segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Petroleiros protestam contra mortes na Petrobrás e exigem novo modelo de SMS

Em todo o país, petroleiros das bases da FUP se mobilizaram na sexta-feira, 09, por um basta às mortes e acidentes no Sistema Petrobrás. Em outubro, em um intervalo de apenas 12 dias, três trabalhadores morreram em consequência da insegurança crônica que impera na empresa. São pelo menos 12 mortes só este ano e 323 vítimas desde 1995, a grande maioria trabalhadores terceirizados.

O último acidente que fez mais uma vítima neste cenário de horror foi no dia 30 de outubro com o caldeireiro Sérgio Henrique de Faria Bandeira, da empresa Manserv, que prestava serviços para a Petrobrás na Revap, em São José dos Campos.


Para exigir um basta a essa sangrenta rotina de acidentes e doenças que matam, mutilam e incapacitam dezenas de petroleiros a cada ano, a FUP e seus sindicatos realizam nesta sexta atos e protestos nas refinarias, terminais, áreas de exploração e produção de petróleo e demais unidades da Petrobrás. Com faixas, caixões e cruzes, os petroleiros se manifestam, atrasando a entrada do expediente para cobrar mudanças urgentes na política de (in)segurança da empresa.


O que tem se visto é que não há vontade política dos gestores da Petrobrás em construir um novo modelo de SMS que aponte mudanças estruturais na atual concepção gerencial da empresa de que a morte faz parte do negócio. Dezesseis trabalhadores morreram desde que o Grupo Paritário de Trabalho de SMS foi criado, em setembro de 2011, para a FUP e seus sindicatos discutirem e construírem propostas em conjunto com a empresa para um novo modelo de saúde e segurança. No entanto, após 14 reuniões do GT, nada de significativo mudou na gestão de segurança da Petrobrás.


A FUP se reuniu na sexta-feira, 09, às 15 horas com o diretor Corporativo e de Serviços, José Eduardo Dutra para cobrar um posicionamento claro da empresa sobre o SMS.


Como foram os atos desta sexta nas principais bases


No Norte Fluminense, o sindicato realizou um ato no Aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos. Os dirigentes sindicais permanecem desde o início da manhã no local, fazendo um piquete de convencimento em relação às condições precárias de embarque e desembarque no local. Houve atrasos em voos de petroleiros do setor privado e cancelamentos de dois voos da Petrobrás (para P-25 e P-52). O Sindipetro-NF orienta os trabalhadores a só embarcarem pelo saguão principal, e a Petrobrás afirma que isso não é possível. Atualmente o embarque é realizado em um hangar improvisado pela empresa Líder. Cerca de 40 trabalhadores já deixaram de embarcar hoje em razão da mobilização.

Na Bahia, o Sindipetro realizou uma grande manifestaçãoem frente à sede da petrobrás, em Itaigara. Os trabalhadores realizaram uma passeata, carregando cruzes e caixões, em protesto contra a política de insegurança da empresa.


No Amazonas, os trabalhadores da Reman atrasaram o expediente em uma hora, durante o ato promovido pelo sindicato, cobrando uma nova política de SMS para a Petrobrás e suas subsidiárias.


Nas bases do Sindipetro Unificado de São Paulo, houve atrasos na entrada do expediente da Recap e do Terminal de Barueri, com 100% de adesão do turno. Na Replan e no Terminal de Guarulhos, a forte chuva atrapalhou as mobilizações, mas o sindicato fez um debate com os trabalhadores sobre a situação do SMS.


No Paraná e em Santa Catarina, as chuvas também tiveram reflexo nas mobilizações. Em função disso, o sindicato realizou panfletagens na REPAR e nos terminais terrestres e aquaviários. Na SIX, os trabalhadores atrasaram em uma hora o expediente.


Em Duque de Caxias, os trabalhadores do turno da Reduc aderiram a mobilização e atrasaram a entrada do expediente em quarenta minutos. O Sindicato expôs as questões de SMS que a FUP e sindicatos repudiam, citou as 16 mortes de trabalhadores do Sistema Petrobrás ocorridas desde setembro do ano passado e explicou aos trabalhadores o motivo da FUP ter se retirado do GT de SMS na última semana. Os petroleiros da refinaria solidarizaram-se às famílias das vítimas de acidentes e fizeram uma caminhada da entrada da refinaria até os seus locais de trabalho.


No Rio Grande do Sul, os trabalhadores da Refap atrasaram a entrada do expediente e aderiram ao ato realizado pelo Sindipetro, onde a categoria discutiu os problemas de segurança e questões relacionadas ao Acordo coletivo de Parada de Manutenção que está em elaboração e discussão na refinaria.


Em Minas Gerais, houve participação expressiva dos trabalhadores do turno e HA das unidades da Petrobrás. Eles demonstraram repúdio e indignação quanto a falta de segurança que vem assassinando trabalhadores na empresa. O atraso na entrada do expediente aconteceu na Regap e na Termelétrica Aureliano Chaves.


Os demais sindicatos da FUP ainda não repassaram informações sobre as manifestações.


Fonte: Imprensa FUP - 12/11/2012

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