sábado, 22 de maio de 2010

Emocionado, Marques se despede do futebol e revela 'último pedido'

Depois de anunciar o fim de sua carreira como atleta profissional, na última quarta-feira, o atacante Marques concedeu uma entrevista coletiva no final da manhã desta sexta-feira, num hotel de Belo Horizonte. O ‘xodó da massa’, como ficou conhecido em sua longa trajetória como jogador do Atlético, falou de tudo um pouco. Lembranças, momentos marcantes, relação com a torcida, gratidão, planos para o futuro e, quem sabe, um último pedido, foram os principais temas de um bate-papo franco e emocionado.
Após 386 jogos com a camisa preta e branca e 133 gols, Marques gostaria de mais 90 minutos para se despedir de vez dos gramados e revelou qual seria o adversário para o momento especial: “Pô, seria o Corinthians, sem dúvida. Seria legal esse momento junto com o Corinthians. Seria uma homenagem muito especial, com certeza”, disse ao Superesportes, depois conceder a entrevista coletiva. O Timão foi o clube que revelou o jogador, que chegou ao Parque São Jorge com apenas 13 anos.
O que o ídolo não admite é ficar sem um jogo de despedida. “É legal pra mim, é legal para o torcedor que, de repente, quer me ver vestindo a camisa do Atlético pela última vez, numa festa bacana. Seria maravilhoso. Então vamos esperar o que o Atlético quer. A gente, de repente, pode conversar sobre uma festa. Seria marcante para mim e principalmente para o torcedor, que vai estar se despedindo de um cara que honrou a camisa, que se sacrificou pela camisa. Ele (torcedor) sabe disso e ele reconhece todo esse esforço que eu fiz”.

Desfecho diferente
Depois de falar sobre o último desejo, Marques lamentou mais uma vez que seu contrato não tenha sido renovado pelo Atlético, pois imaginava um final diferente para a temporada 2010. “É difícil falar. O Atlético está fazendo outros negócios, está trazendo outros jogadores. Eu vejo a questão muito simples: era uma prorrogação de cinco meses. Meu sonho era, no final do ano, estar me despedindo do Atlético, da minha torcida. E eram cinco meses só, até o final do Brasileiro. Eu realmente fiquei decepcionado com esse desfecho, mas o que vai ficar é esse regalo que a gente deixou aí no clube. Uma história linda, sabe, de sacrifícios acima de tudo, de estar abrindo mão, de repente, até de dinheiro para ficar no clube, por ter um amor com o clube, com o torcedor”.
Ao contrário do que disse o presidente Alexandre Kalil, nessa quinta-feira, Marques disse que o clube sabia de seu interesse em permanecer atuando por mais cinco meses. “É legal frisar também que eu procurei com antecedência. Eu li que chegou a data de encerramento e que eu não procurei o Atlético para a renovação, mas eu não vejo dessa forma. Desde o começo do ano, nas oportunidades que a gente teve de conversar junto com vocês da imprensa, disse que a intenção era levar até o final do ano, já que eu estava me sentido bem e apto para, acima de tudo, estar ajudando dentro de campo”.
Durante a entrevista, o atacante não conteve o choro em alguns momentos. O mais emocionante foi quando ele lembrou do Mineirão cheio, gritando seu nome, e foi às lágrimas. “Olha, são 386 jogos, 133 gols. Foram muitos momentos bons, maravilhosos, que a gente passou no Mineirão lotado. Eu joguei no Mineirão com mais de 100 mil pessoas gritando o meu nome. Essa é sem dúvida a entrevista mais difícil da minha vida".

O encontro com Kalil e Vanderlei
“O que aconteceu de verdade foi o seguinte: o Aurélio (procurador de Marques) chegou em Belo Horizonte na terça-feira e marcamos um encontro com o Kalil. Nesse encontro, a gente colocou a vontade de renovar o contrato, prorrogar até o final do ano. Ele falou que por ele não tinha problema, que quem não queria era o professor, o Vanderlei Luxemburgo, o que pra mim foi uma supressa. Sabe aquela história que você, de repente, está só esperando um sim e você escuta um não? Para mim foi um baque grande, pois eu dava como certa essa prorrogação. No outro dia, o Kalil pediu para conversar com o Vanderlei e eu achei que seria constrangedor, mas por ter toda uma história, uma identificação com o clube, por ser um ídolo de uma torcida tão grande, a gente foi encontrar com o Vanderlei e ele me colocou que não tinha intenção de continuar comigo no segundo semestre. Acima de tudo foi uma decepção muito grande. Então eu não tinha mais o que argumentar. Se a decisão é essa, ele é o treinador e ele tem esse poder de decidir”.

Cabeça erguida
“Eu sinceramente não esperava que terminasse assim, mas foi isso que colocaram pra gente e é bom eu estar aqui hoje (sexta) esclarecendo para vocês, passando para o nosso torcedor o que aconteceu realmente. Acima de tudo estou saindo com a cabeça erguida sabe, depois um processo difícil, aos 36 anos, no ano passado, passar por todos aqueles problemas depois de uma cirurgia no joelho. Consegui dar a volta por cima, encerrar o Campeonato Mineiro da forma que foi. É isso aí que vai ficar na memória, não só na minha, mas na do torcedor que tanto me apoiou, tanto me amou nesses 13 anos aqui de Atlético”.

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