima do valor médio do mercado. Há até pouco tempo, esse custo oscilava no patamar de US$ 700 milhões a US$ 800 milhões, sendo que hoje é possível adquirir no mercado uma boa sonda de sexta geração usada por cerca de US$ 300 milhões. Diante do expressivo número de sondas em construção por ficarem prontas sem contratos, executivos do setor acreditam que será possível arrematar um equipamento novo pelo preço de US$ 350 milhões.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Plataforma P-67 inicia viagem de 4 meses para conclusão na China

Plataforma é a primeira a ser entregue desde o escândalo da Lava Jato. Outros cinco cascos devem ser construídos no estaleiro de Rio Grande.
Do G1 RS
Plataforma será rebocada até a China para que seja concluída (Foto: Mauricio Gasparetto / RBS TV)Plataforma será rebocada até a China para que seja concluída (Foto: Mauricio Gasparetto / RBS TV)
A plataforma P-67 começou nesta segunda-feira (28) a viagem de quatro a partir do estaleiro de Rio Grande, na Região Sul do Rio Grande do Sul, até a China, onde será finalizada. Esse é o primeiro projeto concluído desde o início da investigação da Operação Lava Jato, que apura desvios de recursos da Petrobras.
A P-67 tem dimensões consideráveis, com 353 mil toneladas, 288 metros de comprimento, 54 metros de largura e 31 metros de altura. A manobra para a retirada da estrutura teve início por volta das 10h. A plataforma foi puxada por seis rebocadores do cais do estaleiro até os Molhes da Barra. A viagem até a China será realizada por meio de dois rebocadores oceânicos.

Depois de finalizada em solo asiático, a P-67 retorna ao Brasil para ser usada na extração da camada do pré-sal, na Bacia de Santos, litoral paulista. A capacidade de produção será de 150 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás natural.
A Petrobras encomendou oito cascos iguais da Engevix, empresa envolvida no escândalo da Lava Jato. Este é o segundo casco a ficar pronto – o primeiro foi a P-66 entregue no final do ano passado.
A P-67, no entanto, deveria seguir para o Rio de Janeiro, onde seria finalizada em um estaleiro gerenciado pela empresa Mendes Júnior, também envolvida na Lava Jato. O atraso de mais de um ano nas obras fez com que a Petrobras mudasse de planos e resolvesse finalizar a plataforma na China.
Entre os outros seis cascos que ainda devem ser entregues está o da plataforma P-68. Entretanto, a construção da plataforma foi repassada para a China. A previsão é de que as demais sejam construídas no estaleiro de Rio Grande.
A construção da plataforma enviada para a China nesta segunda-feira (28) foi iniciada em abril de 2014, com a participação de quatro mil homens.

Fonte: G1


sábado, 24 de janeiro de 2015

Corrupção na Petrobras pagava apoio a governo, diz executivo

Projeto Cacimbas, da Engevix
Projeto Cacimbas, da Engevix: os advogados do empreiteiro afirmam ainda que o esquema foi montado pelo PT como instrumento para se manter no poder
A defesa do empresário Gérson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix Engenharia, uma das empreiteiras que são alvo da Operação Lava Jato, afirmou em documento entregue à Justiça Federal que superfaturamentos em contratos da Petrobras foram usados para bancar o "custo alto das campanhas eleitorais" e para que o governo federal pagasse parlamentares em troca de apoio no Congresso Nacional.
Os advogados do empreiteiro afirmam ainda que o esquema foi montado pelo PT como instrumento para se manter no poder.
O executivo está preso desde 14 de novembro do ano passado, junto com outros dez empreiteiros. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Para os investigadores, a Engevix integrava um "clube" de empreiteiras que atuava como cartel. As afirmações sobre o uso de contratos superfaturados da Petrobras para objetivos políticos constam de um documento de 85 páginas entregue à Justiça como resposta à acusação.
O documento dos advogados do vice da Engevix explicita algo que já vinha sendo dito nos bastidores pelos empreiteiros. Ele traduz a estratégia jurídica desse grupo: evitar que a Petrobras seja tratada como vítima de corruptores, no caso, os empresários, e tentar unir as duas frentes de investigação da operação - uma delas, a que inclui ex-diretores da estatal, doleiros e empreiteiros, é comandada pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal no Paraná; a outra parte, a que inclui os políticos com foro privilegiado, está sob a guarda do Supremo Tribunal Federal.
Ao dizer que a corrupção na Petrobras está intrinsecamente ligada a atividades do governo e de parlamentares, os empreiteiros tentam mostrar que o caso é indissociável, a fim de que tudo seja julgado diretamente pelo STF.
"Faz mais de 12 anos que um partido político passou a ocupar o poder no Brasil. No plano de manutenção desse partido no governo, tornou-se necessário compor com políticos de outros partidos, o que significou distribuir cargos na administração pública, em especial, em empresas públicas e em sociedades de economia mista", diz o documento da defesa do vice da Engevix, que é coordenada pelo criminalista Antônio Sérgio de Moraes Pitombo.
"O pragmatismo nas relações políticas chegou, no entanto, a tal dimensão que o apoio no Congresso Nacional passou a depender da distribuição de recursos a parlamentares. O custo alto das campanhas eleitorais levou, também, à arrecadação desenfreada de dinheiro para as tesourarias dos partidos políticos", prossegue o texto.
"Não por coincidência, a antes lucrativa sociedade por ações, Petrobras, foi escolhida para geração desses montantes necessários à compra da base aliada do governo e aos cofres das agremiações partidárias. Nessa combinação de interesses escusos, surgem personagens como Paulo Roberto Costa, que, sabidamente, passou a exigir porcentuais de todos os empresários que atendiam a companhia", afirma a defesa.
O documento tenta deixar explícito que os empresários eram alvos de achaques dos dirigentes da Petrobras, em especial de Paulo Roberto Costa, que dirigiu a área de Abastecimento da estatal entre 2004 e 2012.
"O que ele (Costa) fazia era ameaçar, um a um, aos empresários, com o poder econômico da Petrobras", diz o texto.
"Prometia causar prejuízos no curso de contratos. Dizia que levaria à falência quem contrastasse seu poder, sinônimo da simbiose do poder econômico da mega empresa com o poder político do governo."
'Contingência'
A defesa sustenta que a "exigência de Paulo Roberto Costa" foi a "força criadora do elemento coletivo". "Quem detinha contratos vigentes com a Petrobras sofreu achaque. Ainda que se admita, a título de argumentação, que teriam praticado crimes similares, é ínsito aos acontecimentos entender que a exigência de Paulo Roberto Costa - e demais brokers do projeto político de manutenção dos partidos na base do governo - colocou os empresários, todos, na mesma situação, não por vontade, não por intenção, mas por contingência dos fatos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: EXAME.com
      

As empresas prejudicadas pela crise da Petrobras até agora

P-36, plataforma de petróleo da Petrobras, inclinada e afundando após explosões, localizada em Campos de Roncador, na Bacia de Campos
Petrobras: 12.000 funcionários de fornecedoras da estatal demitidos em dois meses
Enquanto a Petrobras e as empresas envolvidas na Operação Lava Jato aguardam a investigação da Justiça, outra sentença (custosa para toda a economia brasileira de imediato) está sendo dada pelo mercado.
Com executivos na cadeia e projetos parados, as fornecedoras da Petrobras já começaram a sentir o baque do escândalo.
Obras paradas, processos adiados, demissões, crédito escasso e menos investimento é o cenário que se desenha para elas.
Até agora, 23 empreiteiras foram indiciadas por envolvimento na operação, deflagrada no ano passado, e que investiga corrupção na Petrobras.
De acordo com reportagem da Revista EXAME, mais de 6.000 empresas são fornecedoras da estatal, muitas delas com o risco de sofrerem um reflexo da crise.
Veja, a seguir, alguns negócios e empresas já prejudicados pelas investigações de corrupção.
Demissões em massa
Responsáveis por grandes obras de infraestrutura, as 23 empreiteiras investigadas pela Justiça empregam, juntas, 350.000 pessoas.
Mas, com obras paradas, funcionários já começaram a perder o emprego. A estimativa dos balanços das centrais sindicais é que mais de 12.000 funcionários tenham sido demitidos em todo o país em menos de dois meses.
O número deve aumentar com o tempo e o desenrolar das investigações.
Tomé Engenharia
Os aditivos de obras já contratadas pela Petrobrás que não foram pagos prejudicaram os negócios da Tomé Engenharia, cujos maiores contratos tinham sido assinados com a estatal.
A empresa, tradicional do setor de óleo e gás, anunciou na semana passada que irá fechar as portas.
Sem receber os valores de aditivos contratuais com a estatal, e sem conseguir crédito no mercado, a Tomé alega não conseguir sustentar seu negócio.
Alumini Engenharia 
Depois de não pagar os funcionários que trabalham nas obras das refinarias Abreu e Lima e ter suas contas bloqueadas na Justiça, a Alumini Engenharia, empresa do grupo Alusa, pediu recuperação judicial.
O pedido foi protocolado na quinta-feira, dia 16, na 2 ª Vara de Falências em São Paulo, no bairro da Vila Olímpia.
Em comunicado, a empresa afirmou que“a decisão foi tomada após várias tentativas infrutíferas da empresa de receber seus créditos referentes a serviços prestados à Petrobras”.
Galvão Engenharia
A empresa também teria de paralisar uma obra e demitir 3.500 pessoas depois de a Petrobras rescindir o contrato feito em parceria com a chinesa Sinopec para a construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul.
A construtora teria de receber cerca de 900 milhões de reais em aditivos da estatal, segundo informações do PetroNotícias, boletim especializado no setor de petróleo.
OAS
Empresas cujos negócios são mais dependentes do governo correm mais risco de serem prejudicadas pela crise. É o caso da OAS, que tem 30% de sua receita proveniente de contratos com o setor público – e atualmente, uma dívida estimada em 8 bilhões de reais.
Vender ativos e reduzir despesas estão no plano da construtora desde o início do ano.
A agência Fitch rebaixou duas vezes, em uma semana, a nota de crédito da companhia e a preocupação é de a empresa também entrar com pedido de recuperação judicial em breve.
"Estamos hoje em negociação com todos os nossos credores e apresentaremos um plano aos mesmos nas próximas semanas", disse a empresa à EXAME.com.
UTC
Além de ter seus contratos prejudicados no país, a UTC teve cancelado um contrato para a construção de uma plataforma de petróleo de 250 milhões de dólares pela Pemex, a petroleira estatal do México. As informações são da coluna de Lauro Jardim.

No início do mês, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, escreveu uma carta, obtida e divulgada pela Revista Veja, em que afirma que esquema de corrupção instalado na Petrobras era na essência político.

Fonte: EXAME.com

Estaleiro EBR mantém obra em São José do Norte com dificuldades


O impacto da Operação Lava Jato (que investiga a corrupção na Petrobras e em contratos firmados pela estatal) no setor da construção naval também pode ser sentido na Metade Sul gaúcha. Apesar de a companhia Estaleiros do Brasil (EBR) seguir com a implantação do seu estaleiro no município de São José do Norte, a empresa está aportando recursos próprios no empreendimento devido à suspensão de repasses provenientes do Fundo da Marinha Mercante. Outra questão pendente é a possibilidade de atrasar a finalização da integração dos módulos no casco da plataforma de petróleo P-74, que será feita no complexo.

O vice-prefeito de São José do Norte, Francisco Elifalete Xavier, comenta que a comunidade está vivendo uma mistura de otimismo com receio. O dirigente revela que, recentemente, conversou com o presidente da EBR, Alberto Padilla, e o executivo confirmou que havia uma grande dificuldade para a liberação de recursos oriundos do Fundo da Marinha Mercante. Conforme Xavier, esse repasse atualmente está suspenso. Hoje, o empreendimento está andando com recursos próprios, o que causa uma preocupação”, frisa o vice-prefeito. O dirigente também enfatiza que essa prática tem um limite e se a situação perdurar por mais de 90 dias ficará mais complicada.

Xavier ressalta que não há previsão de dispensa de funcionários. No entanto, o aumento do número de trabalhadores que deveria ocorrer no começo deste ano não acontecerá. O vice-prefeito descarta a possibilidade de um retrocesso, com o encerramento das atividades, mas teme o retardo das ações e o reflexo na geração dos empregos. O dirigente ainda comenta que, até o momento, já teriam sido aplicados cerca de R$ 300 milhões no empreendimento.

Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a assessoria da EBR informou que, por enquanto, a companhia não está se pronunciando para a imprensa. O grupo Toyo Setal (controlador da EBR) firmou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal quanto ao esquema de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato. Antes da EBR impor esse período de silêncio, em maio de 2014, o presidente da empresa afirmou que aproximadamente 75% das obras do estaleiro (que iniciaram em setembro de 2013) já haviam sido concluídas. O término do empreendimento estava previsto para este mês de janeiro.

Para 2015, no pico dos trabalhos na P-74, a estimativa era de que cerca de 3 mil pessoas estariam trabalhando na unidade. Padilla disse ainda que o cronograma previsto para a plataforma deveria ser cumprido com a entrega da P-74 para a Petrobras no próximo mês de dezembro.

Atualmente, a EBR está desenvolvendo as obras do próprio estaleiro e adiantando os trabalhos que são possíveis da P-74, antes da chegada do casco da estrutura que está sendo preparado no Rio de Janeiro. No momento, estão atuando no complexo em torno de 700 trabalhadores. De acordo com dados do site da EBR, a companhia está investindo R$ 500 milhões nas primeiras etapas de construção de seu estaleiro localizado no Rio Grande do Sul. A unidade terá capacidade de processar 110 mil toneladas de aço por ano e cais com 820 metros lineares para executar serviços de integração em duas plataformas FPSOs (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo) simultaneamente.

Transporte dos funcionários de Rio Grande a São José do Norte é feito com auxílio de lanchas

Um dos pleitos da prefeitura e de trabalhadores de São José do Norte é que a EBR aproveite o máximo possível de mão de obra da região. Na semana passada, metalúrgicos fizeram uma manifestação para sensibilizar a empresa sobre isso. O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte (Stimmmerg), Sadi Machado, adianta que uma reunião foi marcada para amanhã para discutir o assunto. Porém, o sindicalista enfatiza que uma reivindicação cobrada já foi atendida: o transporte de funcionários entre Rio Grande e São José do Norte através de uma lancha exclusiva. O veículo deverá ser disponibilizado até o final do mês.
Apesar da Operação Lava Jato, Machado informa que o dia a dia de trabalho permanece normal. Porém, há um clima de insegurança. O sindicalista detalha que a EBR, aparentemente, não demitiu, ao contrário do que houve no estaleiro da Ecovix, em Rio Grande, que desmobilizou em torno de 2 mil trabalhadores. O vice-presidente do sindicato diz que atualmente são cerca de 6 mil funcionários atuando na Ecovix e há rumores de que a companhia planeja enxugar o quadro para atingir o patamar de 4,5 mil pessoas. “Será um impacto enorme se isso ocorrer.” 

O dirigente acredita que parte da mão de obra, se houver demissões em Rio Grande, pode ser assumida pela EBR.

O vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) na região Sul, Eduardo Krause, não crê em fechamentos de unidades de construção naval em Rio Grande. “O que estou visualizando é uma diminuição em um período, como acontece com qualquer pessoa física ou jurídica que fica combalida”, compara. Para o dirigente, a situação é passageira. Krause, que esteve na semana passada visitando o estaleiro da EBR, constatou que o complexo está operando normalmente. No entanto, admite que a empresa sofrerá dificuldades. “Todos eles (estaleiros) fizeram operações, absolutamente legais, no Fundo da Marinha Mercante, que foram aprovadas, publicadas no Diário Oficial da União e o repasse não está vindo”, comenta.
Krause vê esse contexto com naturalidade, devido à Operação Lava Jato, e classifica como um obstáculo temporário. “É algo de uma órbita que não é a da indústria, é uma questão, vamos chamar de criminal, que o Judiciário está examinando, que não vai impedir de o País andar para frente”, argumenta. O dirigente ainda acrescenta que as maiores reservas nacionais de petróleo e de gás estão localizadas, justamente, no mar e, portanto, terão que ser tomadas medidas para prospectar esses recursos, como é o caso da construção já prevista de navios e plataformas.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Em crise, Engevix estuda venda de aeroportos, hidrelétricas e estaleiro

Assim como outros investigados pela Operação Lava-Jato, o grupo Engevix (ou Jackson Empreendimentos) enfrenta fortes dificuldades para obter crédito no mercado para suas operações. Em meio à pior crise de sua história, a companhia prepara a venda de parte de seu portfólio para levantar caixa.

Conforme apurou o Valor, o grupo atualmente estuda diferentes possibilidades de vendas, localizadas em três dos quatro principais braços de atuação. Mas a intenção é se desfazer de apenas alguns dos ativos analisados. Com R$ 3,3 bilhões de faturamento (ao fim de 2013, dado mais recente disponível), a holding estuda até sair totalmente de uma de suas subsidiárias - a de energia.

Entre as oportunidades estudadas, está a venda da participação no estaleiro Ecovix (R$ 1,8 bilhão em faturamento ao fim de 2013). Essa companhia tem dois contratos com a Petrobras e com a Sete Brasil para a construção de três sondas de perfuração e oito cascos para plataformas do pré-sal. O estaleiro fica em Rio Grande (RS). A previsão, até há alguns meses, era que todas as unidades para a petroleira entrassem em operação até 2017. Procurado, o grupo não confirmou as informações.

Em 2013, um grupo de cinco empresas japonesas lideradas pela Mitsubishi Heavy Industries (MHI) comprou 30% da Ecovix por cerca de US$ 300 milhões, o que daria inicialmente à participação da Engevix um valor de US$ 700 milhões - valor que pode mudar conforme avaliação financeira de compradores eventualmente interessados.

Outra opção estudada pelo grupo é a venda da Desenvix, de energia (R$ 211 milhões em receita ao fim de 2013). Seus atuais acionistas são a Engevix (com 40,65%, por meio de um fundo), a norueguesa Statkraft (40,65%) e o fundo de pensão Funcef (18,7%). Neste caso, a compradora pode ser a própria Statkraft - que já teria manifestado interesse na fatia antes mesmo de a Operação Lava-Jato surgir. Maior geradora de energia renovável da Noruega, a companhia possui 391 usinas com capacidade total de 17,6 mil MW em mais de 20 países.

Quando entrou no negócio, em março de 2012, a Statkraft investiu R$ 725 milhões (valor da época). Com base nesse montante e na correção monetária, a Engevix poderia arrecadar cerca de R$ 850 milhões caso decida vender toda a participação na Desenvix. Mas o grupo também avalia vender, em vez de toda a fatia na empresa, apenas algumas de suas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).


Além de Desenvix e Ecovix, o grupo estuda a venda de ativos da Infravix (não foi divulgado o faturamento ao fim de 2013), conforme o Valor já noticiou. Essa companhia tem 51% da Inframérica, controladora dos aeroportos de Brasília (DF) e São Gonçalo do Amarante (RN). O mercado acompanha com interesse o assunto, sobretudo em relação ao terminal da capital federal. Já o empreendimento nordestino ainda é visto com pouco potencial de crescimento, o que pode limitar grandes propostas. Além dos aeroportos, a Infravix tem participação na ViaBahia, concessionária de rodovias.


O único braço principal que não é alvo de estudos para venda é a Engevix Engenharia, companhia criada há 50 anos para atuar principalmente em projetos. Depois transformada em construtora, a empresa foi responsável por alavancar os demais negócios.

Desde 1997, são donos do grupo o trio de engenheiros José Antunes Sobrinho, Cristiano Kok e Gerson de Mello Almada (Jackson, inclusive, é uma junção dos nomes dos três). Almada está preso pela Polícia Federal. Kok sofreu condução coercitiva (quando o alvo deve acompanhar os agentes para depoimento). A sede da empresa, em Barueri (região metropolitana de São Paulo), passou por ação de busca e apreensão.

Outros grupos investigados na Lava-Jato também encontram dificuldades na obtenção de crédito no mercado. Conforme o Valor adiantou em dezembro, a OAS estuda a vender diferentes ativos em seu portfólio, como a fatia de 25% na Invepar - que controla o aeroporto de Guarulhos. As declarações foram dadas a credores por Fábio Yonamine, presidente da OAS Investimentos.

Fonte: Valor Econômico/Fábio Pupo | De São Paulo

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Porto da Capital receberá estaleiro (RS)


Após a desistência da Ecovix e da Irigaray do projeto de instalação uma unidade para fabricação de módulos de plataformas de petróleo em Porto Alegre, anunciada no começo deste mês, não foi necessário esperar muito para que um empreendimento similar preenchesse o espaço deixado. A Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) e a empresa MB Serviços de Manutenção e Reparos Industriais assinam amanhã um acordo de intenções para implantação de um novo estaleiro na Capital.
O diretor de portos da SPH, Paulo Astrana, esclarece que a acomodação da companhia acontecerá em duas áreas: ao lado do Centro de Treinamento (CT) do Grêmio, no Cais Marcílio Dias, e outra próxima à rodoviária, no final do Cais Mauá e começo do Cais Navegantes. A primeira abrangerá 9,8 hectares e a outra 3,6 hectares. Inicialmente, a MB irá ocupar justamente o terreno que seria destinado às empresas Ecovix e Irigaray, ao lado da rodoviária. O espaço será utilizado de forma provisória, pois já está pronto para ser aproveitado. No outro, junto ao complexo gremista, ainda é necessário fazer a terraplenagem e preparar o terreno para a implementação da estrutura. Quando as obras forem concluídas, a MB deverá ficar apenas com essa última área.
Astrana comenta que o início da construção das unidades dependerá de quando será obtida a autorização da Agência Nacional de Transporte Aquaviários (Antaq). O investimento na iniciativa será na ordem de R$ 40 milhões a R$ 50 milhões, gerando entre 500 empregos diretos e 500 indiretos na operação. A empresa, que tem sede na cidade de Itaboraí, no Rio de Janeiro, pretende deslocar a operação que desenvolve hoje no porto de Itajaí (SC).
De acordo com o diretor de portos da SPH, um dos motivos para a companhia vir para o Estado é a vantagem de ficar mais perto do polo naval de Rio Grande. Além disso, o dirigente cita o incentivo que o governo gaúcho está concedendo para a instalação das empresas na região. O decreto 51.103/14, publicado no Diário Oficial do Estado, estabeleceu o Polo Naval do Guaíba e deve facilitar o desenvolvimento de empreendimentos como esse.
Os módulos fabricados em Porto Alegre pela MB serão transportados pelo modal hidroviário para serem integrados, em outros locais, às plataformas de petróleo. Astrana destaca que a atividade do grupo significará um grande impulso para o porto gaúcho e salienta que o acordo será firmado no dia do aniversário da SPH, que completa 63 anos.
Casco da P-66 sai de Rio Grande no próximo mês
O casco da plataforma de petróleo P-66, encomendada pela Petrobras e que está sendo desenvolvido em Rio Grande, deve deixar a cidade antes do final do próximo mês. A estrutura seguirá para Angra dos Reis, onde será feita a parte de integração e complementação.
Esse é um dos oito cascos para plataformas FPSOs (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo) que a Ecovix, responsável pelo Estaleiro Rio Grande (ERG), está trabalhando. A P-66 já deveria ter sido encaminhado no dia 28 de junho para o Rio de Janeiro e terá comprimento total de 288 metros. O empreendimento terá capacidade de processamento de 150 mil barris diários de óleo e 6 milhões de metros cúbicos ao dia de gás.
Fonte: portosenavios / Jornal do Commercio (POA)/Jefferson Klein

sábado, 6 de setembro de 2014

Ecovix desiste de nova planta de construção naval cancelada

A planta para a fabricação de módulos de plataformas de petróleo que a companhia Ecovix, em conjunto com o grupo Irigaray, iria construir na capital gaúcha não sairá mais do papel. De acordo com nota divulgada pela Ecovix, “por razões estratégicas, a empresa optou por manter os investimentos no projeto de Rio Grande (município onde opera um estaleiro), descontinuando a ação em Porto Alegre”.

Em março desse ano, o presidente da Ecovix, Gerson Almada, acreditava que o empreendimento na Capital iria conquistar o seu licenciamento ainda em 2014. No entanto, a demora em conseguir a liberação fez com que o grupo repensasse a iniciativa. Anteriormente, a ideia era de que o complexo de Porto Alegre servisse de apoio ao estaleiro que a companhia possui em Rio Grande.
Posteriormente, a empresa cogitou que a estrutura tivesse uma formatação própria, disputando licitações, focada em módulos de plataformas de petróleo e outras unidades de apoio. Almada estimava que o empreendimento, que ficaria localizado próximo à Cesa e à rodoviária de Porto Alegre, absorveria um investimento entre R$ 80 milhões a R$ 100 milhões.

Fonte:Jornal do Commercio (POA)

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Estaleiro gaúcho é base para construção de cascos de plataformas


O Estaleiro Rio Grande 1 (ERG 1), no Rio Grande do Sul,  é base para a construção de cascos de plataformas de petróleo. Atualmente, a P-66, que vai operar no pré-sal da Bacia de Santos, é a plataforma mais adiantada do estaleiro. E o avanço físico real acumulado de todas as atividades do Rio Grande chegou ao patamar de 97,15%.

Até o final de 2016, estão na carteira do Estaleiro Rio Grande 1 a construção de cascos das plataformas, do tipo FPSO, denominados replicantes: P-66, P-67, P-68, P-69, P-70, P-71, P-72 e P-73. Os replicantes são construídos em série com conceito de repetibilidade, ou seja, o mesmo projeto é executado várias vezes a fim de diminuir custos e prazos. Para cumprir os compromissos com a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e incentivar a indústria naval brasileira, o projeto estabeleceu conteúdo nacional de 70% para cascos, média entre 69,5% e 85,5% para módulos e 74% para as integrações.

Em operação desde outubro de 2010, o Estaleiro Rio Grande 1 (ERG 1) ocupa uma área total de 430 mil metros quadrados e tem o maior dique seco da América Latina, com 350 metros de comprimento e 130 de largura, o que possibilita a construção simultânea de dois FPSOs (unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência de óleo e gás).

Até 2020, investiremos US$ 100 bilhões na indústria naval por conta do crescimento das atividades de exploração e produção, principalmente em função do desenvolvimento de campos do pré-sal. Hoje, o país conta com dez estaleiros de médio e grande porte em atividade e mais quatro estão em construção, todos com projetos nossos em suas carteiras. Em 2003, eram apenas dois em funcionamento. Cada um destes estaleiros está sendo capacitado para suprir a nossa crescente demanda.

Fonte: Fatos e Dados / Portos e Navios

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Empresa de guindastes inicia obras na Capital (Porto alegre)

    

Depois de um ano de espera, a primeira de duas empresas interessadas em instalar empreendimentos ligados à indústria naval em Porto Alegre lança hoje a pedra fundamental para o início das obras. A joint venture criada pela Koch Metalúrgica e a austríaca Palfinger conseguiu vencer todas as exigências burocráticas que emperravam a instalação de uma unidade de montagem e teste de guindastes próxima à ponte do Guaíba.
Conforme explica a gerente-geral da Palfinger na América do Sul, Suzana Barros, inicialmente, serão investidos US$ 2 milhões na área. O interesse da empresa partiu de um contrato para a produção de 28 guindastes destinados a sete navios de perfuração de petróleo (drillships) em construção no estaleiro Jurong, pertencente à Aracruz.
Como a contratante está sediada no Espírito Santo, a companhia chegou a cogitar a instalação em outras áreas localizadas no estado capixaba. “Foi demorado, mas trabalhamos nesse projeto há um ano e meio desde que fomos contemplados com ele. Consideramos outras áreas, mas o apoio do governo do Estado, via AGDI, e também da Fiergs, nos fez acreditar na concretização da planta”, comenta.
Segundo a executiva, as obras começarão logo depois da Licença de Instalação (LI), concedida na segunda-feira passada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam). A previsão é de que as operações efetivas se iniciem dentro do prazo de quatro meses. “O primeiro contrato é para sete navios de perfuração, que necessitam de 28 guindastes. Já estamos em outras concorrências que foram viabilizadas em razão dessa nova área”, destaca. De acordo com Suzana, os primeiros guindastes (destinados a quatro navios) utilizarão 60% de conteúdo local. Em seguida, o percentual será ampliado para 65% (nos três navios restantes).
O outro projeto interessado na área portuária, da Ecovix, em conjunto com o Grupo Irigaray, serviria de apoio ao estaleiro que a empresa administra em Rio Grande. No entanto, a diretoria já declarou que os atrasos nas liberações de licenças foram responsáveis por uma revisão dos objetivos da unidade, que deve ser instalada em um terreno próximo à Cesa e à rodoviária da Capital.
Em março, o presidente da Ecovix, Gerson Almada, afirmou ao Jornal do Comércio que os investimentos, estimados entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões, seriam utilizados em um complexo de formatação própria, focado em disputar licitações de plataformas de petróleo e outras unidades de apoio.
Fonte: Jornal do Commercio (POA)

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Atrasos preocupam investidores da área de óleo e gás no estado do Rio Grande do Sul

Não são as repercussões na Petrobras quanto à compra da refinaria de Pasadena ou o fato de ser um ano eleitoral os pontos que assustam os empreendedores do setor nacional de óleo e gás. O que causa mais receios nos operadores desse segmento é o descumprimento de cronogramas dentro dessa cadeia. O coordenador do Comitê de Competitividade em Petróleo, Gás, Naval e Offshore da Fiegrs, Marcus Coester, considera que a maior preocupação são os atrasos no processo produtivo. O dirigente argumenta que isso impacta os resultados da Petrobras e a capacidade de reinvestimento da estatal.
Uma companhia que está enfrentando dificuldades para atender aos cronogramas pré-estabelecidos é a Ecovix, responsável pelo complexo Estaleiro Rio Grande (ERG).
A empresa possui a encomenda de oito cascos para plataformas FPSOs (unidades flutuantes que produzem e armazenam petróleo) e de três navios-sonda. O primeiro desses cascos, o da plataforma P-66, deveria ser encaminhado no dia 28 de junho para Angra dos Reis, onde será feita a parte de integração e complementação. No entanto, a estrutura somente seguirá para o Rio de Janeiro em setembro.
O diretor da Ecovix Alexandre Canhetti informa que não está descartada a possibilidade de que alguns serviços que deveriam ser feitos em Rio Grande sejam concluídos em Angra. Se isso se confirmar, a companhia enviará um grupo de funcionários para completar a tarefa.
Entre os fatores que provocaram o adiamento estão paralisações de trabalhadores e a demora no fornecimento de matérias-primas como, por exemplo, tubulações.
Outro casco que pode sofrer com a demora é o da P-68. Uma alternativa para evitar que isso ocorra é fazer na China parte da plataforma. “Isso ainda está em análise”, admite Canhetti. O executivo argumenta que, se acontecer, a empresa recuperará os prazos originais das outras demandas. O prazo de entrega da P-68 seria o primeiro trimestre do próximo ano. Se o trabalho for dividido com empresas asiáticas, lá será focado o serviço no casco e o Rio Grande do Sul ficaria responsável pela parte de softwares e outros equipamentos.


Assim como a plataforma, a construção do complexo chamado ERG 3 também está aquém do desejado. A estrutura compreende um enorme almoxarifado e servirá para desocupar áreas do ERG 1 e ERG 2 (onde estão localizados o cais e o dique seco do estaleiro). Canhetti comenta que a empresa aguarda a licença do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para iniciar efetivamente as obras.
Apesar dessas dificuldades, ontem, a Ecovix teve uma boa notícia que foi o final da paralisação dos trabalhadores do estaleiro de Rio Grande, iniciada na segunda-feira, devido à reivindicação de ganho salarial.
O executivo comentou durante o Congresso Internacional Navegar, promovido pela Revista Conexão Marítima, em Porto Alegre, que a mão de obra continua sendo um gargalo para as empresas do setor na Metade Sul gaúcha. No entanto, o cenário tem melhorado.
Antigamente, o desafio era conseguir pessoal. Hoje, é atrair o profissional mais qualificado e, de preferência, morador da região. Além de desenvolver a economia local, a estratégia evita o problema do “êxodo” de muitos trabalhadores de origem nordestina, que preferem deixar o Rio Grande do Sul quando o frio do inverno chega. Quanto a empecilhos de infraestrutura, o dirigente cita a interrupção dos voos regulares até Rio Grande, com o aeroporto só recebendo aeronaves esporadicamente.
De acordo com o coordenador do Comitê de Competitividade em Petróleo, Gás, Naval e Offshore da Fiegrs, o Rio Grande do Sul registra atualmente mais de US$ 10 bilhões em encomendas dessa área. Para Coester, é importante que o Estado persista na consolidação dessa indústria.

Estaleiro de São José do Norte tem cerca de 75% das obras feitas
Com a encomenda da integração dos módulos no casco da plataforma de petróleo P-74 garantida, o grupo Estaleiros do Brasil (EBR) segue a construção do seu estaleiro em São José do Norte. O presidente da empresa, Alberto Padilla, informa que aproximadamente 75% das obras do complexo (que iniciaram em setembro de 2013) já foram concluídas.
O executivo enfatiza que, mesmo sem estar totalmente finalizado, o estaleiro já está operando, no que considera a sua primeira fase. O término total do empreendimento deverá ocorrer em janeiro do próximo ano. Hoje, com a implantação do estaleiro e na operação em geral do projeto da P-74 estão sendo gerados 1,32 mil empregos. Em 2015, no pico dos trabalhos na P-74, serão cerca de 3 mil pessoas atuando no local. Segundo Padilla, o cronograma da plataforma deve ser cumprido com a entrega da estrutura para a Petrobras em dezembro de 2015.

Abenav prevê mais de US$ 100 bilhões em negócios até 2020
O momento para a indústria naval e offshore (plataformas e sondas de petróleo) no País continua muito bom, afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Construção Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça. Até 2020, conforme a instituição, a demanda para a área no Brasil deve chegar a US$ 118 bilhões. No ano passado, o setor gerou cerca de 70 mil postos diretos de trabalho e, para 2016, a expectativa é atingir em torno de 100 mil empregos.
Quanto ao Rio Grande do Sul, o dirigente ressalta que o Estado já é o segundo polo naval brasileiro, atrás somente do Rio de Janeiro, com um enorme potencial para continuar crescendo. O integrante da Abenav acrescenta que para a indústria nacional, olhando para um horizonte mais distante, há um fator muito importante que é o pré-sal, que pode significar o desenvolvimento sustentável do setor no futuro. “A gente não pode olhar o assunto no dia de hoje, principalmente na nossa indústria em que o prazo de maturação dos projetos é muito longo.”
Atualmente, Mendonça admite que a Petrobras vive um momento delicado. Contudo, o dirigente não vê isso como um grande obstáculo para o segmento naval, o que pode causar transtornos é o preço do petróleo cair. Sobre a aquisição de equipamentos com conteúdo nacional por parte dos estaleiros, Mendonça adverte que as empresas não conseguirão ser competitivas, se os fornecedores delas não forem competitivos.
Segundo o dirigente, pelo lado dos estaleiros, não está se percebendo dificuldades para atingir os níveis de conteúdo local contratados, que, muitas vezes, chegam ao índice de 65%. Os empecilhos encontram-se em alguns itens e materiais específicos como, por exemplo, queimadores. Porém, Mendonça reforça que, em algumas situações, a diferença de preços dos fornecedores brasileiros é muito grande em relação aos concorrentes internacionais, o que afeta a competitividade.

Fonte: Jornal do Commercio (POA)/Jefferson Klein

terça-feira, 8 de abril de 2014

Polo naval de Rio Grande deve ter novas contratações somente em setembro de 2014

Polo naval de Rio Grande deve ter novas contratações somente em setembro Marcio Gandra/Especial
Na Quip, catracas foram desativadas em função do número menor de trabalhadores. Foto: Marcio Gandra / Especial

Admissões foram adiadas por cinco meses, e chegada de cascos deve atrasar ainda mais!!!

Ao zarpar do polo naval de Rio Grande, no sul do Estado, para operar na Bacia de Campos, em 4 de dezembro passado, a plataforma P-58 deixou uma lacuna no índice de emprego, com a rescisão do contrato de mais de 5 mil trabalhadores. As demissões, à época não causaram pânico: a expectativa era de que houvesse nova leva de contratações em quatro meses, mas agora a perspectiva é de que a espera se estenda até o final do ano.
No Estaleiro Rio Grande, onde opera a Ecovix/Engevix, cerca de 7,5 mil funcionários trabalham na construção de oito cascos fabricados em série — chamados de "replicantes" — que precisam ser entregues à Petrobras até 2016. Fontes da empresa asseguram que o cronograma está sendo cumprido.
As mudanças alcançaram a empresa pioneira na cidade: o consórcio Quip, formado por quatro grupos, virou QGI Brasil. A nova marca ainda não foi lançada oficialmente, mas já há até esboços do logotipo. De Queiroz Galvão, Iesa, UTC Engenharia e Camargo Corrêa, só sobraram os dois primeiros, e o segundo enfrenta problemas financeiros.
O número de trabalhadores também minguou: do pico de 12 mil no início do ano passado, quando havia três obras simultâneas — as plataformas P-63, P-58 e P-55 —, sobraram apenas 400 vinculados às áreas administrativa e de manutenção. Mais de 6 mil deveriam começar a engordar esse número a partir de abril, quando teriam início os preparativos para a construção das plataformas P-75 e P-77. Mas as admissões ficaram para setembro. Muitos operários que esperavam ficar em Rio Grande à espera de novas vagas já estão desistindo.
— Temos gente aqui que optou por trabalhar no comércio para poder se sustentar até que as contratações recomecem — relata Benito Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande, que atribui aos problemas no polo a crise hipertensiva que lhe rendeu um infarto durante as mobilizações da categoria.
Trabalhadores buscam alternativas para sobreviver
Fabiane da Hora, 32 anos, era uma dos 24 mil filiados ao sindicato dos metalúrgicos ano passado, número que atualmente está abaixo de 10 mil. Há dois anos, ela chegou de Santo Amaro, interior da Bahia, em busca de oportunidades de trabalho. Com a rescisão do contrato como soldadora, ela se recusa a procurar alternativa de renda em outras áreas que não a da profissão que escolheu e com a qual, pelo menos até então, estava satisfeita. Decidiu ir embora de Rio Grande.
— Estou de mãos atadas, sou obrigada a ir para casa. Já acabou o que eu tinha de reserva para me manter aqui, nesta cidade que está cara demais — afirma, completando que paga, mensalmente, "uma grana preta" de aluguel em um apartamento no bairro Cidade Nova, a 10 minutos do Centro, sem informar a quantia.
De acordo com Pedro Gomes da Silva Neto, dono de uma das maiores imobiliárias da cidade, o preço mensal dos aluguéis chegou a dobrar em dois anos, devido à expansão do polo naval. Nos últimos meses esses valores estariam baixando muito devido à evasão dos operários:
— Antes, tínhamos disputa por um apartamento de dois quartos por R$ 2,8 mil por mês. Hoje, o aluguel desse mesmo apartamento está em R$ 1,8 mil e não há interessados.
Afora a insatisfação dos metalúrgicos e a queda de pelo menos 30% no número de passageiros no transporte público, a desmobilização não chega a trazer impacto à rede hoteleira, que não observou queda no movimento, ou ao comércio. Conforme o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio Grande, Renato Lima, entre março de 2013 e o mês passado houve redução de apenas 5% nas consultas à crediário no comércio.
Efeito cascata
Desde que interrompeu os trabalhos por falta de pagamento aos funcionários do polo naval de Charqueadas, a Iesa Óleo e Gás teria atrasado a entrega de oito dos 24 módulos que serão utilizados para equipar os cascos que estão sendo construídos em série no Estaleiro Rio Grande. Fontes do setor naval na cidade afirmam que o polo só corre risco de enfrentar problemas mais graves caso a Petrobras cancele parte ou todos os investimentos.
Em nota, a estatal afirmou que está "tomando ações para mitigar o atraso da construção dos módulos e que não existe risco de suspender as construções no Estado". A Iesa é sócia minoritária da nova QGI. Se a situação da empresa se complicar e for preciso deixar o consórcio, a hipótese mais provável é que a Queiroz Galvão cubra sua participação.
As estruturas para as obras no estaleiro da QGI devem chegar no segundo semestre. Os cascos, vindos da China, a partir de 2015. Conforme a Petrobras, a previsão para a chegada da P-75 em Rio Grande é no segundo semestre do próximo ano, e a P-77, nos primeiros meses de 2017.
Fonte: Zero Hora

domingo, 6 de abril de 2014

Casco de plataforma da Petrobras deixa dique no RS (P66)

Petrobras plataforma P-66 estaleiro

A Petrobras iniciou, na manhã deste sábado (5), o processo de retirada do casco da plataforma P-66 do dique seco do Estaleiro Rio Grande - 1 (ERG-1), em Rio Grande (RS). A operação é considerada um marco pela companhia por se tratar do primeiro casco replicante da série de oito plataformas, que estão em construção para atender ao pré-sal da Bacia de Santos.
Segundo a estatal, as atividades começaram em 28 de março com o alagamento parcial do dique seco e inspeção do casco. O enchimento do dique foi retomado em 4 de abril, quando as condições climáticas se apresentaram adequadas, até atingir os cerca de 14 metros de profundidade necessários à abertura da porta-batel (comporta). "Com essas etapas concluídas, a porta-batel foi retirada e a unidade de produção seguiu, com o apoio de quatro rebocadores, para o cais Sul do ERG-1, onde ficará atracada para a conclusão dos trabalhos", informa a empresa em nota.
A Petrobras explica que, com a saída da P-66, serão deslocados para o dique seco os megablocos (parte do casco formada por vários blocos) 1 e 2 da P-67, outra plataforma da série replicante, atracados temporariamente no Estaleiro Honório Bicalho, também em Rio Grande. "No dique, as estruturas serão integradas ao megabloco 3 e receberão outros equipamentos e módulos, até que o casco seja completamente montado", afirma a companhia.
De acordo com a estatal, cada um dos cascos, da P-66 e da P-67, possui 288 metros de comprimento, 54 metros de largura (boca) e 31,5 metros de altura. As plataformas são do tipo FPSO (Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Petróleo e Gás) e terão capacidade de processamento de 150 mil barris de óleo dia e de 6 milhões de metros cúbicos de gás dia.
As duas plataformas se destinam ao campo de Lula, operado pela Petrobras (65%) em parceria com a BG E&P Brasil (25%) e a Petrogal Brasil (10%).
Plataforma deixou dique seco no sábado (foto: Agência Petrobras)
Fonte: Estadão

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