segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Falta de mão de obra afeta construção de plataformas

A falta de mão de obra e até os ventos comprometem o ritmo de montagem de três plataformas em Rio Grande. As P-55, P-58 e P-63 integram o pacote de estruturas da Petrobras para a exploração da camada do pré-sal. O gestor executivo de operações da Quip, José Simão Filho, admitiu, nesta quarta-feira, em Porto Alegre, que a carência de pessoal em funções mais qualificadas e a maior velocidade dos ventos entre agosto e outubro reduzem a produtividade a níveis muito baixos. A empresa ganhou a concorrência para montar os três equipamentos com prazo de entrega até fim de 2013 e investimento em cada unidade entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões.

O executivo, que não chegou a dar uma dimensão de quanto seria a queda da velocidade de execução dos projetos, garantiu que a
Quip não atrasará a entrega das encomendas devido aos entraves. Simões confirmou que a estatal tem feito cobrança sobre o cumprimento de cronogramas. “Temos de fazer com que sejam cumpridos, mesmo esbarrando nessas dificuldades”, ponderou o gestor, indicando que a estratégia tem sido executar outras frentes da montagem quando não são preenchidas vagas em segmentos como soldadores. “Posso até colocar mil pessoas para trabalhar, mas elas não têm experiência e a execução no sangue. Temos de treiná-las na obra. Isso gera produtividade menor”, atribuiu o interlocutor.  

Se agora há limitações, para 2013 poderá piorar. A demanda por mão de obra deve aumentar, o que gera preocupação sobre a capacidade da região em ofertar mais profissionais. A
Quip disputa, neste momento, concorrências da estatal para mais duas plataformas. “Hoje mobilizamos cerca de 6,5 mil trabalhadores. Se vencermos mais uma, precisaremos de mais 1,5 mil a 2 mil pessoas”, antecipou Simões. Do total, 80% seriam profissionais com origem no Rio Grande do Sul, e o restante de outros estados. A concorrência de outras empresas por mão de obra também agravará a atual carência. “O volume de serviços daqui para a frente será tão grande que gerará mais dificuldade para fazer um polo naval aqui”, preveniu Simões, e avisou: “O problema é geral”. O gestor se referiu à falta de trabalhadores também em polos como Pernambuco e Rio de Janeiro.

Já a interferência dos ventos afeta os trabalhos no dique do Estaleiro Rio Grande. O representante da empresa, que detalhou a operação no porto para a plateia do Tá na Mesa, da Federasul, esclareceu que há um bloqueio automático quando a velocidade ultrapassa determinado patamar. “Agosto foi péssimo”, qualificou Simões. No dique, está sendo finalizada a montagem da P-55, cuja integração deverá ser finalizada até a metade do próximo ano. A Petrobras espera colocar a plataforma em produção em setembro de 2013. As outras duas estruturas estão sendo construídas no cais da
Quip, que tem edificações para manter os trabalhos independentemente do clima. A conclusão será entre a metade e o fim de 2013. A empresa já investiu R$ 280 milhões em 220 metros de extensão do berço do seu estaleiro e espera a licença de instalação das obras em mais 110 metros, com aportes de R$ 100 milhões.
“A Fepam pediu para começarmos as obras após a safra do camarão na lagoa. Mas precisaremos dessa estrutura em 2013, caso arrematemos mais uma plataforma”, associou. 


Fonte: Jornal do Comércio (Patrícia Comunello)

Um comentário:

  1. Acho incrível essa história de "carência de pessoal em funções mais qualificadas". E a FURG, ali do lado, formando turmas de alunos de engenharia que sonham em trabalhar no pólo naval, tendo que sofrer para conseguir um estágio, brigando por vagas em empresas menores, onde sabem que não têm chances de permanecerem após as 320h obrigatórias de estágio.

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