"Era um desafio fazer algo pioneiro dentro da empresa e desenvolver uma atividade onde não havia mão de obra especializada", recorda, satisfeito com os resultados obtidos. Cabral diz que a cidade do Rio Grande tem o perfil sossegado que ele gosta, uma praia "espetacular" e está próxima de Punta Del Este e Montevidéu, no Uruguai, para onde viajou com a família, que mora no Rio de Janeiro, recentemente.
O soldador Guilherme dos Santos, 34 anos, deixou Angra dos Reis (RJ) e conseguiu emprego no Rio Grande. Está morando num alojamento para trabalhadores e logo que puder vai buscar a mulher e os dois filhos pequenos. O polo também atraiu gaúchos de outras cidades, como Ressier Vellar, 29 anos, de Pedro Osório.
Ele fez curso técnico de manutenção eletromecânica em Pelotas e agora é operador de uma máquina de corte de aço na metalúrgica Profab. "Na minha cidade não existe indústria; aqui encontrei um emprego e posso crescer", afirma, revelando que seu próximo sonho é ingressar num curso superior de engenharia mecânica.
Projetos. Na mesma Profab, a soldadora Tatiana Castro, 35 anos, casada, dois filhos, nascida no Rio Grande, tem projetos semelhantes. Ela pagou curso no Senai com o salário que ganhava como cozinheira. Admitida há cinco meses como ajudante, passou a treinar e assumiu a função que desejava há três meses. "Agora quero criar condições para cursar psicologia e também colocar meu filho na faculdade", confidencia.
A nova onda econômica apressou investimentos em infraestrutura, expôs deficiências e aguçou expectativas. A prefeitura de Rio Grande acredita que a população vai crescer 50%, para 300 mil habitantes, o orçamento vai dobrar, para R$ 500 milhões por ano, assim como a frota de automóveis, que chegará a 150 mil unidades até 2015. / E.O
Fonte: //www.estadao.com.br
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