sábado, 8 de março de 2014

Governo antecipa R$ 1,2 bi para distribuidoras de energia

Os recursos são uma antecipação do orçamento de R$ 9 bilhões, previsto para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)

 

Brasília - O Tesouro Nacional decidiu antecipar R$ 1,2 bilhão para as concessionárias de distribuição de energia elétrica até a próxima terça-feira (11), para neutralizar as despesas das empresas.

A informação foi dada hoje (7) pelos ministérios de Minas e Energia e da Fazenda. Os recursos são uma antecipação do orçamento de R$ 9 bilhões, previsto para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

Além do custo mais alto da energia com o uso de termelétricas, as distribuidoras não conseguiram contratar toda a eletricidade necessária nos últimos leilões do governo, por falta de oferta, e por isso precisaram comprar energia no mercado de curto prazo, que custa mais caro, para abastecer os consumidores.

O prazo para as distribuidoras pagarem as garantias no mercado de curto prazo vence na próxima terça-feira (11).

Segundo a nota divulgada, o governo avalia as alternativas de solução para os problemas enfrentados pelo setor elétrico, mas não informou se pretende emitir títulos da dívida pública ou abrir crédito especial no Orçamento.

O texto diz que o governo deve anunciar as devidas providências, “com a brevidade que o caso requer”, até o dia 9 de abril, que é a data que as distribuidoras devem fazer a liquidação financeira no mercado de curto prazo.

No ano passado, o governo também autorizou aporte de recursos na CDE, para diluir o impacto dos custos adicionais com o acionamento das usinas termelétricas, que produzem energia mais cara.

As usinas foram acionadas por causa do período de poucas chuvas e a baixa no nível dos reservatórios das hidrelétricas. A CDE é um fundo do governo federal, usado para universalizar a energia elétrica no país e financiar a redução na conta de luz dos brasileiros.

 

Fonte: EXAME

Petrobras destaca oportunidades no segmento de gás natural

O diretor de Gás e Energia da Petrobras, Alcides Santoro, participou da Conferência Ceraweek, em Houston (EUA), na quinta-feira (6), um dos principais encontros de líderes do segmento de energia do mundo.

Santoro ressaltou que a Petrobras está otimista quanto à exploração em áreas com gás natural convencional e não convencional onshore, cujos blocos foram recentemente licitados no Brasil. “Nosso Plano de Negócios e Gestão para os próximos cinco anos (2014-2018) inclui o investimento em gás convencional e não convencional onshore", disse o diretor.

Para Santoro, o planejamento e a regulamentação são importantes para o desenvolvimento desse mercado. "Como vimos no Brasil, duas questões fundamentais para o sucesso são o planejamento integrado de longo prazo e uma estrutura regulamentar estável. Embora elas possam parecer óbvias e simples, é importante ter ambas para atrair investidores para o país", ressaltou.

Santoro classificou o gás natural como "um aliado para as energias renováveis", pois sua confiabilidade complementa a volatilidade deste tipo de energia e é um parceiro útil para dar apoio ao investimento contínuo em energia renovável. O diretor foi um dos debatedores no painel "Latin American Power Markets: Heating Up?" (Mercados de Energia na América Latina: aquecimento?).

O debate focou a América Latina como forte candidata para novos investimentos e oportunidades e contou também com o presidente da Comissão Regulatória de Energia do México, Francisco Salazar; o diretor de Gás e Energia para a América Latina da IHS, Tim Stephure; e com a diretora para a América Latina da IHS, Lisa Pearl.

Fonte: Agência Petrobras

 

Petrobras anuncia descoberta de óleo na Bacia de Santos

São Paulo - A Petrobras informou nesta sexta-feira, 7, a conclusão da perfuração de dois poços localizados em áreas da Cessão Onerosa, na Bacia de Santos. Os resultados obtidos, de acordo com a petroleira, comprovaram a descoberta de óleo de boa qualidade nos reservatórios do pré-sal, nas áreas denominadas Florim e Entorno de Iara.

Conforme havia sido antecipado pelo Broadcast na quarta-feira (5), o poço 3-BRSA-1215-RJS (3-RJS-725), conhecido como Florim 2, localiza-se em profundidade d'água de 1.972 metros, a uma distância de 7 km ao norte do descobridor e a cerca de 200 km da costa do Estado do Rio de Janeiro.

A descoberta do óleo foi realizada em reservatórios carbonáticos de excelente qualidade, situados logo abaixo da camada de sal, a partir da profundidade de 5.412 metros, tendo atingido a profundidade final de 5.679 metros.

O segundo poço, denominado 3-BRSA-1172-RJS (3-RJS-722), conhecido como Entorno de Iara 2, localiza-se em profundidade d'água de 2.249 metros, a uma distância de 7 km a noroeste do descobridor e a cerca de 225 km da costa do Estado do Rio de Janeiro. A descoberta no Entorno de Iara 2 foi a partir da profundidade de 5.116 metros e foi constatada uma expressiva coluna de óleo com 526 metros de espessura.

A perfuração do poço Entorno de Iara 2 foi concluída na profundidade de 5.907 metros, após atingir os objetivos previstos pelo contrato de Cessão Onerosa. A Petrobras ainda informou que a fase exploratória dessas áreas tem término previsto para setembro de 2014. Pelo contrato da Cessão Onerosa, a estatal poderá declarar comercialidade da área até essa data.

Fonte: EXAME

 

quarta-feira, 5 de março de 2014

Auditoria da Petrobras aponta preços superfaturados com Odebrecht

Investigação descobriu preços 1.600% acima do mercado. Contrato de mais de US$ 820 milhões foi cortado para pouco mais da metade.


O Bom Dia Brasil teve acesso a uma auditoria interna da Petrobras que revela detalhes de irregularidades em um contrato com a construtora Odebrecht.
O contrato foi fechado em 2010, no valor inicial de mais de US$ 820 milhões. Os auditores encontraram preços superfaturados, como, por exemplo, pedreiros recebendo salários de mais de R$ 22 mil. Depois da auditoria, o contrato foi cortado para pouco mais da metade do valor.
Os auditores da Petrobras analisaram a licitação, a fiscalização e as condições do contrato com a Odebrecht, fechado em 2010. A TV Globo teve acesso a auditoria, feita quase dois anos depois da assinatura do contrato.
A construtora venceu uma disputa para fazer estudos nas áreas de segurança e meio ambiente no Brasil e mais nove países. Um contrato de valor inicial de mais de US$ 820 milhões.
Os auditores encontraram preços superfaturados. Só na Bolívia, os custos superaram em mais de 1.600% os valores de mercado. No Chile, esse índice foi de quase 600%.
Em razão das irregularidades, o contrato foi limitado a quatro países e o valor, reduzido para US$ 481 milhões, no ano passado.
A conclusão: houve muito mais gasto com escritórios e pessoal do que com os serviços contratados. A Petrobras aceitou informações ultrapassadas e condições excessivamente onerosas para a estatal.
De acordo com o documento, a Odebrecht venceu a licitação mesmo sem detalhar serviços e custos. A auditoria comprovou ainda que, mesmo sem dar informações básicas, a Odebrecht não foi questionada pela Petrobras.
Depois de vencer a licitação, a construtora contratou uma empresa por R$ 29 milhões para detalhar projetos que a própria Odebrecht já deveria ter feito. Segundo os auditores, a construtora conseguiu fechar contrato com a Petrobras mesmo sem apresentar dados suficientes em 80% desses projetos.
Além disso, os técnicos dão exemplos de itens aprovados, mesmo a preços exorbitantes: aluguel de três máquinas fotocopiadoras por mais de R$ 7 milhões e pedreiros com salário de R$ 22 mil por mês.
Pelo plano de ação, que inclui contratação de pessoal e aluguel de escritórios, a Petrobras pagaria US$ 33 milhões. A auditoria constatou que comprar um imóvel novo com área e instalações equivalentes não custaria mais que US$ 4 milhões.
À época do contrato, em 2010, o presidente da Petrobras era o petista José Sérgio Gabrielli, hoje secretário de Planejamento da Bahia. Mas o contrato foi aprovado por mais seis diretores, entre eles Graça Foster, atual presidente.
Em nota, a Petrobras diz que os processos de licitação, contratação e execução de serviços são constantemente avaliados pela sua auditoria interna. E reforçou que a renegociação limitou a abrangência do contrato a quatro países.
Mas a estatal não respondeu se diretores da empresa foram alvo de investigação interna ou se já prestaram depoimento a órgãos de controle.
A renegociação do contrato e a redução do valor, por causa das irregularidades, foram feitas na gestão da atual presidente, Graça Foster, em junho do ano passado, quatro meses após ela assumir o comando da estatal.
A assessoria do ex-presidente da Petrobras e atual secretário de Planejamento da Bahia, Sergio Gabrielli, foi procurada, mas não retornou as ligações do Bom Dia Brasil.
A direção da Odebrecht não quis gravar entrevista. A assessoria divulgou nota onde informou que o contrato foi concluído na última sexta-feira, 28 de fevereiro, como previsto.
A construtora também negou irregularidades nos contratos com a Petrobras conquistados por meio de concorrências públicas. Disse ainda que desconhece os questionamentos da auditoria da estatal.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Produção do pré-sal nas bacias de Campos e Santos bate recorde, informa Petrobrás

Segundo a estatal, desempenho revela alta produtividade e é superior ao de outras áreas de produção marítima no mundo;

A Petrobrás informou que a produção de petróleo nos campos de pré-sal operados nas bacias de Santos e Campos atingiu, no dia 20 de fevereiro, a marca de 407 mil barris de petróleo por dia. Segundo a estatal, esse número representa novo recorde de produção diária.

O recorde foi produzido com 21 poços produtores em dez plataformas. Segundo a Petrobrás, isso é um indicativo de alta produtividade dos campos do pré-sal.

A produção recorde foi alcançada oito anos após a primeira descoberta, ocorrida em 2006. De acordo com comunicado da empresa, em "tempo inferior ao que foi necessário para se chegar ao mesmo patamar em outras importantes áreas de produção marítima no mundo".

A Petrobrás exemplifica, na nota, que, na porção americana do Golfo do México, foram necessários 19 anos depois da primeira descoberta para se alcançar a produção de 400 mil barris de petróleo por dia. Na Bacia de Campos, foram 16 anos e, no Mar do Norte, nove anos. "Diferentemente dessas áreas, na camada do pré-sal toda a produção de petróleo ocorre em águas profundas, o que torna o resultado obtido ainda mais expressivo", afirma a companhia.

A estatal informa ainda que este recorde de produção está associado à entrada em operação do poço 9-SPS-77, ocorrida em 18 de fevereiro. Trata-se do primeiro poço produtor a entrar em operação por meio da primeira Boia de Sustentação de Risers (BSR), instalada no FPSO Cidade de São Paulo, no campo de Sapinhoá. A produção inicial do poço SPS-77 alcançou o patamar de 36 mil barris de petróleo por dia. No dia 7 de fevereiro, foi concluída a instalação da segunda BSR, sendo esta no FPSO Cidade de Paraty.

A Petrobrás comunica também que foi obtido novo recorde no tempo de construção de poços na camada do pré-sal. O poço produtor SPH-5, localizado no campo de Sapinhoá, a uma profundidade d'água de 2.126 metros e com profundidade final de 5.334 metros, foi concluído em 26 de janeiro com duração total de 109 dias.

Fonte: Estadão

China abre oleodutos a produtoras e refinadoras

A China pretende abrir o monopólio estatal de oleodutos e gasodutos com vista a aumentar a eficiência das instalações, revelou, a passada segunda-feira, a Administração Nacional de Energia (ANE), a autoridade energética do país.
De acordo com a ANE, citada pela agência Xinhua, o plano de abertura incentiva as operadoras de oleodutos a abrir as suas instalações entre si e aos utilizadores, incluindo produtoras de combustíveis, refinadoras, vendedoras e outros utilizadores industriais, quando os oleodutos tiverem capacidades extras.
As operadoras de oleoduto devem fornecer serviços como transporte, armazenagem, gaseificação, liquefação e compressão de petróleo e produzir petróleo e gás natural, a preços acordados entre os dois lados.
O plano envolve oleodutos tanto no mar como em terra, e a sua implementação será supervisionada pelo ANE.
A construção e a operação de oleodutos na China são largamente dominadas pelas principais petrolíferas estatais. Nos últimos anos vêm aumentando os pedidos de abertura do segmento.
A China já começou a tomar medidas para abrir toda a indústria de petróleo e gás.
Na semana passada, a Sinopec, a maior refinadora do país, propôs vender até 30% da bilionária área de marketing a investidores sociais e privados, uma medida que especialistas veem como um grande passo na reestruturação do sector.

domingo, 2 de março de 2014

Plataforma P-58 entra em operação em março

Anúncio foi feito por Verônica Sanchez, coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) Energia, em Vitória (ES)


A plataforma P-58, que terá capacidade para produzir 180 mil barris de óleo por dia, entrará em operação em março. O anúncio foi feito pela coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) Energia, Verônica Sanchez, em Vitória (ES), em evento realizado este mês no Palácio Anchieta, onde apresentou as principais realizações do PAC 2 no estado capixaba.
De acordo com a coordenadora, a plataforma está posicionada, ancorada e ligada com os poços de petróleo da Bacia de Campos, localizada entre os estados do Rio de Janeiro (RJ) e Espírito Santo (ES).
A obra de construção da P-58 gerou 4,5 mil empregos diretos e foi realizada com 60% de produtos nacionais. Ela também produzirá 6 milhões de m³ de gás natural/dia, além de injeção de 58 mil barris de água/dia.
Entre as ações do PAC 2 concluídas, em andamento ou prestes a iniciar no ES foram destacadas a concessão da BR-101, a duplicação e concessão da BR-262, as obras em portos e aeroportos do Estado, além da concessão da ferrovia que vai ligar o Rio de Janeiro à Vitória, passando por Campos.
  “Para este ano, está o projeto de duplicação da BR-262, trecho entre Viana e o distrito de Vitor Hugo, já licitado e em fase de contratação da empresa, com obra executada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit). Foi inaugurada recentemente a obra da Rodovia do Contorno de Vitória, junto com o viaduto da BR-262, em Cariacica, assim como a obra de recuperação, alargamento e ampliação do cais do Porto de Vitória, em investimento de R$ 152 milhões”, disse Sanchez.


sábado, 1 de março de 2014

ANP interdita plataforma inclinada na Bacia de Campos (SS-53)


Inquérito vai apurar causas do acidente. Segundo a agência, não há risco de vazamento de petróleo. Unidade é operada pela Petrobras.

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) e a Marinha interditaram nesta sexta-feira a plataforma SS-53, operada pela Petrobras na Bacia de Campos, que afundou parcialmente com uma inclinação de 3,5 graus na madrugada. A estrutura já foi estabilizada. A paralisação do funcionamento da embarcação vai ser mantida "até que sejam reestabelecidas as condições regulamentares de segurança operacional", de acordo com comunicado distribuído pela ANP.
No momento do acidente, era realizado um serviço para iniciar a extração de óleo de um poço no Campo de Marlim, na Bacia de Campos, mas não há risco de vazamento ou indícios de poluição no mar, de acordo com a ANP. Havia 113 funcionários a bordo da plataforma. Ninguém ficou ferido. Chegaram a ser resgatados 77 deles para que fosse realizado o trabalho de estabilização pelos 36 trabalhadores que permaneceram a bordo
Uma equipe de inspetores navais e auditores técnicos foi enviada para acompanhar as investigações e as medidas de segurança em andamento, de acordo com a agência reguladora. Também foram deslocados pela Marinha um navio de patrulha oceânica e um helicóptero. Foi aberto um inquérito administrativo para apurar as causas do acidente.
Já se sabe que houve um alagamento em um dos tanques da embarcação. Segundo a estatal, uma válvula do sistema de lastro, o mecanismo que nivela o grau de submersão da embarcação, falhou. De acordo com a Noble, a empresa proprietária da plataforma, o problema na estabilização da plataforma começou por volta de 1 hora desta sexta-feira.
Na opinião do presidente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense e representante dos trabalhadores no conselho de administração, José Maria Rangel, a inclinação chegou ao “limite do perigo”. Mas não houve risco de afundar, segundo a Petrobras. “A inclinação chegou ao limite do perigo, porque se inclinasse mais do que isso o helicóptero não conseguiria pousar no heliponto e muito menos o guindaste operar. Foi um incidente grave”, disse Rangel.
A SS-53, batizada Noble Paul Wolf, é uma sonda submersível. A Noble ganha 428 mil dólares por dia de serviço prestado para a Petrobras. De acordo com o site do Ibama, possui posicionamento dinâmico para perfuração, “completação” (a preparação do poço para produção) e intervenção em poços de petróleo. Nesse tipo de posicionamento, não há ligação física da plataforma com o fundo do mar, exceto pelos equipamentos de perfuração.
O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense informou que os trabalhadores que estavam na plataforma foram levados para um hotel flutuante na região. Como a plataforma é uma embarcação estrangeira, com bandeira da Libéria, a maioria dos operários é de origem estrangeira. Há apenas um ou dois funcionários da Petrobras na unidade, supervisionando os trabalhos, disse o sindicato, por meio da assessoria de imprensa.
O problema ocorre em meio a recentes notícias de que a Petrobras poderia enfrentar novas paralisações em suas plataformas de produção na Bacia de Campos caso não resolvesse questões de segurança, conforme noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo no domingo.
No início da semana, a Petrobras informou que órgãos de fiscalização haviam auditado diversas plataformas da empresa, apontando não conformidades e pontos de melhoria das condições operacionais, que segundo a estatal, têm recebido adequado tratamento.

Fonte: Veja

*MENSALÃO* STF livra mensaleiros do crime de quadrilha >> VERGONHA


O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira livrar oito réus da condenação por formação de quadrilha. Por 6 votos a 5, a corte aceitou os embargos infringentes e derrubou as condenações por esse crime. Com isso, José Dirceu e Delúbio Soares escaparam do cumprimento de pena em regime fechado. José Genoíno, que já estava livre do regime fechado, também teve a pena diminuída.

Confira, passo a passo, a sessão do Supremo

Na prática, o tribunal revisou o que havia decidido na etapa inicial do julgamento. Nessa guinada, foram decisivos os votos dos ministros novatos, que não estavam presentes na primeira fase do processo: Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso.

O efeito prático da sentença foi este: a pena de José Dirceu cai de 10 anos e 10 meses de prisão para 7 anos e 11 meses. A de Genoíno, de 6 anos e 11 meses para 4 anos e 8 meses. A de Dilúvio, de 8 anos e 11 meses para 6 anos e 8 meses.

Os publicitários Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz e os ex-banqueiros e Kátia Rabello e José Roberto Salgado também foram beneficiados pela decisão do tribunal. Mas, como haviam recebido penas mais elevadas, continuam em regime fechado de prisão.

O STF fez jornada dupla nesta quinta-feira para concluir o julgamento iniciado em 2 de agosto de 2012: a sessão, que normalmente se inicia às 14h, começou pouco depois das 10h e se estenderá pela tarde após uma pausa para almoço.

Votos – Na sessão desta quinta, cinco ministros votaram, três deles a favor dos réus. Na abertura da sessão desta quinta, o ministro Teori Zavascki deu mais um voto pela aceitação dos embargos infringentes para o crime de formação de quadrilha.

"É difícil afirmar, por exemplo, que José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil, ou José Genoíno, dirigente partidário, tivessem se unido a outros agentes com o objetivo e o interesse comum de praticar crimes contra o sistema financeiro nacional ou de lavagem de dinheiro", disse Zavascki.
O voto que deu maioria a favor dos mensaleiros foi o de Rosa Weber. Ela argumentou que não há provas suficientes de que os réus associaram-se com a finalidade específica de cometer crimes: "Há diferença marcante entre pessoas que se associam para cometer crimes e pessoas que se associam com outra finalidade, mas que no âmbito dessa associação cometem crimes", afirmou a ministra. No primeiro caso, complementou, trata-se de formação de quadrilha. No segundo caso, são crimes praticados em concurso de agentes.
Já com a maioria formada, o ministro Gilmar Mendes apresentou um voto enfático pela condenação por formação de quadrilha: "Houve a formatação de uma engrenagem ilícita que atendeu a todos e a cada um". O ministro Marco Aurélio Mello apresentou um voto contrário aos embargos, mas reduzindo a pena.
Em um voto memorável, Celso de Mello respondeu aos constantes ataques dos mensaleiros condenados, que tratam o julgamento como uma farsa. "É nessa sucessão organizada de golpes criminosos que reside a maior farsa da história política brasileira. E isso, para vergonha de todos nós e grave ofensa ao sentimento de decência dos cidadãos honestos desta república democrática. É por tudo isso que se impõe repelir aqui e agora, com o máximo vigor, essa inaceitável ofensa que tão levianamente foi assacada contra a dignidade institucional e a alta respeitabilidade do Supremo Tribunal Federal", disse o decano. "Os membros dessa quadrilha agiram com dolo de planejamento, divisão de trabalho e organicidade. Uma sofisticada organização criminosa, como a ela se referiu o procurador-geral da República."
O presidente do STF e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, deu o quinto voto contra os embargos. Ele criticou explicitamente o papel exercido pelos dois ministros novatos, escolhidos pela presidente Dilma Rousseff quando o julgamento já havia sido iniciado: "Sinto-me autorizado a alertar a nação brasileira de que esse é apenas o primeiro passo. Essa maioria de circunstância tem todo o tempo a seu favor para continuar na sua sanha reformadora", disse ele, que afirmou ainda que o STF vive uma tarde "triste".
Lavagem – Durante a tarde, a corte iniciou o julgamento dos embargos infringentes para o crime de lavagem de dinheiro – o que, entre outros réus, pode beneficiar o ex-deputado João Paulo Cunha (PT). Mas, com o quórum esvaziado, os ministros optaram por apenas ouvir as sustentações orais dos advogados e do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Joaquim Barbosa, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso nem mesmo retornaram após o intervalo do almoço. A apresentação dos votos foi agendada para o dia 13 de março. Se não houver surpresas, essa será a data do encerramento definitivo do julgamento.

Fonte: VEJA

Fica aqui meu repudio a esta infantil decisão do STF que pra mim deveria ter era outra sigla “STM” e cambada de Pau Mandado!!!

“É uma tarde triste para o STF porque, com argumentos pífios, foi reformada, foi jogada por terra, extirpada do mundo jurídico uma decisão plenária sólida e extremamente bem fundamentada que foi aquela tomada por este plenário em 2012", Joaquim Barbosa


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Plataforma de petróleo inclina na Bacia de Campos

Empresa informa que, após registro de problemas, a plataforma SS-53, uma sonda, não corre o risco de afundar. Não houve feridos.

Uma plataforma de perfuração de poços de petróleo a serviço da Petrobras - a SS-53, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro - apresentou problemas na madrugada desta sexta-feira e precisou ser evacuada. A plataforma sofreu uma inclinação de 3,5 graus. De acordo com o presidente do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense e representante dos trabalhadores no conselho de administração, José Maria Rangel, essa inclinação chegou ao “limite do perigo”. Segundo comunicado divulgado pela estatal, a plataforma não correu risco de afundar. Ainda segundo a Petrobras, a SS53 já foi estabilizada.

“A inclinação chegou ao limite do perigo, porque mais do que isso o helicóptero não conseguiria pousar no heliponto e muito menos o guindaste operar. Foi um incidente grave”, disse Rangel.

Tinham 113 funcionários a bordo da plataforma no momento do incidente, mas 77 deles foram removidos para que fosse o trabalho de estabilização pelos 36 trabalhadores que permaneceram a bordo. Ninguém ficou ferido.

De acordo com a Petrobras, o incidente foi causado por um alagamento em um dos tanques da embarcação. Houve falha em uma válvula do sistema de lastro, o mecanismo que nivela o grau de submersão da embarcação, segundo a estatal.

A SS-53 é uma sonda submersível que opera no campo de Marlim, na Bacia de Campos. De acordo com o site do Ibama, foi construída em 1998 e possui posicionamento dinâmico para perfuração, “completação” (a preparação do poço para produção) e intervenção em poços de petróleo. Nesse tipo de posicionamento, não há ligação física da plataforma com o fundo do mar, exceto pelos equipamentos de perfuração.

A multinacional de perfuração de poços de petróleo Noble, proprietária da plataforma, confirmou que houve um problema de controle de lastro por volta da 1 hora desta sexta-feira.

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense informou que os trabalhadores que estavam na plataforma foram levados para um hotel flutuante na região. Um rebocador está no local para segurar a plataforma, segundo o sindicato. Por a plataforma ser uma embarcação estrangeira, com bandeira da Libéria, a maioria dos operários é de origem estrangeira. Há apenas um ou dois funcionários da Petrobras na unidade, supervisionando os trabalhos, disse o sindicato, por meio da assessoria de imprensa.

O problema ocorre em meio a recentes notícias de que a Petrobras poderia enfrentar novas paralisações em suas plataformas de produção na Bacia de Campos caso não resolvesse questões de segurança, conforme noticiado pelo jornal Folha de S. Paulo no domingo.

No início da semana, a Petrobras informou que órgãos de fiscalização haviam auditado diversas plataformas da empresa, apontando não conformidades e pontos de melhoria das condições operacionais, que segundo a estatal, têm recebido adequado tratamento.

(Com agência Reuters)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Petrobras programa investir US$ 220,6 bilhões até 2018


O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, na última terça-feira, o Plano de Negócios e Gestão da empresa para o período 2014-2018 e o Plano Estratégico Petrobras 2030. O Plano de Negócios fixa para o período 2014-2018 investimentos de US$ 220,6 bilhões e tem como foco o curto e o médio prazo.
No longo prazo, a meta da estatal é chegar a 2030 como uma das cinco maiores empresas integradas de energia do mundo. Os dois planos serão apresentados nesta quarta-feira aos investidores e acionistas pela presidenta da Petrobras, Graça Foster, e pelos demais diretores da companhia.
De acordo com nota divulgada pela empresa, o Plano Estratégico Petrobras 2030 tem como premissa fundamental o crescimento da produção de petróleo da Petrobras até 2020 e sua sustentação no período 2020-2030, com potencial de produzir, em média, 4 milhões de barris de óleo por dia (bpd).
Esta meta de produção tem como fundamento os diferentes ritmos de leilões que serão promovidos pelo governo, nos quais a empresa prevê, com os dados hoje disponíveis, que a produção de óleo no Brasil, incluindo a da própria Petrobras e a de terceiros, alcançará a média de 5,2 milhões de bpd no período 2020-2030.
A partir do crescimento da produção de óleo, o plano definiu as estratégias para os demais segmentos de negócios da empresa. O destaque é para a atuação integrada da produção de petróleo e gás natural, com a expansão da capacidade de refino para 3,9 milhões de bpd em 2030 e com o crescimento da oferta de gás natural para o mercado brasileiro.
Na área de distribuição, a meta é manter a liderança no mercado doméstico de combustíveis, ampliando a preferência pela marca Petrobras. Na de gás, energia e gás-química, o plano propõe agregar valor aos negócios da cadeia de gás natural, garantindo a monetização do gás do pré-sal e das bacias interiores do Brasil. Também são fixadas no plano as metas de manter o crescimento em biocombustíveis, etanol e biodiesel, em linha com o mercado doméstico de gasolina e diesel.
Na área internacional, o Plano Estratégico recomenda ênfase na exploração de óleo e gás na América Latina, África e Estados Unidos. O plano estabelece diretrizes para a atuação corporativa da empresa nas áreas de rentabilidade, responsabilidade social e crescimento integrado. Segundo a nota, um dos desafios é manter o sistema tecnológico reconhecido por disponibilizar tecnologias que contribuam para o crescimento sustentável da estatal.

Fonte: Zero Hora

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Petrobras abre concurso para 1.232 vagasCargos são de nível médio e superior

Os salários vão de R$ 3.400,47 a R$ 8.081,98.

A Petrobras abriu processo seletivo para o total de 1.232 vagas em cargos de nível médio e superior, sendo 100 imediatas e 1.132 para cadastro de reserva, incluindo as vagas reservadas para portadores de deficiência. O salário para cargos de nível médio é de R$ 3.400,47. Para engenheiro a remuneração mínima é de R$ 8.081,98. Para médico, é de R$ 7.501,06.No site da Cesgranrio, é possível ver o edital(acesse o edital). Os cargos de nível médio são de técnico(a) de exploração de petróleo júnior - geodésia (Rio de Janeiro), técnico(a) de inspeção de equipamentos e instalações júnior (estado de Pernambuco e Rio de janeiro), técnico(a) de logística  de transporte júnior - controle (Macaé, Rio de Janeiro, Salvador e Santos), técnico(a) de manutenção júnior - mecânica (Santos), técnico(a) de operação júnior (Belo Horizonte, Curitiba, estado de Pernambuco, estado do Amazonas, estado do Ceará, estado do Rio Grande do Norte, estado do Rio Grande do Sul, Mauá, Paulínia, Rio de janeiro, Salvador, Santos, São José Dos Campos e São Mateus Do Sul), técnico(a) de projetos, construção e montagem júnior – edificações (Salvador), técnico(a) de projetos, construção e montagem júnior – mecânica (Rio de janeiro), técnico(a) de segurança júnior (Macaé, Rio de Janeiro, Salvador e Santos), técnico(a) de suprimento de bens e serviços júnior – administração (Macaé e São Paulo).Os cargos de nível superior são de engenheiro(a) de meio ambiente júnior (Macaé e Rio de Janeiro), engenheiro(a) de produção júnior (Macaé e Rio de janeiro) e médico(a) do trabalho júnior (Estado de Pernambuco, Macaé e Rio de Janeiro).As inscrições devem ser feitas de 24 de fevereiro a 17 de março pelo sitewww.cesgranrio.org.br  . As taxas são de R$ 40 para nível médio e de R$ 58 para nível superior. O concurso terá provas objetivas, avaliação psicológica, exames médicos e levantamento sociofuncional.As provas objetivas serão realizadas em 18 de maio nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Manaus, Fortaleza, Natal, Porto Alegre, Macaé ou Rio de Janeiro, Mauá/SP, Campinas/SP, Rio de Janeiro, Salvador, Santos/SP, São José dos Campos/SP, São Mateus do Sul/PR e São Paulo.O processo seletivo tem validade de seis meses, contada a partir da data de homologação do resultado final, podendo ser prorrogada por igual período. O resultado final está previsto para 26 de junho.

Fonte: G1.com

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Inicia montagem da 3ª Feira do Polo Naval, em Rio Grande

Já estão sendo erguidas no Campus Carreiros da Universidade Federal do Rio Grande – FURG as estruturas que serão utilizadas para a 3ª edição da Feira do Polo Naval (www.polonavalrs.com.br) que ocorre de 11 a 14 de março de 2014. A montagem iniciou no último sábado (15/02) e irá abrigar os expositores e visitantes da feira. Além da utilização do espaço interno do Centro Integrado de Estudos e Desenvolvimento Costeiro ainda serão erguidos dois pavilhões no estacionamento do prédio. A montadora que trabalha na estrutura da feira é a Nautika Coberturas. A partir de quinta-feira os estandes serão montados pela empresa TOP Feiras. Serão dois pavilhões em lonas de 30X80m que totalizarão 4.800m² de área de expositores. Após a montagem das estruturas serão instalados os sistemas de refrigeração do espaço para garantir a melhor experiência em feiras da metade sul do estado. A edição de 2014 da Feira do Polo Naval contará com 250 estandes, 165 palestrantes em três auditórios e estacionamento para 1,5 mil veículos. A feira é proposta pela Bolsa Continental de Mercadorias em parceria com a Furg e Prefeitura do Rio Grande, organizada pela Estima Mercados. Tem o patrocínio máster da Petrobras e patrocínio platina de BNDS. O patrocínio de Abrão Despachos Internacionais, AGDI, EBR, Ecovix, Superintendência do Porto do Rio Grande, Sebrae, Tecon e Vetorial Net. A Feira conta com três grandes eventos simultâneos, todos com inscrições gratuitas ao público: NAVTEC, Seminário de Direito e Rodadas de Negócio, organizadas pelo Sebrae. ASSESSORIA DE IMPRENSA FEIRA DO POLO NAVAL RS Porto Alegre Grazieli Gotardo – assessoria@reversocomunicacao.com.br Tatiane Mizetti – reverso@reversocomunicacao.com.br 51-3779-7958 / 51-9162-0568 Rio Grande André Zenobini - imprensa@polonavalrs.com.br (53) 8123.3094

Trabalhadores do Comperj rejeitam proposta de 7%

Os trabalhadores dos consórcios que realizam as obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, região metropolitana do Rio, rejeitaram a proposta de reajuste salarial de 7% feita pelas empresas. A decisão de continuar a greve, iniciada em 11 de fevereiro, foi tomada em assembleia na manhã desta terça-feira, 18.
"Eles rejeitaram a proposta dos patrões, que foi irrisória", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Gonçalo e Região (Sinticom), Manoel Vaz. Os operários reivindicam 15% de reajuste salarial e vale-alimentação no valor de R$ 500, além de alojamento para os que vêm de fora do município.
A assembleia do sindicato foi realizada no Trevo da Reta, em Itaboraí, no acesso ao Comperj. O Sinticom calcula que 20 mil trabalhadores tenham participado. Ao todo, o complexo tem um efetivo de 29,2 mil homens. Os trabalhadores também recusaram a recomendação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de dar uma trégua na greve para facilitar as negociações. "A greve continua, por tempo indeterminado", disse Vaz.
Na quarta-feira, 19, o TRT fará uma nova audiência de conciliação entre as partes. As empresas pedem na justiça a suspensão da greve e o desconto dos dias parados. O Sinticom também agendou uma assembleia, para quinta-feira, 20, para manter os trabalhadores atualizados sobre a negociação.

    terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

    Empresa avalia uso de dirigível para transporte de cargas pelo país

    Uma tecnologia que caiu em desuso antes da II Guerra Mundial pode voltar como alternativa para tentar reduzir o caos no transporte de cargas no país devido à falta de infraestrutura adequada. Os dirigíveis, que já foram utilizados como meio de transporte e, mais recentemente, de publicidade, fazem parte de um projeto da Airship do Brasil para trazer contêineres vindos principalmente da Amazônia para as regiões Sul e Sudeste, em vez de utilizar estradas.

    A empresa é uma companhia formada pela associação do Grupo Engevix, que tem investimentos no polo naval de Rio Grande, e pela Transportes Bertolini. Para colocar o projeto em prática, cerca de R$ 120 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e cada uma das sócias entrou com mais R$ 20 milhões.

    Atualmente, 25 pessoas trabalham na área de projetos da Airship, em São Carlos (SP) – onde estão estabelecidas a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), importantes centros de formação de engenheiros especialistas em aeronáutica e aviação. O primeiro dirigível está em produção no município.

    Paulo Vicente Caleffi, diretor de gestão da Bertolini, presidente da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas no Estado (Fetransul) e diretor da Airship, explica que pretende fazer o primeiro teste com o cargueiro ADB-3-30 em julho de 2016.

    – Desde 1992, pesquisamos e há oito anos estamos em sociedade com o Grupo Engevix, em sigilo. Eu estive em 12 países para sondar o mercado. Já começamos a produção do primeiro dirigível, e no primeiro semestre de 2017 temos de estar navegando. Será uma revolução em termos de logística – empolga-se.

    Os dirigíveis produzidos pela Airship devem ter cerca de 150 metros de comprimento, com capacidade de transportar até 54 toneladas – como comparação, uma carreta de dois eixos transporta cerca de 30 toneladas. O dirigível, inflado por gás hélio e com motores movimentados a óleo diesel, alcança velocidade de 125 quilômetros por hora, voando entre 400 metros e mil metros, com uma tripulação de até quatro pessoas. Segundo a empresa, a operação teria um preço próximo ao do frete de caminhão.

    Em comunicado, a Airship informa que "inicialmente, a própria Bertolini será a principal cliente, utilizando o veículo para deslocar produtos de Manaus para as regiões Sul e Sudeste do país" e que os dirigíveis podem ocupar o mercado das hidrovias e ferrovias, modais que "o Brasil não usa adequadamente". Paulo Menzel, presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, apoia a iniciativa, mas é cético em relação aos resultados práticos:

    – A ideia é linda. Ela tira grandes massas de cargas das nossas rodovias sobrecarregadas, mas tudo que está em volta precisa ser pensado junto. E eu não estou vendo isso. O Estado está preparado para uma ideia tão moderna? Na minha concepção, ainda não – avalia.

    No futuro, poderá levar 200 toneladas

    A Airship do Brasil avalia que dirigíveis e outros tipos de aeróstatos (aeronaves mais leves que o ar) podem ter diferentes usos, além do transporte. Diretor da empresa, Paulo Vicente Caleffi diz que já há diálogo com empresas particulares e setores do governo para utilizar as aeronaves em monitoramento de rodovias e fronteiras.

    Além disso, por alguns modelos terem autonomia de até seis meses no ar, sem precisar de reabastecimento, os dirigíveis podem funcionar como substitutos de antenas de telefonia em locais afastados. A Airship também planeja para o futuro a "construção de aeronaves com até 200 toneladas de capacidade de carga", segundo comunicado da empresa.

    – Já fui a lugares em que se usam dirigíveis para tirar madeira, pinçando a árvore sem precisar derrubá-la. Assim, não é preciso derrubar as árvores em volta. O uso é muito versátil – explica Caleffi.

    Presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, Paulo Menzel, que teve acesso ao projeto da Airship e atualmente conclui estudo sobre a infraestrutura logística no Rio Grande do Sul, avalia que o Estado está "longe de um mínimo ideal" no que diz respeito ao transporte de cargas.

    Para Menzel, se a ideia for colocada em prática, haverá dificuldades para carregar e descarregar os dirigíveis, integrá-los a outros tipos de transporte e dar vazão ao volume de cargas. Apesar das dificuldades de implementação do sistema, entretanto, Menzel acrescenta que a novidade é muito útil.

    Fonte: ZERO HORA/Gustavo Foster

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