segunda-feira, 11 de junho de 2012

Delta não honra compromissos mas continua recebendo da união

RIO - Se por um lado a Delta Construções deixa de pagar seus ex-funcionários, a empresa não tem do que reclamar no que diz respeito aos pagamentos do governo federal. Só este ano a construtora embolsou quase R$ 240 milhões, sendo que no mês de maio, quando sofreu a quebra de sigilo bancário em todo o país, o total recebido foi de R$ 55,2 milhões, sendo que a maior parte veio dos cofres do Ministério dos Transportes. Em junho, apenas nos dois primeiros dias, os repasses já haviam chegado a R$ 8 milhões.

No Rio de Janeiro, cerca de 800 ex-funcionários foram demitidos em maio das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. Eles reclamam que até agora não receberam o pagamento relativo à rescisão e que sequer podem dar entrada no FGTS ou no seguro-desemprego. Isso porque o consórcio não deu baixa na carteira de trabalho de nenhum deles e a documentação encontra-se toda bloqueada.

 

Por ora, um grupo de ex-funcionários do consórcio vem se mobilizando nas redes sociais e estão recolhendo documentos para dar entrada na Justiça na tentativa de resolver a situação. Contam apenas com a ajuda do sindicato, que tenta negociar uma solução para o impasse que, além da Delta, envolve a Petrobras.

 

Recentemente a empresa enviou nota à imprensa confirmando que possui muitos “ativos patrimoniais a receber”, e que obteve grande parte desses pagamentos em restos a pagar. Conforme números divulgados pelo site Contas Abertas, foram quase R$ 229 milhões desembolsados pelo governo federal para quitar despesas contraídas em anos anteriores com a Delta, o que representa 95,8% do total recebido em 2012.

 

Na última segunda-feira a construtora entrou com pedido de recuperação judicial, a antiga concordata, medida tomada para evitar a falência e apresentar formas de quitação das dívidas. Caso a decisão da Justiça seja favorável, suspenderá, por seis meses, todas as execuções judiciais contra o grupo. O pedido judicial foi feito após a saída da holding J&F, que há um mês assumira a gestão da empresa.

 

Enquanto a União não bloqueia os pagamentos à Delta, começam a surgir em algumas instituições públicas dúvidas na hora de honrar ou não os contratos com a empresa. O governo do Amazonas, que tem quatro contratos com a Delta para a locação de 518 viaturas policiais de diferentes modelos no valor de R$ 143,8 milhões, não fez pagamento algum até o momento, embora já existam nove empenhos que somam R$ 32,9 milhões.

 

Só no mês de maio a empresa embolsou dos cofres públicos um total de R$ 55,2 milhões.

 

Fonte: Diário de Pernambuco

 

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