segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Transpetro já teme a falta de marítimos


Além da subsidiária da Petrobras, que encomendou 49 navios e precisa contratar 1.700 pessoas até 2013, empresas privadas também reclamam da pouca oferta de profissionais da marinha mercante.


RIO – O setor naval já vive um apagão de mão de obra de marinheiros para trabalharem nos navios petroleiros e nas embarcações de apoio às plataformas. O cenário tende a se agravar, já que a exploração e a produção de petróleo vão aumentar com o desenvolvimento dos campos no pré-sal. O alerta vem da Transpetro. A subsidiária da Petrobras prevê a necessidade de contratar 1.700 novos marítimos até 2013 – aumento de 76% em relação aos atuais 2.232. Só em 2010, a estatal, que está encomendando na indústria nacional 49 navios, contratou 112 marítimos.
Além da Transpetro, empresas privadas reclamam da pouca oferta de profissionais da marinha mercante, que trabalham nos navios, como os oficiais de náutica (comandantes e pilotos), técnicos certificados (contramestre), marinheiros de convés e taifeiros (espécie de faz tudo). Isso acontece porque hoje só a Marinha do Brasil pode formar os oficiais de náutica no País. E há apenas dois centros de instrução (a Ciaga, no Rio de Janeiro, e a Ciaba, no Pará), que formam juntos cerca de 350 oficiais por ano.
Gisela Mac Laren, presidente do estaleiro Mac Laren Oil, está otimista com o crescimento do setor, que está investindo R$ 12 bilhões. Ela, porém, ressalta que é preciso estar atento aos problemas. “A navegação sofre com a falta de profissionais. O Brasil deveria seguir o exemplo de outros países e permitir que escolas particulares ofereçam a formação. Isso tem de mudar”, sugere.
Um navio pode ter de oito a 18 tripulantes e precisa ter no mínimo duas tripulações já que cada turno de trabalho é seguido por idêntico período de descanso. É de olho nesses números que a Transpetro está desenvolvendo com a Marinha, os sindicatos e o governo federal um plano de ampliação e melhorias nos centros de formação do Rio e do Pará.
Luiz Maurício Portela, presidente do Grupo Fischer, ressalta a falta de oficiais de náutica como um dos gargalos do setor. “A demanda da Petrobras é tão grande que não tem como atender. Hoje, há 300 navios em operação. E até 2020 há necessidade de outros 200 navios. E não adianta falar de crescimento do setor, de ter recursos técnicos, se não há pessoal”.
A OSX, do empresário Eike Batista, está criando o Instituto Tecnológico Naval (ITN) para capacitar mão de obra em toda a cadeia do setor. Segundo Luiz Eduardo Carneiro, diretor-presidente da OGX, a intenção do projeto é suprir toda a carência atual de profissionais. “Contratamos muitos aposentados que hoje ensinam os mais jovens. Estamos conversando com faculdades e cursos técnicos, além de montar laboratórios de treinamento”.
A escassez de mão de obra no setor naval não se restringe aos marítimos. Analista de RH da Forship, empresa prestadora de serviços de engenharia, Larice Vieira disse que a companhia encontra dificuldades para contratar técnicos e mecânicos especializados em serviços de plataformas.
Fonte: Jornal do Commercio

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