Operação de entrada do casco foi detalhada pelo capitão dos portos Sérgio Luiz Correia de Vasconcelos.
Está prevista para esta terça-feira a entrada do casco da plataforma P-58 no porto rio-grandino. O navio MT Welsh Venture, que será convertido em casco da Petrobras 58, chegou a área do Rio Grande em 20 de setembro e ficou fundeado a 12 milhas da entrada do porto. Amanhã, se as condições climáticas previstas se concretizarem, a operação de ingresso terá início às 5h30min, como ficou decidido nesta segunda, 10, em reunião entre a Petrobras e demais envolvidos na ação.
Conforme o plano aprovado pela Capitania dos Portos, o navio deixará a área de fundeio navegando com meios próprios até seis milhas antes da boia 1, localizada a aproximadamente três milhas dos molhes da Barra. A partir deste ponto, ele será puxado por quatro rebocadores. A previsão é de que ele cruze a boia nº 1, às 8h, seguindo em direção ao canal de acesso. A operação, contando da boia 1, deve durar seis horas.
Devido às dimensões do navio, à existência da antiga linha aérea de transmissão de energia elétrica para São José do Norte, que atravessa o canal e ainda não foi removida, e de pontos de assoreamento, a entrada exigirá procedimentos especiais. Por causa da linha aérea, por exemplo, a embarcação entra no canal, segue até a frente do Tecon e, neste ponto, desvia do canal e passa pela lateral direita (lado nortense) deste, onde os cabos aéreos estão a cerca de 80 metros da água. O casco da P-58 tem altura de 59 metros, mas entrará com calado de seis metros, o que o deixará com altura de 63 metros. O trecho da lateral pelo qual a embarcação fará o desvio estará delimitado com balões.
Após a passagem sob os cabos aéreos, o navio volta para o canal, pelo qual faz o resto do trajeto. O Welsh Venture ingressará no canal de acesso de proa e assim prosseguirá até a altura da Ponte dos Franceses, onde fará um semigiro para navegar até o Porto Novo e atracar na ponta sul do cais da área da Quip S/A de popa, ou seja, com a proa voltada para o Superporto. No semigiro e a partir deste, ele será conduzido por seis rebocadores. A curva próxima ao Porto Novo é outro ponto sensível da operação, devido a assoreamento, por isso a embarcação estará com calado de seis metros.
Conforme o capitão dos portos, Sérgio Luiz Correia de Vasconcelos, os dois trechos mais críticos do trajeto são o que fica sob a linha aérea e a curva próxima ao Porto Novo, locais em que a passagem do casco da P-58 exigirá mais cuidados. Para esse planejamento foi necessária a realização de batimetria (estudo que indica as condições de assoreamento) e telemetria (para verificação da altura dos cabos aéreos em relação ao nível da água).
O Welsh Venture será convertido em casco da P-58 pela Queiroz Galvão, que também vai construir os módulos de geração e elétrico dessa plataforma e fazer a integração de todos os módulos no casco, inclusive dos que serão construídos no Rio de Janeiro. A empresa fará esse serviço em uma área ao lado do canteiro de obras da Quip, em Rio Grande.
A P-58 será uma plataforma do tipo FPSO (sigla em inglês para plataforma flutuante que produz, processa, armazena e escoa petróleo) e será instalada no norte do Parque das Baleias, no Espírito Santo. Terá capacidade de produção de 180 mil barris de óleo/dia e de compressão de 6 milhões de metros cúbicos de gás/dia. O investimento no projeto dessa plataforma será superior a 1,3 bilhão de dólares.
Fonte: Carmem Ziebell
jornalagora.com.br
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