terça-feira, 11 de março de 2014

Operação da Iesa segue parada em Charqueadas

Era esperado para ontem o retorno ao trabalho dos cerca de 500 empregados que atuam no canteiro de obras do complexo de montagem de módulos de plataformas de petróleo da Iesa, localizado em Charqueadas. No entanto, isso não ocorreu. Em nota distribuída na semana passada, a empresa afirmou que a diretoria decidiu liberar a equipe (na quinta e sexta-feira) de modo que todos voltassem a trabalhar na segunda-feira com força total.

Na ocasião, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do município, Jorge Luiz de Carvalho, explicou que o não pagamento de fornecedores, como das áreas de alimentação e de transporte, inviabilizou a continuidade das atividades. Agora, o dirigente alerta que a situação agravou-se, pois também está atrasado o pagamento dos trabalhadores, que deveria ter ocorrido na sexta-feira passada. Entre os funcionários parados estão incluídos empregados da Metasa, que é a contratada da Iesa para realizar a fabricação das estruturas metálicas dos módulos. Esses colaboradores também tiveram que interromper as atividades, pois utilizam o restaurante da Iesa, que está inoperante.

Carvalho comenta que no sábado à noite a Iesa mandou mensagens, via celular, comunicando aos trabalhadores que não havia previsão de pagamento e de retorno ao serviço. O sindicalista entrou em contato com a Petrobras (acionista da Tupi BV, juntamente com a BG Group e a Petrogal, que encomendou os módulos) e obteve a informação de que, provavelmente, o pagamento acontecerá até a próxima sexta-feira. “Mas, não tem, absolutamente, nada garantido”, ressalta.

Carvalho adianta que hoje, a partir das 7h da manhã, será feito um ato em frente à companhia para protestar contra a situação. O dirigente acrescenta que o sindicato estará disponível, como instrumento de representação dos trabalhadores, para entrar com ações na Justiça contra a companhia. “Nunca nos deparamos com uma empresa tão suja, com tanta falta de idoneidade.”

O presidente do sindicato revela que ficou acertado que a Petrobras terá uma conta vinculada com a Iesa, no Banrisul, para que a estatal seja parte integrante dos pagamentos. “Ou seja, a Iesa não estará mais solta para receber os valores e fazer o que bem entende, a Petrobras estará mais próxima da gestão”, comenta. O prefeito de Charqueadas, Davi Gilmar de Abreu Souza, confirma que o pagamento será feito através de uma conta vinculada, para garantir que os recursos da Petrobras venham para o projeto gaúcho da Iesa e não se pulverize em outras unidades da companhia instaladas em outras regiões. Com isso, a estatal irá monitorar o pagamento de funcionários e fornecedores.

No sábado, Souza reuniu-se, na termelétrica Sepé Tiaraju, ao lado da Refap, em Canoas, com o diretor da Petrobras José Figueiredo. Também estiveram presentes no evento representantes do governo do Estado, da Assembleia Legislativa, Fiergs, entre outros. “Para a nossa satisfação, o diretor disse que a unidade de Charqueadas retoma as operações nesta semana, até sexta-feira, com o pagamento dos trabalhadores e dos fornecedores”, enfatiza o prefeito. Além disso, Souza destaca que ficou mais tranquilo, pois Figueiredo afirmou que Charqueadas é uma realidade para a Petrobras e que a estatal não pode abrir mão da estrutura existente na cidade para atender a suas encomendas.

O prefeito recorda que está mantida a ideia de trazer mais um parceiro para o empreendimento. “Como a Petrobras fez repasses para a Iesa e a empresa pegou parte desses repasses e destinou para outras unidades, tem um volume de recursos que vai fazer falta em algum determinado momento”, esclarece. O novo parceiro serviria para realizar outros aportes e dar estabilidade ao complexo da construção naval do município.

Souza frisa que acredita na palavra de Figueiredo, mas complementa que, se até sexta-feira não acontecer a volta das operações, como previsto, será feita uma audiência pública na próxima semana para definir qual será a postura da comunidade quanto à questão. A reportagem do Jornal do Comércio (JC) tentou entrar em contato com porta-vozes da Iesa, porém, não conseguiu encontrá-los.

Fonte: Portos & Navios

 

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