quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Rio Grande - A minha cidade


por Nevile Almeida Przybylski


O passado
Quando criança, eu e muitos amigos (uma gurizada), depois de atravessar a velha ponte de ferro que ligava a cidade ao outro lado do Saco da Mangueira, íamos pescar com "linha de fundo" e caniços feitos em casa, na 2ª Secção da Barra, próximo de onde está hoje a construção do Estaleiro Rio Grande.

Nessas ocasiões, encontrávamos uma pessoa com idade imprevisível, um simples pescador que lá morava numa casinha feita de todo o tipo de madeira disponível. Era um homem sem estudo, porém, ficávamos deslumbrados com as idéias que ele nos passava, principalmente no que se referia ao futuro da nossa terra.

Apesar de ser um ignorante, foi com ele que descobrimos coisas, a respeito da nossa cidade que os nossos professores nunca falaram, como por exemplo, a criação da primeira linha aérea do Brasil e o recebimento do primeiro avião que fez a rota de Nova Iorque, Rio de Janeiro, e Buenos Aires, com escala em Rio Grande, comprovado através do excelente artigo escrito por Willy Cesar, "Rio Grande e a rota Nova Iorque – Rio – Buenos Aires" no site do Bom Dia Comunidade, e dizia mais... Que no futuro teríamos um enorme aeroporto. Sabem aonde? Pois é: na Ilha dos Marinheiros.

Na sua empolgação, ele nos fazia pensar e sonhar com o futuro da nossa cidade.

A ligação de Rio Grande a São José do Norte fazia parte das suas previsões, que também nos empolgava e nos dava a certeza de um futuro, embora distante, real. Então essas idéias da construção da ponte e do aeroporto são bem antigas, citadas por uma pessoa que sequer sei o nome e que já faleceu há décadas. Incrível isso. Não? Hoje, tenho dúvidas quanto a sua condição de analfabeto que ele dizia ser. Essas coisas nos jogam para...


O presente


Faz um mês, tivemos a notícia através do diretor de Infraestrutura Rodoviária, Hideraldo Caron, do DNIT, que devem começar os estudos de viabilidade técnica e ambiental para travessia seca entre Rio Grande e São José do Norte até o final deste ano, e as opções seriam a interligação do Porto Novo com a Ilha do Terrapleno e dali até São José do Norte ou a ligação pela Ilha dos Marinheiros. E mais: esse trabalho será custeado pelo próprio DNIT e não depende da aprovação de qualquer tipo de emenda ou liberação de recursos.

A perspectiva dessa ligação pela Ilha dos Marinheiros nos obriga a pensar em "matar dois coelhos..." Refiro-me em dar uma solução definitiva ao grande problema que em breve deverá se tornar o nosso aeroporto, e, isso, sem sombra de dúvidas, nos arremessa para...


O futuro


A opção, de termos um aeroporto entre Quinta e Povo Novo, considero inviável. Imaginem um passageiro ter que se deslocar a 25 ou 30 km do centro da cidade para poder embarcar. Como ele faria isso? Pegaria um taxi? Alguém da família o levaria até lá? E o retorno? Taxi de novo? Alguém da família ou da empresa o aguardando? E em dias de mau tempo?

A Ilha dos Marinheiros tem uma área bem maior que a da nossa cidade e transportando, na mesma escala, o espaço ocupado pelo nosso velho aeroporto à Ilha, torna-se fácil verificar que além de um novo aeroporto de porte, bem em frente à cidade, sobraria um espaço gigantesco para qualquer outro empreendimento, como por exemplo, na área do turismo ou da construção civil, porém, mantendo o cinturão de plantações de produtos hortifrutigranjeiros. É só conferir no Google Maps.

Detalhe: a área ocupada pelo atual aeroporto de Rio Grande está supervalorizada e poderia ser utilizada para fins mais nobres, enquanto na ilha, ocorre o inverso.

Rio Grande precisa de um aeroporto internacional administrado pela INFRAERO. Que possa, a cada vez que chega uma autoridade, aqui ser recebida, como deverá acontecer proximamente com a chegada, mais uma vez, do Presidente da República, para inauguração do Estaleiro Rio Grande e início da construção das plataformas P-55, P-63 e os oito cascos de plataformas PSFO. Livrarmo-nos dessa situação ridícula de dependência de um aeroporto distante de nós, creio ser uma tarefa de todos os setores da nossa sociedade. Creio que essa aspiração deve ser de todos os riograndinos e dos executivos que atuarão na área do Pólo Naval.

Esse assunto já foi aventado na Fiergs pelo seu diretor, Marcos Coester, dizendo da necessidade de uma linha aérea regular entre Rio Grande e Rio de Janeiro, como consta no "Mídia ao Avesso" do nosso Jornal Agora do dia 23 de dezembro de 2009. Então, façamos a nossa parte... Cobremos.

Fonte: Jornal Agora - RS

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